Cobra Kai never die (Hiatus)

5-No Mercy

Pessoal. Segue mais um capítulo. Quero dizer que estou muito feliz com os comentários e vou tentar postar o mais rápido que conseguir. Bjuss e boa leitura.

Cap 4
Já haviam se passado duas semanas do retorno das aulas e Tory tinha compactuando com as constantes perturbações contra Becky. Ela tinha sido empurrada, esbarrada, ofendida, intimidada e até colocaram uma gosma verde, resultado de uma aula de química mal sucedida, em sua mochila. Embora todo o esforço, nenhum Cobra kai sequer, nem mesmo Miguel, que era o mais empenhado em atormenta-la havia tirado uma palavra de irá da garota. Ela permanecia impassível diante das afrontas. Mantinha um sorriso amistoso e agia como se seus carrascos não existissem.
Mas Tory tinha certeza que hoje seria diferente. Hoje ela tinha uma missão especial envolvendo Rebecah Allen. Hoje ela iria cumprir uma ordem direta do sensei Kresse e ela tinha uma total convicção que o deixaria orgulhoso, afinal, ela teria que ter um parafuso a menos para não aceitar o acordo.
De longe ela avistou o seu alvo e foi diretamente a ele.
- Oi Ao Sugo. - falou, usando o apelido ofensivo que lhe deram.
- Oi. - Becky respondeu com o sorriso mais radiante que conseguiu. Pra ela aquilo era um jogo de resistência. Quem fosse mais forte e resistisse por mais tempo ganhava e ela era filha de campeões, embora adotada. OS ALLEN. NUNCA. PERDIAM. E ela com certeza não deixaria um monte de adolescentes mimados a derrotarem.
- Posso falar com você? A sós. É importante e do seu interesse.
- Tudo bem. Vocês podem ir meninas. - disse se virando pra Audrey e July. Suas novas amigas
- Tem certeza? - perguntou Audrey a mais corajosa.
- Eu não vou machuca-la. Promessa de Cobra Kai.
- Sua palavra não vale muita coisa, mas eu não tenho medo de você. Podem ir. Eu vou ficar bem. - um sorriso debochado estampou o seu rosto ao mesmo tempo em que uma expressão de puro ódio estampou o da outra menina.
Assim que Audrey e July se afastaram Tory começou a falar
- Eu tenho uma proposta pra você. Todos os Cobra Kai estão muito felizes em te atormentar o resto do semestre mas meu sensei tem outros planos. Tudo vai parar imediatamente. Só o que precisa fazer é entrar pro Cobra Kai. Sabe... Seguir o nosso lema. Acerte primeiro. Acerte forte. Sem misericórdia. Então o que me diz? - ela estendeu a mão já imaginando que o acordo estaria fechado.
Rebecah não podia acreditar no que estava ouvindo. Aquilo era bizarrice demais pra ser real. Ela chegou a rir, tão absurdo aquilo soava.
- Olha... Eu não vou nem entrar na questão do quão grande seria essa traição contra meu pai. Mas vamos ao que eu acho sobre o seus precioso lemas. Eu não tenho nada contra os dois primeiros. Acertar primeiro e mais forte parece justo. Meu problema é com sem misericórdia.
Soa como alguém fraco pra mim.
- Fraco? Robby não teve misericórdia quando jogou Miguel na escada.
- Sim. Ele não soube controlar seus impulsos ou dominar seus sentimentos. Isso o torna fraco. Acredite de alguém que já passou por muito mais coisa do que você imagina. É muito mais difícil ter misericórdia do que não ter. - ela disse e imediatamente virou as costas, se dirigindo ao refeitório.
Hawk e Miguel estavam indo na mesma direção e presenciaram parte da conversa.
- Quem essa menina pensa que é? - Tory gritou inconformada e correu atrás dela.
Os meninos seguiram elas já prevendo um novo episódio de briga.
Assim que Becky entrou no refeitório sentiu um empurrão em suas costas e foi direto pra mesa a frente. Ela não precisou se virar pra saber quem a tinha empurrado.
- Eu não sou fraca. Cobra Kai é forte, nosso lema é forte e você não é ninguém.
- Não sou eu a descontrolada gritando em um refeitório. - ela falou baixo e calma, com um sorriso debochado e as mãos gesticulando em direção a multidão que se aglomerava.
Tory partiu pra cima dela mais logo sentiu uma mão bloqueando o seu soco. Era Aisha em defesa da amiga. Rebecah no entanto não tinha se movido nem mesmo um milímetro. Logo depois Sam se colocou ao lado de Aisha e Demitri puxou Becky para traz.
Tory, que via tudo vermelho, começou uma luta com Aisha. Miguel, Hawk, Sam e Demitri também se envolveram.
- Qual é o seu problema Miguel? Depois de tudo você ainda fica do lado dela? Ainda age como um idiota que entra em brigas sem motivo? - a LaRusso fala com a voz quase embargada e testa franzida ao mesmo tempo que bloqueia um soco. Ela ainda tentava achar um fiapo de esperança de que o garoto por quem se apaixonou não havia desaparecido.
- Foi ela que começou. Ela se meteu na confusão quando ajudou o Robby.
- Isso é ótimo. Vou bater em uma traidora. - Tory gritava do outro lado.
- Só nós seus sonhos você me vence. - Aisha respondeu com o cenho fechado.
- Agora você não me escapa seu fracote. - Hawk gritou para seu antigo amigo.
- O único que cedeu ao lado negro da força foi você. - Demitri diz e logo leva mais um soco no rosto.
A luta durou alguns minutos, até que todos os envolvidos sentiram o gelo cortante de um jato de água os cobrindo. Ao pararem perceberam Rebecah, segurando a mangueira de incêndio
- Vocês perderam. Eu venci. - ela soltou a mangueira e se dirigiu a saída, indo para sua próxima aula.
Os jovens envolvidos na briga levaram uma suspensão. Rebecah levou uma advertência, pois apesar de ter conseguido parar a briga, ela usou uma mangueira de incêndio de forma indevida. Os molhados foram dispensados e Becky voltou para sua aula. Ao entrar na mesma foi recebida com palmas e cumprimentos a deixando totalmente desconcertada.
- Ah. Meu. Deus. Aquilo foi insano. Como você conseguiu manter a calma? - July dizia empolgada.
- Verdade amiga. Você tecnicamente conseguiu algo que nem os professores conseguiram no ano passado. Parar uma briga Cobra Kai versus Miyagi-Do. - Audrey complementa.
- Não foi nada de mais. Eu só pensei rápido.
- E quanto a calma? Você nem se mexeu quando a Tory veio atrás de você? - Audrey de novo.
- Tenho alguns anos de prática.
- Como assim?
- Nada. Vamos prestar atenção na aula antes que a professora brigue.

Miguel foi pra casa encharcado e envergonhado. Não conseguia olhar nos olhos da mãe e da avó. Simplesmente tomou um banho e se trancou em seu quarto, saindo apenas na hora do jantar.
Carmem ouviu tudo o que disseram sobre seu filho. Ela não podia acreditar que era pior do que ela imaginava. Seu filho. Seu pequeno Miggis, se tornou um encrenqueiro. Ele estava perseguindo aquela pobre garota.
- O porque você fez isso? - ela perguntou durante a janta.
- Ela vai conseguir soltar o Robby. - o menino respondeu com um olhar de ódio.
- É claro que vai. É irmão dela. Você faria o mesmo por mim. Não importa qual o problema você tenha com Robby ou com Johnny, ela não é culpada. E eu te proíbo de se quer falar com ela.
O jantar transcorreu em completo silêncio incômodo depois disso. As palavras de sua mãe só serviram para inflamar mais ainda seu ódio. Ela ia pagar por tudo. Com certeza ia. E ele ia descobrir o que ela quis dizer com " é mais fácil ter misericórdia do que não ter". Essas palavras estavam o consumindo e ele ia dar um jeito de fazer ela engoli-las.