A quantos clichês uma pessoa consegue sobreviver? Talvez a resposta seja, vários! Mas vou complicar um pouco mais, a quanto clichês simultâneos uma pessoa consegue sobreviver?
Lyra Ohana, blogueira com quase 10 milhões de seguidores, assiste sua vid...
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Após um banho relaxante, Lyra recebeu um convite da Rainha para almoçarem no jardim. O qual ela aceitou prontamente. Já preparada para a dor muscular que acometeriá-lhe, a moça preferiu um look mais confortável, contudo ainda elegante.
— Majestade! — Lyra cumprimentou assim que a avistou na entrada para o jardim.
Pausa para falar sobre essa beleza arquitetônica. O jardim era gramado, com passeios de pedras, contava com muitas árvores frutíferas, que deixavam o ar doce, as flores coloridas, uma fonte, um quiosque, e muitos bancos espalhados por sua vasta extensão.
— Minha menina deixa disso — a rainha lançou-lhe um olhar de repreensão apesar do sorriso. — Você sabe que deve e chamar de Anna.
— Achei que era apenas quando estivéssemos em meu quarto — comentou Ly, enquanto ambas caminhavam lado a lado.
— Amiga são amigas em todos os lugares! — ao contrário do esperado a rainha piscou. Ao avistarem a mesa do almoço, a rainha comentou. — Hoje será apenas nós, estão todos muito ocupados.
— Sua companhia já é incrível! — Lyra respondeu sincera. Era do conhecimento de ambas que sem aquela amizade, Lyra estaria muito perdida. Superar o luto sem a ajuda de Anna seria doloroso e demorado. Ela estava fazendo o papel de mãe.
Os pais de Lyra eram voluntários em países da África, o que os deixavam de certa forma incomunicáveis. Os progenitores ficaram mais tranquilos de viajar por saberem que a filha tinha a amiga, mas agora que ela se fora, isso poderia mudar um pouco, contudo só restava a moça esperar. Estar na seleção significava não ter mais acesso ao mundo virtual, era como uma férias.
— Como você está, não te vi mais cedo — comentou a rainha quando o primeiro prato foi servido.
— Ah, eu estava treinando, achei ótimo poder descarregar as emoções enquanto me exercitava — respondeu a moça, ocultando a parte do suor.
— Oh, que incrível! Mas, Alice te levou até a academia do palácio?
— Oh, não! Quem me procurou foi o... qual o nome mesmo... Já não lembro mais, o Anthony disse, mas me esqueci — respondeu pensativa. — E o rapaz não disse o nome agora de manhã — deu de ombros, a rainha a encarava com um sorriso sapeca, já que nem havia se dado conta do que revelara.
— Acho que o Anthony falava do Isaac — a rainha frisou o nome do filho querendo ver a reação da jovem.
— Isso, mesmo! — concordou a jovem. — Acabamos fazendo uma piada, e eu e Anthony nos desviamos do assunto.
A rainha riu com gosto, Lyra realmente não havia se dado conta de que já chamava o príncipe pelo primeiro nome e com grande naturalidade. A causa foi o encontro aleatório de ambos.
— Está rindo por eu não me recordar o nome? — questionou sorrindo.
— Oh, não! — Anna negou. — Isaac é responsável pela segurança do país, foi ele que lhe ajudou no outro dia.
