Capítulo 4

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Natalie Smith POV

                     

Há três dias eu fujo de Priscilla como o diabo foge da cruz, o que devo dizer, tem sido uma tarefa fácil, uma vez que ela também parece estar me evitando.
                     
Meu orgulho feminino e minhas partes íntimas ainda estão destroçados.
                     
Depois de nove meses de seca eu, com certeza fui com muita sede à fonte...
                     
Se for sincera, direi que meu coração idiota também está dolorido.
                     
Eu nunca assumi isso, nunca ousei verbalizar, mas, uma parte de mim sempre foi deslumbrada demais por Priscilla Pugliese, a indomável e sexy deusa da guitarra. Sempre gostei e admirei as meninas da banda, mas meus olhos e suspiros eram todos para ela. Apenas para ela.
                     
Conhecê-la tão de perto, ver o tipo de escória que a mulher é, deveria ter colocado algum sentido em meus devaneios de fã. No entanto, a verdade é que eu a desejei ainda mais. Essa coisa idiota e fantasiosa que nós, garotas, temos de achar que podemos domar uma bad girl ou bad boy, que ridícula eu fui.
                     
Eu gostaria de dizer que não fico repassando cada momento nos braços dela nessas últimas horas, contudo, estaria mentindo. Cada toque, seus lindos olhos verdes presos aos meus, enquanto afundava em mim com força, sem dó, depois lentamente.
                     
Minha vagina aperta a cada vez que penso sobre nosso sexo sujo, suado e enlouquecedor. Sua arrogância e perversão fora do comum me atormentam desde então.
                     
Foi gostoso, embriagador, delirante, perfeito como sempre sonhei que seria com ela. Mas, o final...
                     
Ah, Deus, o final foi de derrubar quaisquer ilusões tolas.
                     
Eu imaginei um final de noite alternativo. Um no qual ela me segura em seus braços. Um no qual falamos depois. Um no qual pudéssemos saber coisas da outra, que não sabemos por que, nossa relação nunca passou de insultos. Uma tensão sexual do caralho se esteve presente desde que nossos olhares se encontraram, naquela festa no Brasil.
                     
Suspiro, tomando um gole do meu suco.
                     
Ela é o que é, Natalie. Priscilla não pode ser domada.
                     
Supere e siga em frente.
                     
— Natalie? Você não está ouvindo o que estou falando? ―  Rosalia me olha com censura.
                     
— Oh, maninha, desculpe. ― a olho sentada ao meu lado no balcão da cozinha, ampla e moderna.
                     
Rosalia está franzindo o cenho, me estudando atentamente.
                     
Vim até sua casa em Malibu para almoçar com ela. Só tenho que voltar à gravadora às quinze horas, para uma reunião com a diretora da Organização Para Fins Sociais, que a banda criou há alguns anos. Aproveitei esse horário de almoço estendido. É quase impossível manter minha admiração de fã afastada do meu compromisso profissional com elas e a gravadora. Estou trabalhando nisso, no entanto. Ainda coro como uma adolescente, cada vez que uma delas fala comigo. Eu amo a banda, não é segredo para ninguém. Estar perto delas e ainda ganhar para isso é além de gratificante.                                     
                    
— Estou um pouco distraída. O que estava dizendo?

— Se você está se sentindo bem?

Eu lhe dou um sorriso fraco e aceno com a cabeça.

— Depois conversamos.

O almoço foi perfeito, descontraído, tudo que eu precisava pra afastar um pouco da minha miséria interna.

Rosalia e eu subimos para seu quarto para nossa conspiração habitual de irmãs.

Deixo-me cair sobre a sua cama. Ela sorri e se senta, empilhando travesseiros atrás das costas. Eu a olho por um momento. Está tão radiante. Estou tão feliz que ao menos minha irmã encontrou o verdadeiro amor e principalmente, encontrou uma pessoa que a ama e respeita de volta.

☆NATIESE☆ ✓ •ROCKSTAR• ᵍⁱᵒ Onde histórias criam vida. Descubra agora