Marichat - Desilusão

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Chat Noir sempre teve uma super-queda por Ladybug, e as vezes não compreendia porquê não era recíproco, tentando por muito tempo dar o seu melhor e impressionar sua Lady, o gatuno ainda não entendia, mas isso mudou há uma semana.

Se o mesmo soubesse que ouvir tais palavras doeria no fundo de sua alma felina, não teria sido tão curioso, mas parte dele se sentiu aliviado por ter, finalmente, entendido as coisas. Descobrira que sua Bugboo era apaixonada por um garoto de sua escola, poucas palavras foram suficientes para destruir seu coração.

Quem seria o garoto sortudo que conquistara o coração da menina dos seus sonhos?

- Preciso saber quem é esse garoto, provavelmente de beleza mediana incomparável a mim! - diz o mascarado.

O gatinho sabia que não havia sido iludido ou algo do tipo, e agradecia por Ladybug não ter dado atenção às cantadas e piadinhas do mesmo, deixando claro que não queria feri-lo. Possivelmente já gostava do tal garoto antes da paixão do felino pela morena existir.

- Já é quase uma hora da manhã, preciso voltar pra casa agora. Amanhã tenho prova! - diz o loiro andando pela rua.

Chat Noir estava se dirigindo até sua casa até que percebe as luzes do quarto de Marinette estavam ligadas. Havia um tempo que os dois se falavam diariamente, além de já terem piadas internas e intimidade para falarem de diversas coisas, quem os via achava que eram amigos de anos, contudo Chat Noir tomou a liberdade de dar uma parada na casa da moça antes de ir dormir na sua.

- Ei, Marin - fala o gato batendo na janela da casa da morena que toma um susto - abra aqui. - diz ele.

Após o susto a mestiça percebeu quem era e acalmou o coração, ela se sentia segura com ele, mas uma visita à essa hora do loiro era uma surpresa, convenhamos.
Ela abre a janela e logo o mascarado pula dentro do quarto da mesma.

- Que... An... Surpresa agradável! - diz ela falhando um pouco a voz.

- Me perdoe pelo horário, aliás falando em horário, porquê a lindinha está acordada e não sonhando agora, hein? - pergunta ele sentando na cadeira da garota.

- Tudo bem, eu tenho prova amanhã e estive muito ocupada essa semana e não consegui estudar, lembrei disso hoje depois de uma mi... Uma conversa com a Alya! - explica a morena, quase deixando escapar que teve uma missão com o gatuno no dia.

- Bom, entendo, mas o que a ocupou por tanto tempo que não pôde estudar antes? - perguntou o loiro, girando na cadeira de Marinette.

- Isso não importa, gatinho. Me fale de você. Parece cansado. E porquê estava por aí essas horas da noite? - desviou, ela não tinha desculpas boas para dar ao mascarado. Dizer que estava por aí ocupada salvado Paris nem era uma opção.

- Bem, eu estou meio triste mas isso é uma longa histó... - ele fala enquanto levanta e se direciona até a cama da morena.

- Na-na-ni-na-não! Nada de "longa história", me diga, quem ou o que fez você ficar triste? - começou ela, exigindo uma explicação. Ela não gostava de vê-lo chateado perambulando pelas ruas, sem rumo.

- Ok, foi uma garota. - começou ele observando a mestiça do outro lado do quarto virar o rosto em uma expressão de surpresa e começar a se aproximar - eu gostava dela, gostei muito, mas descobri que ela tem um crush em um garoto da sala dela. Escutei-a dizer isso...

- Calma aí. - começa a menor, pelo que ele havia lhe contado, ligando os pontos, ela achava que sabia de quem ele estava falando - Poderia me dizer o nome da garota que te magoou, gatinho?

- Foi a Ladybug. Mas... - ele foi interrompido.

- A Lady O QUÊ? - ela falou tão alto que mais parecia um grito.

Marinette estava tentando consolar um garoto que estava sofrendo por ela mesma, porém sem saber. Isso era confuso e bizarro em muitos sentidos e ela não sabia, nem que Chat Noir havia escutado aquilo, nem que tal ato machucaria o mesmo.

- Ladybug, ué. Você conhece! - diz ele sem entender a surpresa da garota a sua frente.

- Ei - chama sua atenção enquanto subia na cama para ficar ao lado dele. Acomodada, ela continua, tentando pensar em palavras de consolo para a situação incompreensível - Talvez ela já gostasse dele antes de te conhecer ou qualquer coisa. Não podemos culpa-la por gostar de alguém. E também, você é muito legal e ela gosta de você, como amigo...

- Eu sei que não é culpa dela nem nada, mas você entende que isso dói, não? - diz ele passando um de seus braços por trás de Marinette que estava sentada ao seu lado na cama.

- Claro que entendo, gatinho. Mas não quero te ver triste. O que posso fazer para te alegrar?

- Prometa continuar comigo, pelo menos você, porquê eu preciso de você.

- Ah... Claro. Sempre estarei aqui para você. - ela diz e sente ele a abraçar forte, na hora, não entendera muita coisa, mas sabia que apesar de tudo ela era o porto seguro do loiro assim como ele era o dela, e eles iriam voltar um para o outro todas as vezes, sempre que precisassem.

- Gatinho... - ela diz assim que ele termina de abraça-la - você ficaria incomodado se eu fizesse algo tipo... - ela começa e chega perto dele, tão perto que um sentia o outro respirar, chegara tão perto que seus lábios encostaram levemente, não era um beijo nem um "selinho".

- Não, Marin... Não me incomodaria - ele diz e a puxa mais para perto de si, acomodando o braço que antes estava passando por trás de sua nuca, ao lado de seu rosto para auxiliar na ação.

Finalmente, depois de meses confusos sobre seus sentimentos e sobre o que queriam, não havia nem um espaço entre eles, selaram seus lábios de forma doce e carinhosa.

Marinette não sabia muito o que fazer, pois havia feito o mesmo poucas vezes. Quando sentiu o mascarado sorrir no meio do beijo, sabia que estava fazendo um bom trabalho, e não poderia negar que estava gostando muito daquilo. Ela gostava de Adrien, mas a forma que recebia atenção e carinho do felino lhe conquistava cada dia mais, o charme de Chat Noir e sua alto estima de dar inveja também fazia com que Marinette quisesse passar mais tempo ao lado dele, apenas ele arrancava os melhores sorrisos da morena.

O ato continuou até perderem o fôlego, rolou aquele clima de final de beijo que para Marinette foi algo bem constrangedor mas que tirou um belo sorriso de Chat Noir.

- Bem, espero ter te deixado mais contente, loirinho. - disse Marinette e pegou o controle da tv.

- Com certeza deixou, my princess. Podemos fazer isso mais vezes? - ele supôs.

Marinette virou o rosto e viu ele rindo sacana - podemos sim. - disse ela e sorriu - mas agora, vamos procurar algo para assistir, ok?

- Claro. Só não esqueça que são 01:36 da manhã. - ele disse ao olhar para o relógio na parede de Marinette.

- Ai meu Deus, quase duas horas da manhã e eu tenho prova hoje! - ela disse um pouco desesperada.

- Calma, calma. - disse ele, suave puxando Marinette que estava sentada para se deitar - pode dormir, eu cuido de você.

Eles escolhem um programa na tv, mesmo sabendo que não assistiram pois estariam ocupados sonhando.

Marinette deita no peito do herói e logo adormece. Chat Noir a observou por alguns minutos e logo pegou no sono.

A melhor parte disso? Os pais de Marinette estavam em uma viagem em outro estado em uma feira muito famosa de doces, contudo, havia apenas ele e ela em casa.

História escrita e criada por marichxtfav . ♡
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