CAPÍTULO 22

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Sexta-feira eram os dias de maior movimento já havia aprendido aquilo

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Sexta-feira eram os dias de maior movimento já havia aprendido aquilo.

Depois do show fui até o camarote como ritual de sempre e depois voltei para o camarim para pegar minhas coisas e subir para o studio.

Enquanto guardava minhas coisas vi uma garota loira em um vestido azul justo ao corpo, salto alto e duas sacolas de loja nas mãos. Ela tinha olhos de um verde prateado que ficava incrível com seu tom de pele dourado.

- Ola! Mia? – A garota falou enquanto se aproximava de mim.

- Sim. – falei ao me virar para ela.

- Sou a Alli irmã do Grand. Prazer em lhe conhecer.

Ela então estendeu uma mão delicada, com unhas bem feitas e um anorme diamante no dedo, e eu a cumprimentei sendo pega de surpresa.

O que a irmã de Grand poderia querer comigo para vir até aqui?

- Será que podemos conversar a sós? – ela então perguntou enquanto olhava para as outras garotas que circulavam pelo camarim.

- Claro. Vamos para o studio.

Alli concordou comigo e depois me seguiu até o studio onde eu estava dormindo.

- Nossa. Ele continua exatamente igual ao que eu me lembrava. – Alli falou enquanto olhava impressionada cada detalhe ali dentro.

Encostei a porta atrás de nós e depois gesticulei para ela se sentar no sofá e assim ela fez.

- Aceita alguma bebida? Água? Vinho?

- Obrigada! Estou bem assim.

A irmã de Grand parecia muito mais sofisticada do que eu imaginava. Ela era linda e rica e tinha uma postura perfeita, ainda mais sentada com uma perna cruzada sobre a outra.

- Sobre o que gostaria de conversar? – perguntei curiosa enquanto puxava um mocho que estava no canto do studio para me sentar.

- Ah, sim! Sobre Grand. – Alli falou deixando suas coisas ao seu lado no sofá e fazendo meu coração parar. – Espero que não se sinta mal em conversar comigo sobre meu irmão, mas nós somos melhores amigos e é como se eu já lhe conhecesse.

Respirei fundo ao me lembrar de Grand de uma forma tão próxima ao ponto de também ter essa mesma impressão da irmã dele.

- Ele também falava sobre você muitas vezes.

- Espero que bem. – Alli falou de uma forma divertida que me fez sorrir.

- Claro que sim.

- Então. Já nos conhecemos a semanas só não havíamos sido apresentadas pessoalmente.

Concordei com ela e Alli sorriu satisfeita.

- Meu irmão falou comigo apenas hoje sobre o que aconteceu. E eu senti tanto por você ter saído do apartamento dele.

- Eu também sinto. – falei assumindo aquilo em voz baixa. – Mas acho que estamos melhores assim.

Alli me analisou por alguns instantes então piscou seus grandes cílios rapidamente afastando algo de sua cabeça.

- Bem. Eu acho que meu irmão não é mais o mesmo e comecei a perceber isso depois da noite que ele saiu correndo da nossa casa para ir atrás de você no hospital. Depois daquele dia meu irmão mudou muito e acho que isso se deve a você.

- A mim? – perguntei confusa sobre aquilo.

Alli assentiu com a cabeça e continuou.

- Grand sempre foi muito individual. Foi emancipado aos quinze anos, foi morar sozinho aos dezesseis e comprou seu próprio apartamento aos dezoito. Praticamente um menino prodígio que não gostava de ninguém no seu pé. E anos depois, de repente, surgiu uma garota do nada, que ele leva para seu apartamento, sem conhecer direito, e divide com ela seu dia a dia. E o que é mais surpreendente em tudo isso é que o apartamento que ele dividiu com essa garota, era como se fosse seu esconderijo secreto que nem eu mesma cheguei a conhecer pessoalmente.

Ouvir Alli falar fez minhas mãos suarem e meu coração se acelerar ao mesmo tempo que se apertava. Não sabia como isso era possível, mas ela falar daquela forma de Grand me causava sentimentos inexplicáveis.

- Grand tem um sério problema em querer se esconder do mundo. Eu o entendo, porque eu também já quis, mas nunca fui tão bem-sucedida quanto ele. Nós dois não gostamos dos efeitos colaterais da fama do nosso pai e da nossa família. Mas lidamos de formas diferentes. E Grand quer se esconder, não quer ser reconhecido e isso já gerou muita rebeldia e já fez ele fazer muitas coisas que atrapalharam sua vida e ele carrega as consequências disso até hoje. Por isso não o culpe de querer aproveitar o anonimato que ele via quando estava ao seu lado. Eu o conheço e sei que ele não a viu com maus olhos.

- Então ele não me contou quem era por não achar que eu mudaria e ficasse com ele por interesse? – perguntei interrompendo Alli enquanto meu peito quase explodia em agonia de falar de Grand.

- Eu acho que isso nem passou em sua cabeça. Ele não falou para você por gostar do que vocês tinham sem o peso de um nome sobre ele. Eu sei porque eu já passei por isso. É tão bom conviver com pessoas sem o peso de um sobrenome atormentando nossa cabeça. Grand era só o Scott, o que quer dizer, ele mesmo, quando estava com você.

Respirei fundo processando tudo aquilo e sem saber o que dizer. Nunca estive no lugar deles e não sabia direito o que era aquilo. Eu sempre fui anônima, até demais, ao ponto de ninguém nem se importar comigo, até Grand.

- Será que vocês ao menos poderiam conversar? Grand pretende ir embora depois do casamento e eu não quero que ele vá sem ter essa história de vocês resolvida. Eu sei que isso vai atormentar ele e eu vou estar longe demais para cuidar do meu irmão.

- Mas será que ele vai querer conversar? Até hoje ele não me ligou e nem me enviou uma mensagem se quer.

Lembrar que Grand não havia vindo atrás de mim me deixava arrasada. Várias vezes no dia eu olhava meu celular na esperança de ter algum sinal dele, mas em nenhuma das vezes eu tive sucesso.

- Ele veio hoje, para tentar falar com você. – Alli falou me pegando totalmente de surpresa – Mas ele viu você com Martin e foi embora. Ele acha que vocês podem ter alguma coisa.

Aquela informação fez um frio tomar conta do meu estomago. Eu não havia visto Grand, mas ele havia me visto com Martin e no ultimo dia que nos falamos ele me falou que achava que eu tivesse algo com o Martin.

Rapidamente neguei com cabeça enquanto voltava a olhar Alli em minha frente.

- Martin é apenas um amigo. Ele me apresentou uma academia onde comecei a treinar. Grand deve estar entendendo as coisas erradas.

- Por isso acho que vocês devem conversar. – Alli falou pegando uma de suas sacolas de grife. – Por mais que não ache que é o lugar apropriado para vocês conversarem, mas ao menos vocês terão a chance de se reaproximar. – Alli então se virou novamente para mim com a sacola em seu colo e pegou um envelope de dentro dela – Gostaria de convidar você para o meu casamento amanhã – Alli falou entregando o convite para mim que eu olhei com cuidado em sua mão – Emma estará lá e você poderá ir com Tom, já sei que vocês se tornaram bons amigos. Com certeza Grand vai gostar de lhe ver lá e eu vou ficar muito feliz se você for.

- Eu não sei se devo. – respondi hesitando em pegar o convite.

- Grand ia lhe convidar, não se preocupe. Se você abrir o convite vai ver que seu nome já está impresso nele.

Abri o convite em um papel sofisticado e vi meu nome impresso em uma letra dourada muito elegante.

- Obrigada! – falei voltando a olhar Alli – Mas mesmo assim não sei se poderei ir.

Alli me olhou e deu um leve sorriso.

- Sabia que ia dizer isso. Por isso já providenciei tudo, para não haver desculpas. Já falei com Emma e você está dispensada do show de amanhã para ir ao casamento. Por mais que ele seja durante o dia, me adiantei sobre isso. E também sobre sua roupa. – Alli então pegou a sacola em seu colo e tirou uma elegante caixa branca e rosa – Para que você não use a desculpa clássica feminina do "eu não tenho roupa para uma ocasião como essa", descobri um segredo do meu irmão. Ele deixou um vestido do seu tamanho encomendado em uma loja que eu compro meus vestidos. Eles me ligaram para lembrar meu irmão de buscar, mas eu não o avisei e passei mais cedo buscar. E aqui está. – Alli estendeu a caixa branca para mim – Um presente meu, mas o considere do meu irmão.

Encarei a caixa e então o peguei com cuidado.

- Alli eu não posso aceitar. – falei levantando meus olhos da caixa para ela.

- Você deve aceitar, é um presente, sua mãe nunca lhe falou que não é elegante recusar um presente?

Sorri para Alli e assenti para ela.

Minha mãe, assim como todas as mães no mundo, ensinou isso para sua filha. Recusar um presente é quase como uma ofensa.

- Mesmo assim não tenho certeza se vou conseguir ir.

Alli se levantou enquanto me olhava.

- Então prove o vestido e pense com carinho. Grand ficará feliz e eu muito mais. Você é quase minha convidada de honra para o meu grande dia. – Alli então se aproximou ainda mais de mim enquanto me olhava – Tenha seu dia de princesa e vá encontrar seu príncipe.

Alli então sorriu e depois me deu um abraço antes de se despedir e sair.

Continuei ali sentada com a caixa em minhas mãos olhando Alli sair e quando ela fechou a porta abri lentamente a caixa para ver o que havia dentro dela.

 Continuei ali sentada com a caixa em minhas mãos olhando Alli sair e quando ela fechou a porta abri lentamente a caixa para ver o que havia dentro dela

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NÃO APEGUE-SE - Regras Do Jogo 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora