𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄𝐒 | ACOTAR

XII.

— A CRIATURA QUE VOCÊ está procurando é chamada de Hidra. — disse a espectro d'água.

Meus olhos se arregalaram.
Tínhamos encontrado os espectros d'água perto do oceano. Suas formas eram ao mesmo tempo que aterrorizantes, sedutoras. Exceto por seus dentes afiados e olhos negros e profundos.

Elas eram um espetáculo para ser visto, no entanto.
Tal espetáculo que eu nunca tinha visto em toda a minha vida imortal, então eu estava olhando mais do que o normal, o que nunca era bom.

Tínhamos trocado algumas jóias que Tarquin nos dera por informações sobre a relíquia, o que resultou em uma manhã tediosa, pois ou elas não sabiam exatamente do que estávamos falando, ou simplesmente não queriam nos ajudar. Levamos um tempo para encontrar uma espectro que realmente queria cooperar conosco e sabia sobre a 'coisa' escondida no oceano.

— Uma hidra é o que se esconde neste oceano? — Rhysand perguntou, sua desconfiança mais do que óbvia.

— Ah, não apenas neste oceano, lindo. A hidra vê tudo e todos, em qualquer lugar deste mundo. — respondeu o espectro.

Uma hidra.

Um monstro gigante em forma de uma serpente de água. Astuto, mortal e de muitas cabeças. Achei que estavam extintos, mas aparentemente não.

— Diga-me onde encontrá-la. — eu disse a ela.

— A hidra não tem localização específica, coisinha curiosa. Embora guarde um templo escondido neste vasto mar. — Disse ela

— Onde? — perguntei.

E então a espectro d'água sorriu maliciosamente com seus dentes longos e afiados.

...

— Um templo subaquático. — disse Rhysand, parecendo um pouco irritado. — Por que tudo tem que estar debaixo d'água nesta Corte?

— Pelo menos não está abaixo de mil vermes middengard. — respondi enquanto caminhávamos em direção à praia. — Nós vamos ter que ir para um mergulho. Você ouviu a espectro d'água, lindo. — eu disse zombeteiramente.

Rhysand rosnou incrédulo e então parou de andar.

— O que há de errado? — eu perguntei quando parei no meu caminho e me virei para ele.

— Eu acho que já que vamos trabalhar juntos por algum tempo, seria sábio saber a extensão de seus poderes. Você sabe, antes que a hidra tente nos comer. — disse ele.

— Você quer dizer o meu poder de... atravessar pelas coisas? — eu perguntei a ele. — Só posso fazer isso através de objetos materiais e mentes. Isso me ajudou a roubar pensamentos das pessoas e aprender segredos importantes, mas fora isso... — ele me interrompeu.

— Você tem algum outro poder que eu preciso saber?

Sim, mas você não vai gostar deles.

Fiquei quieta enquanto reunia meus pensamentos.
“Devo deixá-lo saber sobre meus outros poderes? Ele saberá minha verdadeira identidade se eu mostrar a ele? Ele vai me matar se eu mostrar a ele o que posso fazer?”

“Confie nele”, uma parte dentro de mim me disse. E então eu orei para que não me arrependesse disso no futuro.

— Sim. — eu disse, meus olhos focados no céu acima.

Ele me encarou, seus olhos violetas se estreitando em minha direção.

— Mostre-me.

Eu vacilei por um segundo, o comando soando estranhamente atraente de ser cumprido.