Vivendo

11 1 0
                                    

Chega o grande dia, Cristine não se contém de tamanha euforia, única  pessoa que sabia de suas reais intenções era sua amiga de infância. Pauline e Cristine se conhecem desde de que nasceram, postergando assim o legado da família, um vez que sua mãe e Vera,  mãe de Pauline, tem uma grande amizade que começou na infância que durara até o fim de suas vidas.

Pauline tem a personalidade totalmente diferente da melhor amiga, é uma garota doce e meiga, por muitas vezes tímida, adora ler romances,  seu principal foco é passar em uma universidade federal, especialmente cursar letras, line como é carinhosamente chamada pelos amigos, é uma garota alta de olhos verdes brilhantes, tem pernas longas e de cabelos cacheados em um tom quase ruivo, tão branca quando uma folha de papel em branco, a ingenuidade é algo presente da vida dela , line desenvolveu um instinto protetor formidável por sua melhor amiga, consertando todas encrencas que sua amiga se envolvia, que não foram poucas, era única a detectar uma mentira contada por Cristine a quilômetros de distância. Diferentemente de Pauline, Cristine não era tão alta, tem  o corpo escultural, cabelos lisos com pequenas ondas nas pontas em um tom caramelo de fazer inveja, grandes olhos castanhos e de nariz arrebitado, acompanhado de lábios carnudos é bem desenhados.

Cristine sempre compartilhou com sua amiga a vontade de conhecer a Nova capital, passava horas do dia relatando seu plano mirabolante de viajar pelo mundo como se fosse dona dele, line sempre ria de suas fantasias apesar de  nunca duvidara que Cris realmente fosse fazer isso um dia, ela mais que ninguém sabia da capacidade que sua amiga estabanada tinha em fazer besteiras.

Uma semana antes de por seu plano de ir para Nova capital em prática Cris foi até a casa da amiga, sentadas na cama de Pauline a garota de cabelos caramelos preso em um rabo de cavalo bem feito conta suas intenções pra amiga.
-Line chegou a hora- A garota bate palmas com entusiasmo. - Vou finalmente conhecer uma cidade de verdade. -Fala dando pequenos pulinhos sobre a cama- Esperei tanto por esse momento, já tenho tudo planejado não tem como da errado.

Pauline em nada estava confortável com aquela história, ela não gostava quando sua amiga mentia para as pessoas, principalmente para seus pais.

- Cris esqueça essa história- A amiga fala em um tom calmo apesar de irritada- Nós já conversamos sobre isso, eu não apoio esse tipo de loucura, você não faz ideia de como é o mundo lá fora, quando for o memento certo iriemos juntas até Nova capital, quem sabe quando eu for fazer minha inscrição para faculdade - ela sorriu tentando amenizar o clima enquanto clima enquanto Cristine fechava a cara pra amiga.

Line você nem sabe mesmo se passou na prova do seletivo- falou irritada- Além de que vai demorar quase um ano caso isso realmente aconteça.

A garota levantou da cama contrariada, não gostava quando sua amiga não apoiava suas loucuras. -Eu não aguento mais esperar, sempre tem alguém impedindo meus sonho- Ralhou elevando a voz - Dessa vez ninguém vai me impedir de ir até Nova capital nem que seja montada em um cavalo de uma perna só - Passou a mão no rosto de forma dramática- Eu não entendo como você se conforma com as coisas, é uma simples viagem pra capital, que mal tem nisso? - Perguntou olhando para a amiga com seus grande olhos castanhos que agora estava escuros como noite- Você sabe que eu vou, então facilite as coisas e me poupe o seu discurso se garota exemplar.

Pauline já transtornada com o comportamento de sua melhor amiga levantou da cama de forma ágio, se pondo frente a frente de Cris, com os punhos cerrados e seus lábios rosados comprimidos gritou com a amiga.

- Se é isso que você quer então vá, eu que não vou impedir de você mais uma vez fazer merda- pausou ofegante- Eu cansei de tentar concerta as burradas que você faz Cris, se você quer mesmo mentir pra todo mundo, então vá, mas não conte comigo pra limpar a sua bunda na próxima cagada que você vai fazer, eu não quero me envolver nisso, estou realmente cansada de suas fantasias.- falou cansada, com voz de derrota por saber que não teria como fazer sua amiga mudar de ideia.

Line passou a mão em seus cachos que estavam soltos sobre seus ombros enquanto observava sua amiga sair de forma apressada pela porta, causando um grande baque ao fechar de forma bruta.

Cristine preparou sua bolsa com tudo que achou necessário, colocou-se de joelhos pegando uma pequena caixinha que escondia embaixo da cama, lá era seu esconderijo secreto onde escondia coisas que julgava importantes para que sua irmã mais nova ,Yulia de 14 anos não encontrasse.
Abriu a pequena caixa, conferiu o conteúdo que continha dentro.

Ao longo do tempo Cristine tinha juntado um pouco mais de 800 reais, ela teria muito mais se não tivesse gastado com besteiras como, par de brincos novo que tinha comprado na pequena feira da cidade, e peças de roupas na única loja de roupas de marca na cidade.

A jovem seguiu até a cozinha de casa, encontrando sua irmã na pequena mesa no centro da cozinha ajudando na preparação do almoço, sua mãe estava no fogão mexendo em algo que ela não sabia identificar, mas que estava cheirando deliciosamente bem.

- Já está pronta filha?- sua mãe indaga ainda olhado a panela em sua frente. Cristine afirma com a cabeça enquanto coloca sua pequena mala sobre a mesa.

- Você deveria esperar o almoço, já está quase pronto, não é bom sair de casa sem uma refeição decente- dona Lúcia continua sentindo aquela mesmo sensação ruim em seu peito.

- Estou bem mãe, vou comer quando chegar na chácara, já está tudo combinado- Cris afirma enquanto deixa um beijo na cabeleira loira da irmã que observa tudo quita.

Yulia olha pra irmã com seus grandes olhos verdes acinzentados idêntico aos do seu pai. - Cris promete que vai me levar da próxima vez? - Cristine sorriu pra sua irmã e falou- Claro pirralha, mas só quando você crescer, não gosto de andar com crianças. Relatou em tem de brincadeira.

Yulia apesar de faltar menos de um mês para seu aniversário de 15 anos ainda era uma garota pouco desenvolvida pra sua idade, franzina aparentava ter por volta de 12 anos, com pequenas sardas em suas bochechas e nariz, poderia até aparentar ser uma criança, mas por muitas vezes era muito mais experta que sua irmã mais velha, a forma que sua mente age é inimaginável, como é apelidado por seus amigos da escola, ela é um pequeno gênio, a pequena garota não se incomodava em nada com esses apelidos, muito pelo contrário, ela tinha bastante orgulho de sua inteligência.

Contrariada sussurrou baixo "chata" mas resolveu não falar mais nada, depois ela se resolvia com sua amada irmã.
- Filha não se esqueça de seus compromissos, seu pai vai chegar da casa de sua avó domingo no final da tarde, você sabe como seu pai fica chateado quando não cumpre seus compromissos.- Cristine é encarregada de ajudar seu pai na conveniência da família, local onde vendia de tudo um pouco, não era muito grande, mas se tornou com o tempo uma das principais da cidade. Quando chaga a noite a conveniência vira uma pequena lanchonete onde sua mãe vende salgados, bolo e tortas, nada muito grande, mas o suficiente pra manter uma vida confortável para a família Rodrigues.
- Não esqueci mãe, pode ficar tranquila que segunda de manhã já estou em casa, diga ao papai não se preocupar que eu fico encarregada de repor o estoque da semana. - A garota prometeu enquanto se preparava pra sair. - Agora tenho que ir o pessoal já está me esperando na casa da Pauline.

Foi até sua mãe lhe dando um abraço apertado e por fim um beijo em sua bochecha rosada. Sua mãe mandou tomar cuidado, com um aperto no peito deixou sua filha ir.

Enquanto se dirigia até a pequena rodoviária da cidade Cristine refletia em seus atos, ela sabia era errado o que está fazendo, estava sentindo medo, mas o sentimento de liberdade era bem mais forte. Chegando na rodoviária pegou em sua bolsa a passagem que compara na semana anterior, especialmente no dia em que brigou com sua melhor amiga que não se falavam desde então, confere as horas em seu celular percebendo que faltam apenas 30 minutos para embarcar, segurando sua pequena mala com o coração disparado, a jovem de cabelos caramelos vai até a porta do ônibus, depois de apresentar seus documentos no guichê número 4 se dirige até a porta do ônibus, quando ouve
seu nome ser chamada por uma voz feminina que ela conhecia tão bem.

SE TIVER ALGEM LENDO POR FAVOR NÃO ME ABANDONE KK
•o capítulo não está revisado se tiver algum erro por favor me avise
• será ao menos 3 atualizações por semana, mas se tiver muitos pessoas lendo eu posso atualizar todos os dias
É isso muito obrigada pela visita e aguarde os próximos capítulos que serão de arrepiar.

Uma bela mentira Onde histórias criam vida. Descubra agora