O que dizer ao meu coração? Que hoje bate ao seu ritmo, que me faz te sentir em cada batida, que fez em mim a sua morada.
Sinceramente, te amo, e amo de verdade, amor sem malícia, amor com carinho, aquele amor de beijo para dormir, e de carinho no sofá assistindo a um filme que eu escolho, afinal você sempre cede.
Amor que eu desconhecia até encontrar você em uma sorveteria qualquer, cujo o nome eu já não me lembro, mas de todos os outros detalhes lembro-me bem, do horário, foi a melhor 14:43 da minha vida, a melhor quarta-feira de julho, a melhor luz, e o melhor sorvete.
Você se sentou em minha mesa, pedindo licença pois o estabelecimento estava cheio, pegou o seu sorvete e conversamos por mais ou menos uns quarenta minutos, os mais longos quarenta minutos da minha vida, e os que mais aproveitei, ao final do nosso breve encontro, trocamos os número de celular e você foi embora.
E nem deu tempo de sentir saudades, você me ligou e pediu para sairmos, dessa vez um encontro de verdade, um encontro como amantes...
Mal sabia eu que essa sorveteria seria hoje o motivo da minha alegria, o motivo do encontro com o amor da minha vida, e o motivo de eu ter encontrado o companheiro que hoje aos 89 anos continua comigo, nas nossas cadeiras de balanço no quintal.
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Diário de uma poetisa
PoetryColetânea de textos autorais, escritos por mim ao longo dos anos