4-Nova na escola

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Capítulo curto pessoal. Desculpem, mais o próximo vai ser maior e ter mais coisas interessantes. Sobre o cap. passado, o livro que eu citei existe e eu super recomendo. É da Júlia Quinn, série os bridgertons, é o primeiro livro da série e a Netflix está gravando uma série deles. Obrigada por todos os votos e todos que estão acompanhando. Vou tentar responder ou pelo menos comentar sobre os comentarios. Mais uma vez obrigada. Bjuss

Cap 4

Miguel estava observando a cadeira vazia em sua frente quando ouviu murmúrios no refeitório que o fizeram levantar a cabeça.
Pôde observar uma bela garota entrando no lugar e todos os olhos em sua direção. Ela não trajava roupas da moda, nem estava maquiada. Pra falar a verdade nada nela era pra ser atrativo, mas era. Ela não tinha uma beleza angelical como de Sam, nem feroz como Tory, ela era algo completamente diferente de tudo que ele já viu. O seu cabelo um tanto despenteado e suas roupas meio folgadas e nada femininas lhe davam um aspecto de desleixo, mas em contra partida, seu olhos verdes combinado com seu pequeno sorriso discreto a faziam parecer que nada do que vestisse a impediria de ser bonita. Perdeu sua atenção quando sentiu Hawk sentando ao seu lado.
- Já viu a garota nova? Você não vai adivinhar de quem ela é filha.
- Sensei Lawrence - ele já imaginou pela fala do amigo. Carmem já havia lhe contado tudo de antemão. Ele suspirou, já sabendo que tudo o que ele percebeu não significava nada. Ele estava farto de se meter em confusão por causa de garotas. Aquela com certeza era problema.
- É. Mas não é só isso. Um amigo do meu pai que é da polícia disse que ela conseguiu um bom advogado pro Robby. Ele vai sair da cadeia cara. E vai ser graças a ela.
- O que? Ele não pode sair. O que ele fez.... Ele tem que pagar por isso. - Miguel estava indignado.
- Também acho que ela não devia se meter. Que tal a gente mostrar pra ela como Cobra kai resolve as coisas.

Becky estava apreensiva. Apesar de nunca ter frequentado a escola, tinha alguma noção de que as coisas poderiam ser no mínimo difíceis. As primeiras aulas correram bem. Conheceu uma garota na aula de matemática que foi muito gentil. Seu nome era Audrey. Mas apesar da gentileza não houve um convite para o almoço. Becky estava sozinha e por sua conta. Sabia que não teria aulas com Demitri, Sam ou Aisha pois todos eram mais velhos que ela. Ela caminhou o mais rápido que pôde para a mesa mais próxima com lugar vago. Queria se esconder dos olhares que a cobriam. Caminhou tão rápido que nem reparou o pé atravessado em seu caminho. Sua comida, macarrão ao molho sugo, esparramou-se pela roupa branca no momento da queda. Ela estava coberta de molho e restos de comida. A gargalhada foi geral e ela, com o resquício de coragem que ainda tinha, levantou a cabeça para seu algoz.
Miguel apenas riu de canto.
- Devia prestar mais atenção aonde anda. Pode acabar caindo. - ela sabia quem ele era, mas as histórias de seu pai não diziam nada sobre crueldade.
Afinal, isso não importava, não era nada comparado ao que ela já havia passado. Becky era forte e sabia exatamente porque aquilo estava acontecendo. Não deixaria Miguel Dias intimida-la
- Becky. O meu Deus, você está bem? - Samantha veio correndo em seu auxílio.
- Estou. Foi só um acidente. Só a minha roupa sofreu. - ela deu um sorriso se levantou sem ajuda, ignorando completamente Miguel e Hawk ao seu lado.
- Vem, vamos ao banheiro. Tenho uma camiseta extra pra te emprestar, vai ficar grande, mas pelo menos você não vai passar o dia inteiro suja.
- Obrigada Aisha, você é muito gentil.
Ao colocar a roupa emprestada, ela deu um nó na ponta da camiseta.
Não era sua intenção que o decote largo devido ao tamanho acompanhado do nó a tornasse vulgar, mas ao se olhar no espelho foi exatamente o que ela pensou. Combinada com sua calça Boyfriend ela parecia uma garota de concurso de camiseta molhada. Não queria chamar atenção, embora fosse meio tarde pra isso.
As três meninas voltaram ao refeitório e sentaram-se com Demitri.
- Você está bem Becky? - Demitri parecia genuinamente preocupado. Ela ficou feliz por ter pessoas que se importavam com ela mesmo mal a conhecendo
- Estou sim. Obrigada. Não foi nada de mais.
- Olha... Senta sempre com a gente. Acho que vai ser mais seguro, agora que você entrou na mira do Cobra kai. - o menino falou com seu jeito afobado.
- Obrigada pelo convite. Eu fico muito feliz.
- Que isso. E olha... Se alguém te incomodar, fala com um de nós. Essa confusão já foi longe de mais.
- Ok. Eu aviso.
Eles almoçaram conversando e rindo, como se fossem velhos amigos, porém ela podia sentir em suas costa, o olhar de Miguel a perfurando. Ela tinha convicção que isso não tinha acabado.

- Quem é a garota nova? - Tory se sentou com seus amigos. - Porquê vocês estão mexendo com ela?
- O nome é Rebecah Allen, filha de Johnny Lawrence. Da pra acreditar? - Hawk falou - Como, depois do Robby ele não disse nada sobre ela?
- Ele não sabia.- Miguel sentiu a necessidade estranha de defender o sensei - A mãe dela nunca contou nada. Sinceramente não sei o que houve com ela, mas os pais adotivos que entraram em contato com o sensei. Desculpe, força do hábito - ele disse assim que percebeu como se referiu a Johnny Lawrence. Ele não era mais sensei de ninguém. Era só um cara qualquer, ele tentava se convencer, mas no fundo sabia que pra ele Johnny sempre seria seu sensei.
- Ótimo. O cara é tão lesado que nem sabe que tem uma filha - Tory criticou.
- Eu vou no banheiro - Miguel levantou para não dizer nada que o denunciasse.
No caminho para o banheiro ele a viu de novo, agora com a camiseta emprestada. Droga... Ela havia ficado mais atraente. Se escondeu até que elas fossem e foi até o banheiro, lavou o rosto e tentou por a mente em ordem. Ela era o inimigo. Sempre seria o inimigo, ele só precisava se convencer disso.
Apesar de tudo, nada adiantou. Ele passou o restante do almoço observando a pequena garota de aparência frágil e olhar corajoso.

Cobra Kai never die (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora