Viagem

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Cristine olha para trás assustada, logo consegui avistar uma cabeleireira avermelhada esvoaçante correndo em sua direção, tropeçando em algumas pessoas no caminho.

-Pauline? O que você está fazendo aqui?- indaga Cris em uma mistura de medo e alívio. Pauline ainda tentado recupera-se da pequena corrida para ao lado da amiga, coloca as mãos no joelho de forma dramática.

– Eu vou com você - A cacheada exibe um pequeno sorrisos- Eu prometi que nunca deixaria você sozinha, e você sabe muito bem que  nunca se deve quebrar uma promessa de dedinho- abraça a amiga de forma protetora lembrando da promessa que fez a ela  quando tinham apenas 10 anos de idade, elas iriam estudar em um novo colégio, e a pequena garota de cabelos caramelos estava com medo de não fazer novas amizades ou que sua melhor amiga a esquecesse por outras garotas mais descoladas.

  – Não Acredito que você veio, pensei que estava realmente chatiada comigo- falou a mais baixa de forma encantada. Pauline balaço a cabeça levemente em negativa e responde- Eu realmente estou chatiada,  não retiro nada do que falai pra você aquele dia, mas nunca deixaria você ir sozinha para Nova Capital.- Fala de modo calmo, line puxa a mãe de sua amiga em direção ao ônibus que já estava preparado pra partir- Vamos, temos que ir agora, mas eu prometo que essa é a última vez que eu embarco em mais uma de suas loucuras Cris.

Por sorte as poltronas não eram marcadas, podendo assim se aconchegar lado a lado o mais distante possível do banheiro que ja exalava um cheiro desagradável.

Pauline faz uma cara de nojo - você deveria ter escolhido um ônibus melhorzinho não acha? Talvez a gente nem consiga chegar até Nova capital nessa lata velha. -Cris da de ombros é fala de modo jocoso- Foi tudo que meu dinheiro pode pagar, na volta você compra as passagens. - ri achando graça da expressão facial de desespero que a amiga fez- Você não comprou passagens de volta Cristine? Quando eu penso que não pode ficar pior-  fala afoita com essa possibilidade, Cris percebendo que a maior está realmente assustada resolve explicar a situação.

– A moça que vende as passagem falou que é mais barata comprando as passagens na hora do embarque - Deu de ombros mais uma vez- Mas de todo modo eu já deixei reservado.

Pauline fica mais calma, apesar de saber que a possibilidade elas perderem o ônibus de volta por falta de lugares é grande, mas resolve ficar calada decidindo que assim que o ônibus chagar no destino final irá comprar as passagens de volta mesmo se o valor for um pouco maior.

A viagem foi tranquila, as amigas foram conversando durante toda viaja, a noite conseguiram se aconchegar uma no colo da outra. Pauline até resolveu relaxar um pouco enquanto faziam planos de onde visitariam na cidade grande, já estava lá, então iria curtir o máximo que conseguissem, por muitas vezes observou os grande olhos castanhos de sua melhor amiga brilharem com as possibilidades de passar o dia na praia litorânea da Nova Capital.

A viagem foi longa, pra poupar o dinheiro que tinha as jovens resolveram comer apenas os lances que Pauline tinha preparado para viagem, Cris agradeceu pois saiu de barriga vazia de sua casa.

Pouco antes do meio dia da sexta feira as duas jovens deixaram a rodoviária, não antes de Pauline comprar as passagens de volta, pegaram um táxi até a pensão que Cristine tinha reservado por telefone dias antes. O lugar era grande apesar de aparentar está um pouco abandonada, era inteiro revestido em uma madeira envelhecida, na entrada tinha uma pequena rampa que dava acesso direto à recepção, onde estava um senhora baixinha e rechonchuda, tinha um olhar amigável mesmo sem ter sequer esbanjando um sorriso. 

– Olá garotas em que posso ajudar- a senhora que tinha o nome Olívia gravado em uma pequena placa presa em sua blusa florida.

- Olá Bom dia - comprimento Cris educadamente- Eu fiz uma reserva por telefone, eu me chamo Cristine Rodrigues.

Olívia olhou em alguns cadernos velhos em cima da bancada- Ah encontrei Cristine Rodrigues, você reservou um quarto por duas noites certo? - perguntou a senhora com seu óculos na ponta do nariz olhando estranhamente para garota ao seu lado - O quarto que você reservou só tem uma cama de solteiro. Observou a dona da pensão. 

– Tem algum quarto vago com duas camas ou com cama de casal? - perguntou Cris tentando achar uma solução, pois aquela pensão era a  única que cabia dentro do seu orçamento e melhor localizada na região. - Minha amiga decidiu vir de última hora, e não temos nenhum outro lugar pra ir - falou de forma brada quase suplicante.

A senhora analisou mais um pouco as jovens e falou- Tudo bem, acho que posso arrumar um quanto maior pra vocês, por sorte um quarto com cama de casal acabou de ficar vago e o valor é o mesmo do outro.

Sem conter a felicidade Cris virou pra amiga e falou - Agora você vai ter que aguentar os meus chutes a noite inteira line.- Falou de um modo brincalhão.

Após acertar toda os detalhes as garotas foram conduzidas até o quanto que seria sua casa pelos próximos dois dias. Pelo menos achavam que seria apenas dois dias.

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