Capítulo 3

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Priscilla Pugliese POV

                     

Eu não posso chegar até Natalie rápido o suficiente.                     

Acelero, costurando entre os carros pelo trânsito relativamente tranquilo. Ainda não acredito que ela me desafiou. Uma garota com atitude. Não posso parar o meu sorriso. Eu gosto disso. Gosto muito disso.                     

Meu celular vibra no meu bolso. Eu o ignoro, no entanto, a porra do aparelho continua a vibrar e vibrar até que rosno, puxando a moto para o meio-fio, estacionando. Retiro meu capacete e pego meu celular. É minha mãe.
Atendo rapidamente.                     

— Mãe? O que houve? ― tento deixar a frustração de lado.                    

— Querida. Por que demorou a atender? ― ela questiona com voz suave.
                     
— Eu estava pilotando. Estou no trânsito.
                     
— Cristo, nunca vou me acostumar com você andando nessa coisa por aí. ― reclama e eu rio um pouco. Ela sempre ficou aflita com a minha predileção por motos em vez de carros.
                     
Um Ranger Rover preto para do meu lado. Eu bufo. Bob. Tava demorando.                      

― Estou a caminho da casa de uma amiga. Não me espere acordada. Vovó está bem?
                     
Ela sorri. Minha avó chegou hoje de manhã de Seattle e já está nos enlouquecendo.                    

― Sua avó está acordada ainda, assistindo a um reality show. ― minha mãe diz, num tom mais baixo.                     

Ouço minha avó resmungando ao fundo. Ela adora assistir essas merdas. Faz-se um silêncio tenso depois disso. Eu franzo o cenho sabendo que algo está errado, para que ela não esperasse até amanhã para falar.                     

— Filha, a mulher de seu pai ligou aqui para casa, ela estava aflita e...                     

Eu vejo vermelho com isso.                     

Que porra essa vadia está ligando para a minha casa?                     

— Eu sei o que ela disse e não dou uma merda para isso! ― rosno, passando uma mão pelos cabelos. ― E pare de dizer que aquele cara é o meu pai.                     

Ela suspira do outro lado.                     

Não sei como minha mãe não guarda rancor por esse infeliz tê-la abandonado, com duas crianças para se virar sozinha. É incompreensível para mim. Eu não sou tão benevolente. Foda-se ele! Que morra e vá para o inferno! Ele com certeza merece.                     

— É o momento de vencer esse ódio, querida. ― sua voz é amorosa, com um toque de repreensão. Bufo. ― Chris entrou em acordo para vê-lo antes que... Antes que ele se vá.                     

Eu fico em silêncio alguns instantes.                     

Meu irmão está em acordo com essa merda? Como pôde esquecer tudo o que passamos, quando o maldito alcoólatra nos deixou e nunca olhou para trás?                                                            

Olho para cima, mirando o céu estrelado e respiro fundo.

Ele era pequeno, tinha apenas cinco anos, enquanto eu tinha sete. Obviamente não se recorda do quanto nossa mãe ficou destruída, quando ele se foi. O covarde saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou para sua mulher e filhos.

☆NATIESE☆ ✓ •ROCKSTAR• ᵍⁱᵒ Onde histórias criam vida. Descubra agora