Cap 2
Johnny respirou fundo, antes de bater na porta. Havia saído da casa de Daniel LaRusso há pouco tempo e já estava a alguns minutos parado na porta ao lado da sua, criando coragem para bater. Ele e Daniel haviam conversado como nunca antes fizeram. Derrotar Kresse os uniu de uma fora que ele não pensou ser possível. Ficou combinado que ambos iam atuar como sensei no Miyagi-Do e uniriam o melhor dos ensinamentos dos dois dojos.
Mais alguns segundos e a porta foi aberta.
- O que está fazendo aqui? - a voz de Miguel soou baixa, mais como se tivesse triste e não furioso, como ele gostaria que soasse.
A verdade era que ao ver o sensei, toda a raiva se esvaiu. Ver ele ali parado não despertou ódio e sim saudade. A figura paterna que ele tanto amava estava ali, mas agora era tarde de mais. "São as pessoas que você ama as que mais te machucam", Miguel pensou enquanto John ficava parado olhando pra ele.
- Olha... Eu sei que eu não tenho direito de pedir nada. Eu só queria saber como você estava. Fico feliz que esteja se recuperado bem.
- Obrigado. Mas devia ter feito isso meses atrás, enquanto eu estava no hospital.
- Eu fui proibido de entrar Miguel. E sua mãe tem todo o direito de fazer isso.
- Quem está na porta? - Carmem gritou de dentro de casa, enquanto caminhava até a entrada.
- Ninguém. Já tá de saída.
- Eu disse que não queria te ver nunca mais. - ela disse assim que chegou até eles.
Johnny respirou fundo - Espera. Por favor. Eu sei que eu sou a última pessoa que deveria te pedir um favor, mas eu realmente preciso da sua ajuda. Eu estraguei tudo com Robby e com Miguel. Não quero fazer isso de novo. Eu posso conversar com você? Em particular?
- Ok. Você pode entrar - ela se virou para o filho e depois saiu, fechando a porta atrás dela - pode falar.
- A algumas semanas eu fui abordado por um advogado, que alegou que uma antiga namorada tinha ficado grávida. A garota passou um perrengue até ser adotada. Bom... resumindo, o DNA deu positivo, e eu tenho uma filha de 15 anos que vai vir passar algum tempo morando comigo, pra nós conhecermos. Agora entende o porque eu preciso de ajuda? Eu quero. Não. Eu preciso fazer tudo certo dessa vez. Você pode me ajudar Carmem?
- Tudo bem. Mas só por causa da garota. Ela não tem culpa de nada.
- Obrigado. - ele ficou um pouco sem graça. Imaginou que seria mais difícil. - o Miguel está melhorando não é?
- Não. Eu vou te ajudar no que precisar, mas você fica longe dele. É o único acordo.
- Ok. Desculpe. Eu vou me comportar.
- Assim espero. - ela disse se afastando e entrando na própria casa.
Johnny fez o mesmo, mas não pode deixar de notar o quanto ela estava bonita e quão magoado o olhar de Miguel estava. Se ele estava buscando redenção, teria um longo caminho a percorrer
Já haviam se passado alguns dias da sua visita a Carmem, e até o momento, eles tinham conseguido deixar um quarto razoável para Becky. Ela deveria chegar na próxima semana e no momento Johnny estava esperando na detenção para menores infratores. Ele tentava ensaiar como contaria aquele notícia para Robby. Não tinha certeza nem que o garoto receberia ele.
Logo pode ver Robby sendo conduzido por um oficial.
- Uau. Você veio. Demorou mais chegou. Sabia que o Sr. LaRusso já veio três vezes?- Johnny percebeu que não ia ser muito fácil. - Pode me poupar do discurso e cair fora. Eu ferrei seu precioso aluno. Eu sei que fiz merda e vou pagar por isso. Volta pra ele. - disse já se levantando para ir embora.
- Eu não estava com Miguel. Nem mesmo estava em Reseda.
- Então com quem estava? - virou-se para olha-lo.
- O nome dela é Rebecah Allen.
- Nova namorada?
- Sua irmã.
Robby não conseguiu entender direito. Aquilo era surreal demais para ele ter ouvido bem.
- Não sabia que tinha outra filha.
- Eu também não. - disse abaixando a cabeça com uma certa vergonha.
Robby voltou a se sentar e eles conversam. Johnny explicou detalhadamente tudo que houve. Ao final o menino ainda tinha sentimentos conflitantes sobre o assunto. Ao mesmo tempo em que queria ter alguém em sua família que valesse a pena, não sabia como ela seria. Talvez só mais alguém pra acrescentar loucura a sua vida, ou talvez fosse alguém com quem ele poderia finalmente ter um relacionamento familiar.
Johnny foi para casa satisfeito. Apesar de ainda frustado, Robby entendeu o que houve e até demostrou um pouco de empolgação com a irmã mais nova. Isso o deixou esperançoso. Parece que finalmente as coisas vão melhorar.
************
Alguns dias haviam se passado e finalmente ela estava chegando. Johnny foi buscá-la na rodoviária e estava bem apreensivo. Há viu de longe, caminhando em sua direção. Ela deu um sorriso tímido quando o viu e começou a andar mais rápido.
- Oi Sr. Lawrence - ela disse baixinho
- Oi Rebecah, pode me chamar de Johnny. Se você quiser, é claro.
- Tudo bem Johnny. - o sorriso doce aumentou. - e pode me chamar de Becky. Vamos?
- Eu pensei que talvez pudéssemos comer alguma coisa. Está com fome?
- Acho uma boa idéia.
Eles foram até uma lanchonete próxima, que o sensei viu quando estava indo. Se sentaram uma mesa próxima a janela e ficaram em um silêncio incômodo. Foi o mais velho que quebrou esse silêncio.
- Então... Como são os seus pais adotivos? Eles são legais?
Ela deu um sorriso gigante - Sim. Eles são incríveis. Bruce é um homem sério e exigente, mas muito amoroso e protetor com a família. Já a Janett é totalmente doida. Ela se perde no meio da conversa e e é toda colorida e engraçada. Ela é muito inteligente. Ela trabalha com tecnologia. O único que me deu algum problema no começo foi o Connor. Ele achava que eu queria me aproveitar deles, mas com o tempo e um pouco de esforço começamos a nós dar bem. Agora ele é todo irmão mais velho superprotetor pra cima de mim. E você? É casado? Tem outros filhos? - essas últimas frases ela perguntou coma voz mais baixa. Uma esposa poderia não gostar muito da presença da menina e irmãos poderiam ser bons ou poderiam ser ciumentos tentando prejudica-la.
- Seus pais não falaram nada de mim? - o sensei achou estranho. Imaginou que eles teriam toda a ficha dele pelo detetive, até informações insignificantes, afinal estavam mandando a filha para morar com ele.
- Eu disse que não queria saber. Queria te conhecer sem imagens pré concebidas.
- Ok. - ele deu um sorriso discreto. Ela tinha acabado de encantar ele. Era bonita, apesar de não se arrumar como as outras garotas, era inteligente e não era arrogante. - Não. Eu não sou casado, mas tenho um filho. O nome dele é Robby Keene. Mas infelizmente ele está no sistema de dentenção para menore. - Johnny não queria fazer tudo errado, então começou com a verdade. Contou tudo o que houve na desde o início, até a queda de Miguel.
- Uau. Isso foi tenso. Nem imagino como você se sentiu. Mas eu acho que posso ajudar. Conheço alguns bons advogados e eles podem olhar o caso de Robby. Acha que ele vai aceitar?
- Faria isso por ele? - Deus, essa garota estava quebrando seu coração. Ela nem conhecia o irmão e estava disposta a ajuda-lo.
- Claro. Ele é meu irmão. Família é pra isso - ela deu um sorriso sem graça. - quer dizer, se eu posso dizer que sou da família. - ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, costume que pegou de sua mãe, Janett.
- Você com certeza é da família.
Derrepente o celular de Becky começa a tocar
- Alô? Alô? - ela desliga - tem sempre alguém ligando e não fala nada. Isso já está me dando nos nervos.############
Oi gente. Desculpa não, responder os comentários. Não tenho muito tempo e atualizo a fic enquanto meu bebê tá mamando. Fiquei muito feliz por estarem gostando. Não escrevo faz muitos anos e agora me deu vontade. Obrigada pelo apoio. 😘
![](https://img.wattpad.com/cover/244374307-288-k706790.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cobra Kai never die (Hiatus)
FanfictionJohnny descobre uma filha perdida. Robby esta preso. Miguel esta furioso o tempo todo. Carmem esta sempre preocupada. Sam esta tentando ser forte. Daniel esta por um fio. Hawk esta cada vez mais perdido. Aisha esta uma bagunça. Depois do inicidente...