Capítulo XIX - Perseguição

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— Fomos alvos de uma sabotagem? Mas por quem? — questiona Haru, alarmada.

— Não sabemos para quem ele trabalha, mas o que é certo é que temos que o apanhar!

A mais nova assentiu e correu para a porta. Espreitou para o corredor enquanto esperava as outras — não havia sinal de vida.

Em roupas pretas para uma melhor camuflagem, Yachi, Shimizu e Haru começaram a sua perseguição.
Chegando ao fundo do corredor, desceram o elevador, para não fazer barulho nas escadas. Sairam no andar abaixo e observaram o lugar.

— Não tem ningué–!

— Shhh! — Shimizu sussurrou. Foi aí que ouviram passos apressados perto delas.
Um vulto atravessa o corredor.

— Está ali!

Correram com as suas maiores forças atrás do “fantasma”. Perderam a noção de por quantos corredores passaram, chegando até à saída. A porta de metal que indica a saída foi aberta duas vezes, pelo sabotador e pelas garotas, deixando para trás uma rececionista com um rosto confuso.

A luz tênue dos candeeiros da rua deixava uma atmosfera um pouco assustadora. Ora, correr atrás de um completo desconhecido também era um pouco.

— Vamos nos separar! — decidiu Haru, ao chegarem numa rua com três saídas – o bandido tinha ido pelo meio. Cada uma foi por uma saída diferente. Manteram contacto fazendo uma chamada tripla, com um escuta improvisado feito com três headphones.

— Escuta? Estou a vê-lo! — comunicou Haru correndo ainda mais rápido. Tinha ido pela saída da direita, que tinha um atalho para a rua principal.

Corre! — pediu Kiyoko do outro lado.

Como se fosse fazer um ataque numa partida de voleibol, Haru correu com todas as suas forças. Chegando cada vez mais perto, e mais perto, e quando estava à distância de uma passada...

TUMP!

Tombou para a frente, amparando-se com os braços. Um pouco tonta, sacudiu as suas roupas, levantou-se e olhou em frente.

O bandido tinha sido parado. Mas não por ela. Quem estava na sua frente era...

— USHIJIMA WAKATOSHI?!

*  *  *

— Sem notícias de Shimizu? — perguntou Daichi, stressado, não sabendo o que fazer com um bando de crianças bêbadas. Estavam no processo de tira-los do bar e depositá-los nos quartos.

Sugawara abanou a cabeça em negação.

— A nossa sorte é que alguns já estão dormindo, só temos que levar mais o Yamaguchi e o Tanaka. Ennoshita está ajudando o resto lá em cima.

— Sorte a dele em não vir. Não sei o que vamos fazer amanhã, o jogo é logo de madrugada e alguns vão estar com uma grande ressaca. — falou Asahi com um suspiro, enquanto pegava em Tanaka pelos ombros.

Assim que todos estavam nos seus respetivos quartos, os terceiranistas puderam finalmente descansar — ou assim pensavam; pois um mais incidente ocorreu.

Karasuno não estava mesmo com sorte.

*  *  *

— Muito obrigada, Ushijima-senpai. — agradeceu Haru, curvando-se. Tinha um enorme respeito pelo ace do Shiratorizawa, por ter sido uma das suas inspirações para não desistir completamente do vólei, depois da lesão.

— De nada... mas obrigada porquê...? — questionou, educado, mas confuso, por ter um homem agachado diante de si.

— Este aqui... Este aqui é um criminoso — declarou solenemente.

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