Sábado

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Uma risada baixa escapa dos meus lábios e eu me encolho contra o travesseiro, tentando escapar das cócegas em meu pescoço. A sensação retornou, dessa vez percorrendo minha nuca e descendo para meu ombro. Eu solto um murmúrio e me viro, pois sabia que aquilo não era uma brisa aleatória que escapava da janela.

Aquilo eram beijos.

Abro meus olhos para ver Serkan me fitando com adoração, seus dedos brincando com minhas mechas que se espalhavam pelo travesseiro macio. Ergo meu queixo e levo minhas mãos à sua nuca, passeando meus dedos pelos seus fios enquanto o trago para mim a fim de unir nossos lábios.

Sinto sua palma apertar minha coxa e me puxar para perto dele, me aprisionando em seus braços. Sua deliciosa ereção se aninha no meio de minhas pernas e um gemido baixo escapa da minha garganta.

- Bom dia.

Minha voz sai rouca e eu esfrego meu nariz em seu pescoço, descansando meu rosto ali aproveitando o carinho que seus dedos proporcionam em minhas costas. Serkan beija meu pescoço e eu me aconchego ainda mais nele, sua barba por fazer arranha levemente minha pele.

- O que você acha de faltarmos o casamento para ficarmos aqui? Não acho que vão sentir nossa falta.

Ergo minha cabeça e arqueio uma sobrancelha para o homem que eu abraço. Levo minha mão aos seus cabelos, acertando as mechas que despontam desarrumadas.

- Acho que sentiriam a sua falta já que você é o padrinho.

- Talvez eu devesse ter negado o pedido de Selin, como você sugeriu. – Ele gira nossos corpos na cama, de forma que agora eu estou embaixo dele, cativa em seus braços. Ele força seus quadris de encontro aos meus e eu arfo. – Mas se eu tivesse feito isso, não estaríamos nessa cama agora.

Eu sorrio antes de nos beijarmos novamente. Arranho suas costas ao passo que sinto as mãos dele passearem por meu tronco. Minhas pernas se prendem à sua cintura, o trazendo ainda mais para perto de mim. A última coisa que eu queria era abandonar essa cama e encarar a realidade fora desse quarto.

Até meu estômago fazer um barulho esquisito e quebrar totalmente o clima, me fazendo escutar a risada baixa de Serkan acima de mim.

- Podemos continuar isso depois de um café da manhã, o que acha? – Sinto seu nariz percorrer meu pescoço até que sua respiração fica em minha orelha, e eu arrepio com seu sussurro. – Tomamos um banho e eu desço para reservar a mesa no restaurante a beira mar.

Eu assinto e entrelaço meus braços no pescoço de Serkan, me levantando junto a ele. Com o movimento o lençol acaba por cair na cama, nos descobrindo, e o frio da manhã faz meus mamilos enrijecerem, atraindo a atenção do homem com quem dividi a cama durante a noite toda.

Demoramos mais que o previsto já que acabamos caindo no colchão e nos amamos mais uma vez.

***

Meus dedos digitam uma mensagem para Ceren enquanto caminho pelos corredores do hotel com um sorriso radiante em meus lábios. Aviso minha amiga que eu e Serkan finalmente nos acertamos e peço para que nós duas possamos nos encontrar antes do casamento, se ele vier a acontecer.

Eu não consigo conter a felicidade que parece transbordar do meu peito.

Depois de tomarmos o banho e nos atrasarmos por conta dos beijos enlouquecedores que Serkan me dava debaixo da água e acabavam por me distrair, ficamos prontos para tomar o café. Serkan abotoa sua camisa de linho e eu apoio meu queixo em minha palma, perdida em pensamentos enquanto encaro-o.

- Vou descer antes de você já que você continua de toalha. – Pelo reflexo vejo seus olhos me analisando e eu sinto meu pescoço corar enquanto ajeito minha postura e levo uma das mãos para segurar o pano acima de meus seios. – Não que eu esteja reclamando.

Apenas uma semana com você (Edser) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora