8-Destino

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Oi gente. Tudo bem com vocês? Primeiro queria agradecer os votos. Depois informar uma errata. Na série a Sam e alguns outros personagens dirigem, o que significa que eles tem 16 anos, como passou um ano na primeira temporada em segunda então eles tem 17 anos agora, então se a Becky é um ano mais nova que o Robby então ela tem 15 pra 16 anos. Espero que vocês gostem do capítulo. Eu gostei de escrevê-lo. Bjuss

Miguel não conseguiu voltar para a própria sala. Ele não conseguiu sair de perto da enfermaria até saber se ela estava bem. Se escondeu quando Robby chegou, mas quando percebeu que a enfermeira deixou-os sozinhos ficou atrás da porta e esperou. Ele pode ouvir quando ela acordou e um alívio o invadiu instantâneamente, enquanto soltava o ar que não percebeu que segurava.
Tinha ideia que xeretar a conversa alheia era uma tremenda falta de educação, Carmem tinha lhe ensinado isso, mas algo o prendeu no chão. Assim que ouviu ela falar sobre a própria mãe prendeu o ar novamente. Escutar todo o seu relato foi como se um milhão de agulhas perfurassem seu coração. A vontade era de entrar ali e toma-la nos braços de novo. Também houve uma grande mudança na forma como ele a via. Ela não era mais a garota fraca que todos atorme sentavam. Ela era uma pessoa forte, que resistiu a muitas coisas e ainda conseguia sorrir.
Pela primeira vez desde o acidente, Miguel parou de sentir raiva de todos e parou de culpar os outros. Agora sentiu raiva de si mesmo, porque na história dela, ele era o vilão. Ultimamente ele estava sendo o vilão da história de muita gente. Na verdade todos eles, os Cobra Kai, estavam.
Ao longe ele pôde ver sensei Lawrence chegando, provavelmente para pegar Rebecah. Novamente se esgueirando para não ser visto, foi em direção as arquibancadas da quadra, onde ele sabia que Tory e Hawk estariam. Sentou-se ao lado de Hawk e respirou profundamente.
- Como ela está? - Hawk não desviou o olhar do meio da quadra. Ele não conseguia encarar o amigo. As coisas estavam confusas pra ele. As novas informações estavam emboladas em sua mente.
- Ela acordou. Johnny veio buscar ela. Acho que vai ficar bem. - também olhou para um ponto fixo a frente.
- Miguel... - Tory falou baixo. Ninguém conseguia se encarar. - eu conversei com a Aisha. Descobri uma coisa sobre a Rebecah.
- O que? - ele levantou o olhar, finalmente, estranhando que Tory a chamou pelo nome. Ela sempre usava apelidos ofensivos.
- A mãe dela era viciada e ficou com uma dívida grande. Ela usou Becky pra pagar a dívida. Ela tinha 3 anos e ficou com eles até os 10.
Miguel fechou os olhos, preenchendo as lacunas da conversa que ouviu. Aquilo era pior do parecia.
- Ela tem pânico de lugares fechados porque trancavam ela em um armário escuro. - ele disse com os olhos ainda fechados enquanto esfregou a mão nos próprios olhos, como se fosse apagar o que ele ouviu. Imediatamente o alarme para o intervalo tocou. 
O trio foi para o refeitório como em uma procissão. O tiro tinha saído pela culatra. Além de não ter dado certo, perceberam o quão errado aquilo foi.
Os três sentaram na mesma mesa. Comeram em silêncio, cada um com seus pensamentos. Tory não sabia o que pensar. Ainda não gostava de Rebecah, mas tinha que admitir que aquelas informações fizeram ela subir um ponto de respeito, ao mesmo tempo ainda queria continuar com a guerra. Hawk achava que tinha ido longe demais, mas também entendia que não tinha como eles saberem sobre os problemas dela, e afinal, ela era o inimigo e Cobra Kai não tinha misericórdia.
Miguel, de longe era o mais absorto, tanto que não percebeu a chegada de Robby. Ele não devia ter provocado ela. O que houve com ele não foi culpa dela. Carmem havia dito isso. Precisava se desculpar mesmo que pra isso tivesse que brigar com seus dois últimos amigos.
- Cara... Eu sei que temos as nossas diferenças, mas deixa ela fora disso.
-O que? - Miguel que ainda estava perdido nos próprios pensamentos realmente não entendeu o que Robby fazia ali e sobre o que ele estava falando.
- Fui eu que te joguei da escada. EU fiz merda, então vou aceitar todas as consequências disso. Pode fazer o que quiser comigo mas deixa a Rebecah fora disso. Ela já passou por muita coisa e não vou deixar ninguém ferrar com ela. Ela é uma garota incrível e não merece ser colocada nessa confusão. Eu não quero brigar Miguel, mas se chegar perto da minha irmã de novo eu vou.
- A gente não colocou ela nisso. Ela se meteu quando pagou seu advogado. - Tory falou já furiosa e pronta pra luta.
- Ela... Ela fez o quê? - a cara de Robby mostrava que ele não sabia de nada. Não tinha como negar que aquela era uma informação nova pra ele. - Bom... Isso não importa. Eu sei que foram vocês que trancaram ela no armário.
- Vai mesmo nós acusar sem provas? - dessa vez era Hawk que se manifestou, batendo as duas mãos na mesa.
- Hawk, se acalma. Não vamos brigar. Sim Robby, foi ela que conseguiu o advogado, mas isso não era motivo pra provocarmos ela. Você tem razão. Ela não tem nada a ver com isso. - Miguel estava sério ao proferir as palavras, o que fez Robby recuar em sua fúria - Não se preocupe, ninguém mais vai se meter com ela.
- Ok. - o garoto virou as costas e saiu do refeitório.
De onde estava, Miguel observou Robby sair e imediatamente Sam segui-lo. Não sabia como se sentir sobre aquilo, não estava com ciúmes de Sam, mas achava injusto que ela ainda se importasse com ele, afinal, ele quase tinha o matado.

*********
Robby precisava de um pouco de espaço. Aquela nova revelação o pegou desprevenido. Não que ele não acreditasse que ela fez isso, mas porque não contou pra ele.
- Robby, espera. - o garoto olhou pra direção em que o chamavam e pôde ver Sam. Ela estava tão bonita, com seu vestido branco, como um anjo delicado.
- Oi Sam.
- Como ela está?
- Melhor. Teve um ataque de Pânico. Meu pai veio buscar ela.
- Foi o Miguel não foi? Por isso estava falando com eles?
- Eu acho que foi, mas não posso provar. - ele franziu o cenho, mostrando sua frustração. - Vocês não estão mais se falando? Você e o Miguel.
- Não. - ela respirou fundo - Ele está diferente. É como se ele tivesse virado outra pessoa. Acho que todos nós mudamos, mas ele mudou pra pior.
- Olha Sam... Eu... Sinto muito. Foi tudo minha culpa. Eu sei que eu estraguei tudo.
- Tá tudo bem. - ela segurou a mão dele enquanto fazia carinho com o polegar, o que foi prontamente retribuído por ele. - Sabe... Eu senti a sua falta.
- Você não sabe o quanto eu senti a sua. - falou chegando mais perto da menina, com rosto próximo ao dela.
- Ei Samantha - eles ouviram alguém gritar.
Logo July e Audrey chegaram perto deles. Robby abaixou a cabeça em frustração. Parecia que o destino estava contra ele, afinal era a segunda vez que eram interrompidos.
- Oi meninas. Esse é Robby, irmão da Becky.
- Oi. Prazer. - Audrey disse e as duas apertaram a mão de Robby. - Na verdade a gente veio perguntar se você viu ela. Ela não apareceu na última aula.
- Ela foi pra casa. Ela passou mal e estava na enfermaria. - Robby disse.
- O que ela teve. Aposto que foi o pessoal do Cobra Kai. Eu vou matar o Miguel. - Audrey disse já com raiva
- Não vai não. A gente tem medo deles lembra? - July disse baixinho, fazendo Robby e Sam soltarem uma gargalhada, aliviando o clima tenso de antes.
- Oi pessoas. - mais gente se aproximou, eram Aisha e Demitri. Robby começou a pensar que talvez a escola não fosse um bom lugar para conversar com Sam.
- Oi Aisha, Demitri. - July falou sorrindo.
- O...oi. - Audrey falou baixinho, desviando olhar de Demitri. Sam e Aisha se olharam com um sorriso cúmplice, percebendo algo no ar, afinal Audrey não tinha nada de tímida.
- Oi meninas. Vocês estão bem? - Demitri perguntou olha do diretamente pra Audrey. - A gente veio saber o que houve com a Becky.
- Ok. Mas vamos pro refeitório então. Ficar todo mundo em pé no corredor vai ser complicado e vai chamar a atenção. - Sam falou e foram todos se sentar. Robby contou tudo o que sabia, deixando de lado os assuntos pessoais sobre a vida da irmã.
O sinal bateu novamente e cada um foi para sua própria aula.

Cobra Kai never die (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora