Anthony White
- Grace, não! - Falei segurando os ombros dela quando a mesma se aproximou para me beijar.
- Não? - Perguntou confusa.
- Você tá bêbada e eu também não to totalmente sóbrio... - Falei. - Não quero que seja assim.
- Ah... - Suspirou. - Tudo bem então, boa noite Anthony. - Ela saiu do meu colo e deitou ao meu lado, descansando a cabeça no meu peito e um braço por cima da minha cintura.
- Boa noite. - Suspirei abraçando ela de volta.
Mesmo querendo muito ficar com ela, não faria isso nesse momento, queria que ambos estivessem totalmente cientes dos seus atos e que fosse tão importante para ela quanto é para mim.
Enfim, é o mínimo que a maioria não faz.
Fiquei acariciando o cabelo dela até o sono voltar e eu conseguir dormir.
[...]
Acordei sentindo minha cabeça latejar, abri os olhos contra a minha vontade e vi que estava sozinho na cama.
Sussurrei alguns palavrões ao sair do quarto e ver tanta claridade entrando pelas janelas, fui até meu quarto e abri a porta, Tyler ainda estava dormindo e Gregory já não estava ali.
Peguei uma roupa e meus produtos pessoais, fui para o banheiro no corredor e fiz todo aquele processo matinal, voltei para o quarto, guardei as minhas coisas e engoli um comprimido para dor de cabeça.
Tyler foi virar na cama e acabou caindo no chão, eu gargalhei ao ver que ele nem acordou com o impacto, balancei a cabeça saindo do quarto.
- O que foi aconteceu? - Grace perguntou saindo de um dos banheiros do corredor, ela estava com um shorts jeans, uma blusa grande e os cabelos úmidos... Maravilhosa. - Eu ouvi um barulho estranho.
- Ah... - Dei de ombros começando a descer a escada para ir na cozinha. - A camisa do Tyler caiu no chão. - Expliquei e ela franziu o cenho acompanhando meus passos.
- Mas foi um barulho muito alto. - Rebateu e eu sorri de lado.
- Ele estava dentro da camisa. - Falei e ela riu.
- Anthony? - Me chamou parando no meio da escada, eu parei dois degraus abaixo, ficando assim da altura dela. - Eu... É... Sobre ontem... - Falou e as bochechas coraram.
- Tudo bem Grace. - Falei com medo sobre o que ela pode pensar que aconteceu. - Não aconteceu nada, eu juro.
- Eu sei, eu sei. - Sorriu envergonhada. - Eu lembro de tudo ontem... - Arregalei os olhos de repente me sentindo muito nervoso. - E mesmo sabendo o que eu estava fazendo, quero te agradecer.
- Agradecer? - Me limitei a perguntar.
Eu estava feliz por saber que ela lembrava o que aconteceu, talvez significasse que ela realmente queria.
- É, por ter me afastado. - Gesticulou como se fosse óbvio. - Meio que todo mundo sabe que você quer... - Sorri envergonhado. - Mas você não quis se aproveitar do momento.
- Eu nunca faria isso. - Falei e ela sorriu.
- Eu sei. - Falou sincera. - Mas... É... Assim... Talvez... Eu quero também. - Ela falou baixo olhando para os pés e meu sorriso ficou maior que o do Coringa, se ela estivesse me olhando agora provavelmente ficaria assustada.
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Na Segunda Carteira
Ficção AdolescenteTrês anos e dois meses, esse é o tempo que eu estou observando a menina sentada na segunda carteira da primeira fila, Grace Thompson é o nome dela. Ela é a menina mais encantadora que eu já vi, não sei se é pelos longos e lisos cabelos castanhos, p...