Capítulo XXXIV - Nacionais, Aqui Vamos Nós

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Eram 10 horas da noite. Kageyama já teria ido para casa, de modo a não levantar suspeitas. Haru já comera a sopa que fizera e estava deitada de barriga para cima na sua cama. Tinham passado uma tarde agradável juntos, talvez como um pseudo-primeiro encontro. Viram montes de filmes, riram muito — foi mais Haru a rir desgraçadamente e Tobio tentando calá-la para não acordar Yaemiko —trocaram estratégias e até jogaram um videogame. Aí foi Mikane que tentou calar o amigo porque ele tinha mau perder e dava rage-quit no meio do jogo.
Os dois não haviam esquecido a confissão, porém decidiram deixar para outra hora, já que tinham muitas coisas em se concentrar. Aceitaram os dois ficarem apenas amigos até que estivessem prontos. Mesmo assim, Haru não conseguia deixar de pensar no azulado. Quando se olharam de perto, conseguiu ter uma visão do seu rosto, e apercebera-se do quanto Kageyama era belo. O seu rosto pálido, com as bochechas levemente rosadas, os lábios, os olhos negros como a noite...
“Humpf... Aquele mirtilo tornou-me lamechas...” pensou, com um leve sorriso. E com este pensamento, adormeceu.

* * *

Ocupados, ansiosos e nervosos. Três palavras que descreviam o estado de Karasuno na antevéspera das Nacionais de Voleibol.

A equipa treinando, as assistentes trabalhando e Haru matando-se para melhorar as estratégias. Batucava com a caneta no queixo, enquanto os jogadores reuniam-se à sua frente. O seu estado não era o melhor — estava stressada, de cabelos despenteados e a região embaixo dos olhos estava escura e marcada de noites mal dormidas. Suspirou.

— Okay. Gostei desta distribuição. Mantenham-se assim. E, ah! Vamos usar o ataque surpresa do Yamaguchi, o ataque coletivo, o bloqueio inspirado na Dateko... Hmm..

— O nosso ataque rápido? — perguntou Hinata.

— Claro. Mas tenham cuidado com esse, a grande vantagem desse ataque é a surpresa, não duvido que os nossos adversários consigam contrariá-lo depois de algum tempo. Já estive... — bocejou. — ...a ver alguns vídeos sobre as outras equipas. São incriveis. Mas vocês são sempre os melhores para mim. — sorriu.

— Haru... — murmurou Nishinoya com lágrimas nos olhos. Para sua surpresa, foi atacada com um abraço coletivo dos seus amigos.

De repente, Ukai entra pela porta do ginásio.

— O nosso transporte para Tokyo está aqui.

Todos olharam uns para os outros, expectantes. Assentiram com a cabeça e seguiram o treinador em direção ao autocarro (ônibus para os meus amigos do brasil ^^).

A mãe de Hinata e a sua irmãzinha estavam lá para lhe dar boa sorte, assim como a irmã de Tanaka. A de Haru não pôde vir, porém haviam se despedido mais cedo com muito carinho e abraços de boa sorte.

Enquanto Ryuunosuke e Shoyo falavam com a sua família, o restante foi entrando no transporte. Haru, porém, preferiu ficar para trás ao sentir algo menos bom.

— Kageyama, nervoso? — perguntou, acompanhando o passo do seu amigo especial. Desde o dia da confissão pensaram se realmente queriam chamar-se um ao outro de “namorados”, mas com a coisa da nacional, estavam um pouco ocupados demais para pensar nisso. Honestamente, não se importavam nem um pouco com rótulos e títulos, queriam ficar apenas próximos um do outro. Combinaram que questões como essas ficariam para quando fossem mais velhos. Nem Haru nem Kageyama se prendiam à relação, apenas sabiam que ambos adoravam a companhia um do outro.

— ...Não.

— Vai, diz a verdade.

— Não estou, a sério.

— Kageyamaaaa!

— Okay! Pronto! Estou nervoso, não sei por onde olhar, nem sei o que vou fazer quando chegar lá, tenho medo de perder a cabeça e começar a gritar com tudo e com todos como sempre. Não consigo controlar as minhas emoções naquela hora, mas não é minha intenção magoar ninguém! — confessa, dando um pontapé numa pedra do asfalto.

— Tobio-chan... Ninguém te leva a mal. Já todos sabemos que tens mau humor — soltou um risinho e pegou na mão do de cabelos escuros. — Vai correr bem. Não vais perder a cabeça, já aprendeste com os teus erros, isso é o que importa.

Isso calou o rapaz. Um silêncio de entendimento.
Finalmente entraram no autocarro, onde Haru se sentou ao pé de Yachi (para ouvir as últimas fofocas, provavelmente.) e Kageyama ao lado do seu melhor amigo Hinata.
Mesmo com todos nervosos, a viagem foi barulhenta e divertida como sempre, incluindo as cantorias de Haru e as cantadas horríveis de Tanaka para Kiyoko.

Em cerca de uma hora e meia chegaram a Tokyo, perto do sítio onde estariam alojados. Os alunos da Karasuno olharam pela janela, abismados. Aquilo era ainda melhor que o Torneio de Verão! Arranha-céus erguiam-se imponentemente, contrastando com as cores quentes do pôr do sol, e em todo o lado se viam luzes e telas coloridas. Inclusivamente, o hotel (sim, desta vez iam ficar num hotel, que luxo, hm?) parecia ser super-confortável.

— Uau... — Asahi comentou por entredentes.

— É enorme! — exclamou Hinata.

— Sabes o que não é enorme...? — sussurrou Tsukki, levando uma cotovelada de Haru.

— Parvo. — O loiro ia refutar, quando o telemóvel (celular) da mais baixa começa a vibrar. Desbloqueando a tela, viu que alguém especial estava a ligar. Sorriu e virou-se para Ukai:

— Vou só fazer uma chamada, já volto. — e com isto afastou-se um pouco, ficando ao lado de uma esplanada de um pequeno café.

— Olá, Haru-chan! Olha para trás! — disse uma voz animada.

*  *  *
RECUPEREI A MOTIVAÇAO GENTE!
esperem os últimos capitulos esse mês, hehe.
a fanfic tá acabando, nem acredito que cheguei tão longe, e MUITO OBRIGADA PELAS 50K VIEWS, eu fico super feliz de estarem a gostar do meu trabalho <3
enfim, espero que tenham gostado, e espero que esteja tudo bem com vocês.

yours truly with a kiss,
Mia

my new team • haikyuu! x ocOnde histórias criam vida. Descubra agora