06「O que pode tocar o Coração-2」

1K 119 29
                                    

- Heyoon! Heyoon!

Foram poucos minutos de inconsciência,  talvez apenas um, o suficiente para deixar a agente desnorteada. O colega de trabalho amparava sua  cabeça no banco, balançando a moça levemente na tentativa de acordá-la. Devagar, a morena foi abrindo os olhos, acostumando-se com a claridade. Já podia ouvir o som da sirene aproximando-se.

Jeong só não conseguiu distinguir de qual corporação seria, se da polícia, dos bombeiros ou de uma ambulância. Ela circundou o local com o olhar, tentando entender o que havia se passado ali.

- O que... – A Morena levou a destra à cabeça, que latejava de maneira quase insuportável.

- Calma! Graças à Deus foi só um susto. O  socorro está chegando.

- Não. Estou bem. Não preciso de socorro. Foi só... - Algo no retrovisor chamou a atenção de Yoon, fazendo-a interromper sua fala - Oh, meu Deus. Eles...

- Estão vivos. Vamos nos preocupar com você agora. Não fique agitada assim que pode ser pior. Tem um corte na sua sobrancelha.

- Eu já disse que estou bem. Tem sangue no banco, Josh. Céus! - A agente, nervosa, e sob protesto do rapaz, desvencilhou-se do cinto travado em sua lateral esquerda, saindo apressada do veículo. Abriu a porta traseira rapidamente, retirando Billy, carregando-o em seu colo.

O animal parecia abatido, ao contrário do outro. Seus olhos mantinham-se morteiros e ele ofegava, assim como ela. Havia manchas avermelhadas nos pêlos, mas o emaranhado impedia a mulher de verificar, no desespero, se o pet sofrera algum corte ou como estava machucado.

- Jeong, espere! - Josh tentava ajudá-la, impedindo-a de esforçar-se.

- Pegue o outro. Precisamos... levá-los.

- A ambulância chegou. A polícia já está aí. Relaxa.

-Relaxar?

- O que houve aqui? - Um homem de estatura mediana, magro, usando um bigode tipicamente caricato dos detetives particulares de histórias de
suspense policial, aproximou-se carregando um bloco de notas na mão esquerda, bem como uma caneta na destra.

- Vocês estão bem? - A Morena bufou  baixo e discretamente.

- Eu estou bem, sargento... - A agente semicerrou os olhos à fim de enxergar com clareza o nome do policial - ... Steven. Josh, por favor, eu preciso ir.

- Qual é o seu nome? - O oficial indagava - Não posso deixá-la sair assim. Fomos notificados de uma colisão com fuga. Perdoe-me se eu estiver sendo indelicado, mas tem um corte na cabeça e não me parece nada bem.

- Me chamo Heyoon Jeong, sou agente do Serviço Secreto em missão de trabalho. Eu não sei o que houve. Aconteceu tudo muito rápido. Desmaiei, mas estou em pleno exercício de minhas faculdades físicas e mentais. Esses animais dentro do veículo, que por sinal é presidencial, caso o senhor não tenha reparado na placa, provavelmente se machucaram e, me perdoe se eu estiver sendo indelicada, o sargento não é médico, menos ainda
veterinário, portanto não pode nos ajudar. O meu colega vai cuidar de toda a burocracia e, caso precisem de mim, estarei bem ali à frente, na clínica veterinária. Por favor, não tente impedir o meu trabalho sem uma boa justificava.

- Jeong, pelo amor de Deus, não precisa
disso. Está alterada, nervosa. - Josh sussurrava em seu ouvido, ao passo que a auxiliava a acomodar o cão mais confortavelmente em seu colo.

- Se eu não socorrer o Billy, ele pode morrer. Eu conheço esse olhar tristonho, já vi isso acontecendo antes. Faça o que tiver que fazer por aqui. Avise o May, peça alguém para vir. Pegue os documentos para mim. - Yoon franziu o cenho lembrando-se do seu celular, quando o rapaz acomodou uma pasta cinza em sua mão esquerda.

A Filha Do Presidente「𝑺𝒊𝒚𝒐𝒐𝒏▪︎𝑯𝒆𝒚𝒏𝒂」Onde histórias criam vida. Descubra agora