Capítulo V: SEM CORPOS!

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Súcubo é uma personagem referenciada pela cultura pop e mitologias como um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles para lhes roubar a energia vital. 

 A ausência de atividade, e a seguir, um odor estranho incomodar os vizinhos, foi o sinal para que acionassem as autoridades policiais; depois de arrombar a porta com a ajuda dos bombeiros, os policiais verificaram haver rastros de sangue, porém, nenhum corpo foi encontrado ..., mas, a curiosidade de um investigador veterano conduziu para algo mais assustador.

Ao descerem ao porão da casa, o cheiro acre e o ambiente úmido denunciaram que ali era uma masmorra; ao acenderem as luzes, a visão era tétrica: uma dezena de corpos jaziam no interior daquele cômodo, alguns em avançado estado de putrefação e outros que eram apenas pele e ossos; um dos patrulheiros não se conteve e começou a vomitar, sendo retirado por um amigo. "Mas, o que será que aconteceu aqui?", perguntou o experiente investigador, coçando a careca, com ar de estupefação.

(Algum tempo antes ...)

Lilly saiu da escola e pôs-se a procurar por seu pai que, habitualmente, vinha buscá-la; olhou ao redor e não o viu; procurou mensagens em seu celular, mas, nada havia; acabou por conformar-se, caminhando em direção ao ponto de ônibus. De longe, Rupert, o chefe da segurança escolar, acompanhava, com o olhar, os movimentos da garota; voltou-se para um assistente, ordenando que ele desse conta do fim de turno, saindo logo em seguida, em direção ao estacionamento; contornou a quadra da escola e parou junto ao ponto de ônibus, abrindo o vidro e oferecendo uma carona para a garota.

Cansada e vendo-se sem muitas opções, acabou aceitando o convite ..., todavia, ela jamais chegou ao seu destino ..., seu corpo jamais foi encontrado. Mesmo destino, teve uma outra jovem, secretária da mesma escola, que após sair do trabalho no final do dia, também encontrou-se com Rupert, que também lhe ofereceu uma carona ..., não houve localização de seu corpo. Como não havia nenhum elemento que ligasse Rupert aos desaparecimentos, ele não foi acusado por eventual autoria.

Pulando, de cidade em cidade, Rupert repetiu seu roteiro macabro; na primeira cidade foram duas mulheres jovens: uma garçonete que trabalhava em uma cafeteria e a atendente de uma loja de departamentos; na seguinte, mais três ..., na outra, mais quatro ...

Um tanto envelhecido e cansado dessa rotina funesta, Rupert mudou-se para outra cidade pequena, esta, nos arredores da capital, fixando residência em uma casa ampla que ele pagou com suas economias, e tomando uma rotina quase bucólica e sem despertar a atenção de ninguém, especialmente de seus vizinhos, com os quais mantinha um relacionamento discreto e distante.

Certo dia, no início do inverno, uma jovem bateu à porta da casa de Rupert, que, ao vê-la, ficou extasiado com sua beleza quase angelical. Mesmo trajando andrajos, puídos e mal costurados, tinha um aspecto de beleza incomum. Enquanto era examinada pelo sujeito, a jovem disse chamar-se Erínia e procurava por abrigo e comida.

Imediatamente, ele a fez entrar e conduziu-a ao banheiro, exigindo que ela tomasse um banho. "Mas, senhor, eu não tenho roupas decentes!", ela alegou com uma voz doce. Ele a tranquilizou, estendendo um roupão. "Use isto, e depois vá até a cozinha e coma o que quiser ..., vou dar uma saída rápida e já volto!", ele disse, não sem antes perguntar qual o tamanho de seu manequim. Sem esperar por resposta, Rupert pegou seu carro e foi até o centro da cidade, retornando algum tempo depois com sacolas repletas de roupas que entregou para Erínia, que estava na cozinha, empanturrando-se de comida.

Mais tarde, sentados na sala, tomando café, conversaram um pouco, e Rupert ficou sabendo que a jovem era uma andarilha sem laços familiares, que adorava aventurar-se pelo mundo sempre descobrindo novos lugares e conhecendo pessoas. Enquanto ela falava, o sujeito não conseguia tirar os olhos da coxa desnuda da jovem, que ainda vestia o roupão. A pele branca e o tônus muscular deixavam Rupert embasbacado, quase salivando como animal faminto.

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