CAPÍTULO 03

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Mia era muito mais magra do que parecia, e muito mais frágil do que tentava esconder

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Mia era muito mais magra do que parecia, e muito mais frágil do que tentava esconder. Podia ver nos pequenos detalhes que ela não era aquela garota durona do beco, e sim uma garota sozinha e assustada, que tentava se defender com a falsa personalidade valentona.

Depois de levar ela até a farmácia e comprar todos os remédios que a farmacêutica indicou para tratar os hematomas, Mia topou em comer um lanche na lanchonete perto da farmácia antes de eu levar ela para casa.

- E então Mia? Você é de Compton mesmo? – perguntei a ela enquanto olhava ela devorar seu sanduiche.

A garota parecia faminta, e deveria estar, pois passou a noite em pé trabalhando.

Ela acenou que não com a cabeça enquanto voltava me olhar e engolia seu lanche enquanto limpava seus lábios com cuidado com um guardanapo.

- Dallas. – ela respondeu com uma única palavra e me deixou surpreso.

Ela não tinha nenhum sotaque, poderia apostar que ela era da região de Los Angeles.

- Nossa! – respondi surpreso enquanto olhava ela tomar um gole do seu refrigerante. – Você não parece muito com uma garota de Dallas, cadê seu sotaque?

Ela então sorriu para mim pela primeira vez naquela noite, e fiquei impressionado com seu sorriso sincero. Ele era muito diferente do que os que via no bar. Era algo mais delicado e encantador.

- Eu sou de Los Angeles, mas passei meus últimos anos em Dallas. – ela respondeu antes de voltar a morder seu sanduiche.

Eu havia pego apenas um refrigerante para mim, pois não estava com fome àquela hora, mas olhar aquela garota comendo estava sendo hipnotizante.

- E o que lhe trouxe de volta a Los Angeles? – perguntei vendo ela terminar de comer.

Mia respirou fundo delicadamente, e seu sorriso logo diminuiu enquanto seus olhos continuavam olhando o sanduiche em sua mão.

- Tentar uma vida nova. – elas respondeu sem ergue seus olhos para mim.

Pude ver que havia muito mais naquela resposta e fiquei curioso em saber. Algo naquela garota me deixava intrigado, ela parecia ser muito além do que parecia demonstrar.

- E veio sozinha? – perguntei com cuidado.

Ela assentiu que sim e pegou seu refrigerante dando um longo gole, mas quando seus olhos me encontraram tive certeza que ela escondia algo.

- E sua família? – perguntei tentando saber mais – Ficou em Dallas?

Desta vez quando ela baixou seu copo um olhar distante tomou conta do seu rosto.

- Minha mãe que morava comigo em Los Angeles morreu e eu fui morar com uma tia em Dallas, e ela também faleceu a seis meses. E até onde sei isso era tudo de família que eu tinha.

NÃO APEGUE-SE - Regras Do Jogo 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora