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Capítulo 1 — P.O.V Marcus: O Início
Estávamos na faculdade, cada um fazendo um curso diferente, aquela velha história de vida de universitário... Semanas antes das aulas voltarem, supostamente o governo desenvolveu uma cura para o vírus, todos estavam ansiosos para a volta da liberdade de andar pelas ruas sem máscaras e preocupações, já se faziam 5 meses de quarentena...
Não demorou muito para elas serem distribuídas, com um custo incrivelmente caro, algumas regiões do Brasil não receberam vacinas o suficiente para toda população, sendo distribuídas de forma hierárquica.
Esse foi o caso de todas as grandes metrópoles, e também, nossa pequena cidade, apagada do mapa de Minas Gerais. Na bula da vacina, avisava que poderia causar um efeito alérgico passageiro em certos pacientes, nada mais que isso, foi o que a porta - voz do governo confirmou após supostamente ter "usado e aprovado a cura".
A primeira cidade a receber, foi a grande São Paulo, local com grande foco de contaminação...
Não demorou muito para aparecerem alguns casos de surtos psicóticos, principalmente em adultos e idosos. A mídia de todos os países só falaram disso por semanas, países como Israel, França, Japão, México e entre outros vários, também relataram tal surto em grande massa.O governo logo veio em público, afirmando ser um dos sintomas da vacina, mas era algo que iria durar alguns dias, nada mais nada menos. Não tendo necessidade para pânico.
Não demorou muito para grupos anti-vacinas, surgirem nas redes sociais com suas teorias medievais... O desastre estava começando a se espalhar, pouco a pouco.
Mesmo com todos os sintomas, o governo brasileiro prosseguiu com as vacinas, logo nossa universidade enviou um e-mail a todos os alunos, alertando que haveria voluntários na enfermaria para aplicar tal vacina, algo que supostamente seria obrigatório a todos.Nós sentíamos como cobaias humanas. Eu, como qualquer outro aluno de ciências políticas, não exito em tomar, já que era algo recomendado pelas Nações Unidas.
No dia da vacinação todos estavam reunidos no refeitório. Eu estava na fila a mais de meia hora, minhas pernas estavam dormentes, e quando chegou finalmente minha vez, fico surpreso ao ouvir um grito.- Marcus! Não toma isso. - gritou Maria ainda longe sem se importar com os olhares de outras pessoas, ainda correndo em minha direção.
- Sim, se você tomar isso está ferrado. - disse Paulo, andando em direção a nós já despreocupado.
- Lá vem vocês dois com essa história de anti-vacinas. - Digo irritado e envergonhado pelo tumulto causado.
- Cara, minha tia começou a vomitar sangue, e ela não come a 6 dias... - Disse Paulo olhando-me.
- Mano, essa vacina é furada, todos que tomam ficam doentes, você não viu as transmissões emergenciais? - disse Maria ainda ofegante.
Antes que eu pudesse argumentar ser obrigatório, a velha caixa de som no refeitório começa a zumbir num volume ensurdecedor e consegue-se ouvir os altifalantes ligando por toda a universidade.
- Suspendam imediatamente a vacinação! A ONU ACABA DE FALAR QUE ESSA VAC... - Ouve se um som de pancada e a caixa do refeitório fica estática. A voz do diretor fica perturbada e visivelmente ofegante enquanto ele grita:
- Por que vocês não ficam na enfermaria? - A voz abalada do diretor é perceptível.
A transmissão se interrompe abruptamente. Os alunos paralisam-se esperando que o diretor prossiga. Ouve-se apenas a respiração dos alunos ao meu redor, e eu começo a sentir náuseas com a tensão no ar.
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Parada Zumbi - A Infecção
Misterio / SuspensoParada Zumbi - A Infecção: "O Trem saí a meia noite, apenas sobreviventes estão aptos a embarcar." Era mais um ano normal, quando surgiu na China um vírus, que matava os mais velhos. Apenas os jovens e os fortes, sobreviviam. A febre era terríve...