Capítulo XXXIII - ...Cheiras Mal.

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— Esconde-te, agora. — Kageyama olhou em volta, confuso.

— Vai! — Haru empurrou-o para dentro do armário bruscamente, ignorando as reclamações do mais novo.
Três batidas ouviram-se e logo depois um destranque de porta. Yaemiko, mãe da Haru, entrou com uma expressão cansada no rosto.

— Olá, filha... desculpa vir no teu quarto tão de repente, mas ouvi uns barulhos, está tudo bem? - perguntou enquanto Haru a cumprimentava com um abraço.

— S-sim! Tudo bem! Hum... Como foi o trabalho?

— Cansativo...

— Mãe, eu vou preparar um chá de matcha para descansares um pouco no sofá. Eu faço um jantar simples para nós duas, não te preocupes.

Pouco depois de ter feito uma sopa, que comeria mais tarde, um chá e enfiado Yaemiko confortavelmente debaixo de uma manta, Haru voltou para o quarto para... checar num certo alguém.

Assim que entrou e fechou a porta, e expirou profundamente, limpando uma gota de suor que correu da sua testa.

— Podes sair, estás seguro.

Viu a porta do armário abrir-se com um guincho, revelando um não muito bem humorado Kageyama, limpando o pó das suas roupas.

— Vou ficar com uma nódoa negra por causa de ti, idiota.

Haru apenas riu em resposta.

— Ok, ok, desculpa. Seria pior se a minha mãe te visse aqui.

— Tanto faz. É melhor eu ir, agora. Não quero incomodar mais....

— Oh...

Os dois evitaram cruzar o olhar. Não é como se tivessem esquecido daquele quase beijo de antes. Agora, nenhum dos dois tinha coragem para tomar a iniciativa.

— Sobre aquilo... — começou Kageyama. — Eu...

— Um...

— ...Eu gosto de ti! — confessaram em uníssono. Ambos corados que nem um pimento, olharam-se surpresos durante alguns segundos, piscando periodicamente. Os olhos de Kageyama Tobio brilharam, um brilho normalmente exclusivo ao voleibol. Algo sobre aquele momento, algo sobre Haru, despertava um calor em si, não um calor insuportável, mais como um aconchego. Era a primeira vez que experimentava um sentimento destes.

Haru, então, soltou uma pequena risada que evoluiu para uma gargalhada, contagiando Tobio.
Em parte porque os seus ataques de riso são inevitáveis, mas também para esconder o verdadeiro embaraço.

— És mesmo um caso sério. Eu acabo de me confessar e tu ris. — reclamou desviando o olhar, irritaso.

— Tu também estás a rir!

— Não estou nada!

Subitamente, Haru abraça-o com força, enterrando a cara no ombro de Kageyama. A ação surpreendeu o mais alto, mas lentamente, retribuiu. O abraço dos dois era algo tão calmo e puro, contrariando um pouco as suas personalidades impulsivas e enérgicas. Ali, ambos estavam confortáveis. Nada mais existia. Só os dois jovens apaixonados.

— ...Cheiras mal. — disse Haru, quebrando o clima completamente.

Kageyama afastou-se rapidamente, irritado.

— Idiota!

— Estava a brincar!

*  *  *

imensas desculpas pelo capitulo pequeno e pela demora horrível. sério, desculpem mesmo.

with love,

mia.

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