Um tiro rompe o silêncio da madrugada ..., uma mulher, pela rua, corre, desesperada; ela está nua a chora convulsivamente ..., logo depois ..., apenas o silêncio ...
Eu e o delegado Freire fomos chamados para uma ocorrência em um prédio luxuoso das imediações; no apartamento, um corpo inerte jazia no chão da sala, alvejado por um tiro a queima-roupa; detida em uma viatura de resgate, uma moça recebia primeiros socorros; além de um ferimento ocasionado pela queda enquanto corria nua pela rua, ela não tinha outros sinais de agressão ou luta corporal.
O cadáver era de Charles Spencer, um pianista renomado, que estava em turnê pelo país; a jovem, cuja alcunha era Natasha, na verdade se chamava Doroteia e era garota de programa; ao ser levada para a delegacia, pedi a uma investigadora minha amiga que me ajudasse no depoimento, já que tive a impressão de que seria algo muito difícil.
Entre choro e lágrimas, Doroteia nos disse que não matara o sujeito; recebera a incumbência de satisfazê-lo e que depois de um sexo morno ela adormeceu, acordando com gritos, ruídos e o estampido do tiro. Ela disse ainda que, ao sair do quarto, viu Charles estirado no chão, com o sangue escorrendo de seu corpo ..., e viu também uma mulher saindo pela porta, mas, não era capaz de descrevê-la.
O exame pericial apontou que ela não tinha resíduos de pólvora nas mãos e a arma usada não fora localizada; contei ao delegado que acreditava na história dela, ao que fui acompanhado por minha colega, porém, ele preferiu pedir sua prisão temporária, até que tivéssemos mais elementos de prova; levei-a até a carceragem e antes de adentrar na cela, Doroteia me pediu roupas; disse que em suas coisas retiradas do apartamento da vítima, estava sua bolsa com as chaves de seu apartamento.
Embora fosse um pedido incomum, não vi problemas em atendê-lo; fui até o depósito e retirei as chaves, após autorização do delegado; como ela me dera o endereço, peguei meu carro e fui até lá; assim que cheguei, percebi que a porta estava destrancada; soltei o coldre e destravei minha arma, esperando pelo pior. Empurrei a porta, jogando alguma luminosidade no interior do local ..., vislumbrei um vulto ..., um vulto feminino!
-Ela está presa? – perguntou a mulher com voz rouca e um pouco embargada.
-Sim está ..., e quem é você? – perguntei ainda com a mão na minha arma – alguma parente próxima?
-Não. Sou mais que isso! – ela respondeu, sem virar-se – Ela era minha! Minha e de mais ninguém!
Pedi que ela se voltasse para mim, permitindo que eu pudesse vê-la; ela me atendeu e eu fiquei embasbacado; era uma mulher pra lá de linda e apetitosa! Loira natural com olhos azuis e um corpo de levantar pau de morto! Convidei-a para que se sentasse numa das poltronas enquanto eu me sentava em outra, pedindo que ela me explicasse direito aquela história.
-Não há muito que explicar – começou ela, após se sentar – Ela é minha! Me foi dada de presente! Mas, eu dei mole ..., e, então, a perdi!
-Quem lhe deu de presente? – insisti, querendo saber mais – Um cafetão? Alguém do tráfico?
-Isso não importa! Importa que eu não podia tê-la perdido! – respondeu ela em tom impaciente – Agora eu preciso de uma troca ..., acho que você pode me ajudar ...
-Ajudar você? De que maneira eu poderia fazer isso? – questionei, um tanto desconcertado.
-Depois eu te explico! – ela respondeu, ficando de pé e começando a se despir – Agora, vem ..., vem me possuir que sei que é isso que queres! Vem!
Enquanto ela ficava nua perante meus olhos incrédulos, percebi que uma sensação tomava conta de mim; algo que eu não podia controlar, mas que me controlava, ditando sensações e sentimentos; a nudez daquela mulher era alucinante; seios firmes com bicos intumescidos estavam implorando pela boca de um macho! O ventre sinuoso, emoldurava uma vagina lisa, recheada por um clítoris proeminente que parecia pingar ...
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CONTOS DE SUSPENSE SENSUAIS
Mystery / ThrillerNESTA SEQUÊNCIA DE CONTOS, ENFATIZO O SOBRENATURAL SALPICADO POR DESEJO CARNAL, ENVOLVENDO HISTÓRIAS INSÓLITAS E INESPERADAS.