❥ 13° Capítulo

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Na manhã seguinte, sentada no sofá de espera que ficará diante a mesa da secretária do Direto Sophia aguardava impaciente a mais de uma hora a chegada de seus pais. Sim, o Diretor optou por chamar seus pais ao ouvir o relato do inspetor que relatou não só o belo banho de suco de laranja que ela dará em Bernardo, como também o que ele chamara de insinuação por parte dela.

E seus pais ainda tinham coragem de dizer que aquilo não era uma prisão, como não? Se não se pode ao menos ter liberdade de expressão que sofre uma penalização e a sua era ter a presença de seus pais.

Inquieta encarou a secretaria que digitava agilmente enquanto mantinha-se concentrada em seus afazeres, ao sentir o olhar insistente sobre si a mulher de meia idade interrompeu seu trabalho por alguns segundos para encarar a jovem que encontrava-se enrascada, após tornar sua atenção para seu trabalho Sophia também desviou sua atenção percorreu uma vez mais com seu olhar o ambiente enquanto implorava aos céus para que seus pais chegassem logo e aquele martírio terminasse.

Entretanto quando seus pais adentraram o recinto arrependeu-se da suplica que fizera anteriormente, o olhar intimidador e fuzilante que seu pai lhe lançou a amedrontou no primeiro momento.

Sua mãe por outro lado era seu ponto de equilibro, por mais que em sua face demonstrava desaprovar o que é que Sophia tenha feito, em seu olhar havia afeto. Sara, sua mãe era seu ponto de equilíbrio.

Após a secretária anunciar a chegada de seus pais não demorou nem mesmo dois minutos para que o diretor pedisse para que eles adentrarem sua sala. Sophia os acompanhou enquanto buscava mentalizar coisas boas, afim de que a bronca não fosse tão intensa como esperava.


– Senhor e senhora Salles. – Os cumprimentou com um aperto de mão. – Não gostaria de encontra-los nestas circunstancias, mas estou feliz em revê-los. – comentou de forma simpática.

– Também não estou feliz em estar aqui nestas circunstancias. Mas o que aconteceu?

– Senhor Salles, a Sophia teve um desentendimento com um colega de turma no refeitório que resultou nela jogando um copo de suco neste colega. – Neste momento Mauro fitou a filha com um olhar incrédulo.

– Como é que é? – Ele não podia crer no que acabara de ouvir. – Tacou suco?

– Ele bem que mereceu! – Justificou.

– Foi em um rapaz? – Sara questionou completamente surpresa com o que acabara de ouvir.

– Sim. No Bernardo Lessa! – O Diretor contou.


Se o semblante de Mauro já demonstrava irá, neste momento, ao tomar ciência de quem fora o rapaz a face dele se transformou, estava vermelho e com seu furor triplicado, enquanto respirava fundo pelo nariz a fitada com um olhar intimidante. Entretanto, ele nada disse, permaneceu em silêncio por mais que seu olhar falasse por si só.

– Eu os chamei aqui para tentar entender o que está acontecendo, o porque dela estar agindo deste modo tão agressivo. Fora a questão do suco a Sophia ainda insinuou que o inspetor da instituição estaria de alguma forma protegendo o Bernardo, por ele ser filho de quem é, algo que é inadmissível acontecer aqui dentro, tratamos todos os alunos do mesmo modo, sem qualquer privilégio. – Mauro concordou com sua cabeça, estava sem palavras. – Não é a primeira vez que acontece um incidente envolvendo a filha de vocês, estou receoso a cerca do comportamento que ela vem tendo.

Sophia sentiu vontade de revirar seus olhos ao vê-lo falando como se ela não estivesse ali, ouvindo-o, mas se o fizesse só pioraria sua situação.

– Eu não tenho palavras para descrever a tamanha vergonha que estou sentindo neste momento pelas atitudes da minha filha. – De fato havia vergonha estampada na face de Mauro, porém era pouco perceptivo devido ao furor que lhe dominava o olhar. – Eu sinceramente não sei justificar o que a levou fazer isto.

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