III.

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ELE NÃO CONSEGUIA ENTAR EM minha mente, mas ele poderia facilmente me matar se quisesse.

Tentei empurrá-lo para longe de mim, mas ele apenas pressionou com mais força, deixando nossos corpos ainda mais próximos do que antes. Eu podia sentir todo o seu peso em mim e, por algum motivo, achei estranhamente reconfortante.

— Diga-me quem você é! — ele sussurrou.

Eu o olhei nos olhos.

Verde contra violeta.

Algo mudou em seus olhos enquanto ele olhava meu cabelo acobreado com mais cuidado.

De repente, seu aperto em meu pescoço aumentou e de alguma forma eu senti o verdadeiro ódio irradiando de seu corpo. Seus olhos estavam escuros. Eu choraminguei de dor por não conseguir respirar.

Tudo o que ele viu em mim o convenceu a me matar.

Eu estava começando a perder minha consciência.

Talvez este seja realmente o fim para mim...

— Rhysand, pare! — Uma voz feminina ecoou na sala.

Então tudo ficou escuro.

Não sabia se estava sonhando, mas podia ouvir vozes em minha cabeça. Algumas familiares, outras nem tanto...

Mor, ela se parece com ela!

Não, Rhys! Só porque ela tem a mesma cor de cabelo e olhos que ela, não significa que seja ela!

Silêncio.

E depois...

Ela disse que poderia trazer Feyre de volta.

Isso não é possível.

Talvez seja.

Passamos por tanta merda nos últimos dias e acho que você deveria descansar.

Eu não consigo descansar. Não agora que ela pode me ajudar a trazê-la de volta.

Rhys...

NÃO. Apenas não faça isso.

Eu só... Ela parece familiar. Não consigo identificá-la, mas sei que já a vi em algum lugar.

Você acha que posso confiar nela?

Silêncio novamente.

Então...

Não.

Não consegui passar por seus escudos, Mor. Eu não sei quem ela é, mas ela tem esse tipo de... poder, que eu nunca vi antes.

O que você quer dizer?

Ela... viu através de minhas paredes. Ela estava em minha mente e eu... perdi o controle. Não quero perder o controle nunca mais.

Eu sei, Rhysand. Eu sei.

Talvez eu devesse apenas matá-la agora e acabar com isso.

Talvez você deva.

Acordei em um quarto escuro que não reconheci.

Quando eu abri meus olhos, dois guerreiros illyrianos olharam para mim. Tentei me mover, mas não consegui. Eu estava amarrada da cabeça aos pés em um poste.

O que eles iam fazer comigo?

— O que...? — Eu sussurrei.

Minha garganta parecia estar queimando. Eu ainda não conseguia acreditar que o Grão-senhor da Corte Noturna teve a coragem de tentar me sufocar até a morte. Eu estava brava, mas também fraca. A expressão dos guerreiros não mudou. Eles apenas me olharam com indiferença.

Tive que reunir minha energia para dizer:

— Por favor, me soltem. Eu... — alguém me interrompeu.

— Pare — disse Rhysand ao entrar na sala onde nós três nos encontramos.

Os illyrianos apenas abriram espaço para ele passar e se endireitaram.

— Ela acabou de acordar — disse o mais próximo de mim, cujo corpo parecia estar emanando sombras.

— Agora querida, você vai me dizer quem você é antes de deixarmos isso feio, ou não?

Os três olharam para mim. Suas asas de morcego e suas armaduras só me fazem sentir intimidada e pequena. Tão incrivelmente pequena e estúpida.

Eu suspirei.

Eu devia contar a ele. Deveria confessar quem eu era. Mas não consegui.

Ele iria me matar.

Todos eles iriam.

Assim que soubessem quem eu era... estaria morta no mesmo instante.

Então eu tive que mentir.

Eu tive que mentir para eles.

Eu me endireitei e olhei para o Grão-senhor nos olhos.

— Meu nome... é Daeris, Rainha das Sombras — eu disse enquanto começava a usar meus poderes mais uma vez, desta vez para me libertar.

Passei pelas correntes sem dificuldades.

— E você realmente poderia querer a minha ajuda.

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todos os créditos da escrita original para @karamorrdraws do Tumblr.

𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄𝐒 | ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora