Cómplices || Zurena

15🔥- algunas mentiras mal contadas

POV MACARENA

Não consegui dormir direito, fiquei a noite inteira pensando que merda que o Fábio estava fazendo aqui, como era possível ele ter se tornado guarda da prisão e ter que o suportar a ver todos os meus dias, e por mais ele colocou Zulema na solitária eu preciso falar com ele.

As grades das celas abrem e nos finalmente podemos sair delas, coloco imediatamente minha roupa e saio de minha cela o mais rápido possível a procura de Fábio.

- Onde vai tão depressa, Maca? - Escuto a voz de Sole enquanto ja tava a meio do corredor, dou-lhe um sinal que depois contaria e desço as escadas.

Sou interrompida mais uma vez por Saray correndo até mim.

- Ei, Maca! Você viu a Zule? Desde essa madrugada que não veijo ela, você esteve com ela ne safada. - Saray ri me dando um empurrão com o cotovelo.

- Sim, mas ela acabou por ir para a Solitária. - Quando digo isso ela se espanta um pouco.

- O quê vocês aprontaram? - Ela pergunta para mim.

- Um guarda acabou a pegando quando ela voltava para sua cela, Saray não esqueçe de hoje iniciar o nosso plano! - Digo me afastando e ela estranha um pouco.

- Mas onde você vai, é para ir para ali! - Ela diz apontando para o refeitório.

- Eu já vou la ter, preciso resolver algumas coisas. - Ela acena com a cabeça desconfiada, hesitando fazer mais perguntas.

Procuro no corredor pelo mesmo mas não o acho.
Vou até a biblioteca procurando por Fábio e finamente o acho, quando os meus olhos encontram os deles uma raiva veio a mim imediatamente so querendo socar a cara dele.

Suspiro e me aproximo do mesmo cerrando meus punhos, enquanto ele dá um sorriso sem graça.

- O que você está fazendo aqui? - Digo ficando a alguns centímetros do mesmo enquanto o olhava nos olhos.

- Acabei vindo trabalhar aqui, admito que fiquei supreendido quando vi você aqui, Macarena. - Ele diz tentando se aproximar de mim e eu logo me afasto.

- O quê você quer Fábio? - Digo ainda com a raiva percorrendo pelo meu corpo.

- Eu falei para você tomar cuidado com quem andava, olhe onde veio parar seus pais devem tar muito decepcionados com você...Quem diria que logo você se tornaria uma ladra. - Ele diz rindo agarrando meu pulsos com alguma força.

- Você não tem mais nada haver com minha vida ou com quem eu me envolvo ou deixo de envolver e se você decidir se meter na minha vida pessoal mais alguma vez eu juro que eu mato você Fábio, eu tenho nojo de você! - Digo sussurrando para o mesmo com um odio cada vez maior.

- Então isso tem tudo haver com sua namoradinha? - Ele diz agarrando cada vez mais meus pulsos me virando contra a estante dos livros.

- As câmeras tão filmando! - Quando ele se depara com isso imediatamente me larga se afastando até a saída da biblioteca.

- Isso não vai ficar assim! - Ele diz saindo dali ainda me olhando.

Eu não suporto ter que ver esse cara todos os dias nesse inferno, Suspiro e decido ir no pátio para apanhar um pouco de ar enquanto pensava em Zulema e quando finlamente aconteceria nossa fuga.

Quando me sento no banco noto nos pulsos que estavam um pouco machucados por conta de Fábio, derrepente sinto alguém se aproximando de mim.

Olho para o lado e veijo que era mulher que está com Zulema no outro dia, o que ela queria?

Ela se senta ao me lado acendendo um cigarro e volta seu olhar para mim.

- Ouvi dizer que sua namorada foi para a Solitária, por que razão? - Ela solta o fumo.

Nesse lugar não se têm nem um minuto de paz.

- Quem é você e o que você quer? - Eu pergunto para mesma que não hesita em me responder.

- Sou Helena e estou na mesma cela que Zulema, notei que ela não estava em sua cama quando eu acordei e estava curiosa em saber o que tinha acontecido.

- Não aconteceu nada demais não se preocupa. - Desvio o meu olhar da mesma que ri.

- Vocês que nem duas adolescentes bobas, fugiram de vossas celas quem diria.

Quem essa Helena pensa que é? Ela não cansa de encher a paciência das pessoas.

- Helena, me faz um favor não se mete em minha vida nem da Zulema por favor so por que isso é uma prisão não quer dizer que você precisa saber de tudo.

Quando digo isso ela se ri mais uma vez.

- A Zulema não é quem parece ser. - Eu ergo minhas sombrancelhas para a mesma.

- Você nem conhece ela.

- É o que você acha. - Ela diz se retirando do lugar e eu logo reviro os olhos so me faltava Helena para me tirar a paciência.

Fico alguns minutos sentada no banco do pátio, e decido ir na lavandaria ver como as meninas estavam indo sobre nossa fuga.

Quando chego na lavandaria os olhares das detentas se direcionam logo a mim, decido não ligar para isso e vou discretamente até a cave na prisão, quando chego já dou de cara com Saray,  Rizos, Triana e Flaca iniciando nosso plano.

- Eai como está indo? - Digo chegando perto das mesmas que logo suspiram de cansaço.

- Está correndo bem vamos ficar aqui mais alguns minutos e amanhã continuamos. - Saray sorri ofogante.

- Não se preocupem, eu continuo mais um pouco podem ir descansar.

- Tem certeza? Olha quê não esta muito fácil loira. - Rizos diz me dando uma pá e eu acento com a cabeça.

- E Zulema cadê ela? - Triana pergunta saindo da ali de dentro cansada.

- Esta na solitária, deve sair de lá daqui a dois dias ou se a liberarem mais cedo.

POV ZULEMA

Tinha se passado apenas uma noite aqui na solitária, pela minha primeira vez aqui não parecia ser tão mau quanto diziam mas o quê me dava mais mais ódio é quem me tinha colocado aqui dentro.

O som da porta se abrindo invade meus pensamentos mais uma vez, era Palácios sorrindo.

- Pode sair mais cedo, a diretora diz que estão tentando te ligar então para você retornar a ligação. - Palácios diz se aproximando da cama na qual eu estava deitada.

- Uma ligação de quem? - Digo nem tão confiante mas o mesmo encolhe os ombros.

- Não tenho informação sobre isso. - Ele me informa e eu logo acento com a cabeça saindo dali com ele até a Sala onde poderia fazer as ligações.

Chegando lá pego no primeiro telefone que eu veijo o colocando em meu ouvido e colocando o cartão digitando o número que a diretora me deu, espero alguns segundos até que finalmente alguém atende.

- Alô quem é? - Pergunto ouvindo um riso familiar do outro lado da linha.

- Zulema! Que saudades eu estava de falar com você. - Ironiza, logo depois de escutar aquela voz sabia muito bem quem estava falando.

- Karim, o que você quer? Não deixei claro que não queria mais ouvir essa sua linda voz até ao resto da minha vida.

- Talvez, depois de sair de casa sem rumo e vejamos onde você ta nesse momento. - Suspiro mordendo meu lábio.

- Você não fez nada para recuperar a única coisa que eu tinha, Deixe de merdas, Karim eu não vou fazer nada por você.

- Você vai se arrepender, eu posso ter tirar daí ... - Escuto isso quando retiro o cartão e o quebro.

Karim era como um pai isso antes de ele me enganar então decidi me afastar dele. Eu não vou fazer nada muito menos por esse cara.