Surpresas

8 0 0
                                    

Pauline entra em desespero, ela nunca tinha sentido uma dor tão profunda como aquela, ainda não acreditava no que estava acontecendo, quando esse pesadelo iria acabar?. Ela não tinha respostas, na verdade não sabia onde buscá-las, tudo que ela mais queria agora era voltar no tempo e impedir Cristine de toda aquela loucura, nem que isso custasse sua amizade, ela deveria ter impedido, talvez sua amiga tivesse sobrevivido, esse era os pensamentos que rondava sua mente.

A jovem não se lembra dos momentos seguintes, sua mente estava uma completa bagunça, não se lembra de como voltou para aquele buraco escuro novamente, ela só conseguia pensar em Cristine.

Algum tempo de passou, a jovem de cabelos cacheados não sabia ao certo quantos dias tinha se passado desde do fatídico dia que vira sua amiga morrer, a sensação que tinha era que fazia anos ou meses, ela definitivamente não sabia, esporadicamente dona Joana aprecia e lhe enregava algo para comer, outras vezes apenas observava a jovem como se fizesse questionamentos internos.

-Ok minha jovem, acho que desse sua depressão tem que acabar, dois dias foram o suficiente não acha?- falou a senhora enquanto adentrava o quarto, já levantado Pauline pelos braços e à puxando pela porta-  Hoje temos visita, espero que mude essa cara, o humor dele não esta dos melhores.

Pauline finalmente despetou do transe enque estava todo esse tempo. - De quem você está falando? Alguém sabe que eu estou aqui? - ela se apresou em indagar. - Você vai me matar também?

Dona Joana sorriu mas manteve o silêncio, conduzia a jovem novamente para maca presente no meio da sala, e todo o procedimento de limpeza do ferimento em sua perna foi realizado, dessa vez de uma forma bem menos doloroso enquando a senhora cantarolava uma música e ignorava qualquer pergunta feita pela jovem.

Dessa vez Pauline descobriu que por detrás da porta que observou anteriormente se tratava de um pequeno banheiro que só tinha um pia e chuveiro, não tinha qualquer janela ou abertura.

-Você pode tomar banho minha jovem, não é todos os dias que terá esses privilégios- entregou uma toalha vermelha e fechou a porta. -Tome cuidado com o curativo, eu não vou trocar novamente se você molhar.

Pauline aproveitou aqueles poucos minutos que por hora era como se finalmente tivesse lavado sua alma, pelos cálculos que fizeram em sua cabeça estaria naquele lugar já a 4 dias, ou seja, sua família já estaria em sua procura. Tentou afastar qualquer pensamento que remetia a sua amiga, pois não aguentava mais se sentir impotente com tudo aquilo.

-Eu tenho que sair daqui. - e com esse pensamento ganhou um pouco de esperança, dela finalmente decidiu lutar, mas mal sabia ela o que estava preste a acontecer.

A jovem saiu do banheiro e mais uma vez foi condusiada para cadeira em frente a TV, foi acorrentada, só então percebeu que tinha uma outra porta, só que essa porta era de uma madeira escura quase preta, talvez com todo o desespero anterior tinha percebido a existência da mesma, mas não foi só isso que ihe deixou chocada, e sim a pessoa que passava pela porta.

Uma bela mentira Onde histórias criam vida. Descubra agora