Parada Zumbi - A Infecção

Capítulo 2 - Infecção

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Capítulo 2 — P.O.V Paulo: Infecção

Depois da transmissão do diretor observo várias pessoas desnorteadas e apavoradas, alguns sem chão, chorando pelos seus amigos em grave estado.

Começo a refletir sem chegar a lugar nenhum.

E como se o diretor estivesse brigando... dando pancadas nos alunos que foram para enfermaria, porém isso não parece ter sentido algum, eles estavam em grave estado.

O que está acontecendo? ...

Decido que o melhor e sair do refeitório, e quando decido falar para meus companheiros sobre, vejo o rosto de Marcus atônito e suando frio, porém parece aliviado também de não ter tomado a vacina.

- Marcus, você tem que se acalmar... está tudo bem, você não tomou a vacina, vamos lá fora para você pegar um ar. Não tem nada a mais para se resolver aqui. - digo tentando amenizar a situação, apesar da situação parecer grave.

- Você tem razão, deveríamos ir lá para fora. - disse Maria preocupada com a situação de Marcus, enquanto me olha com uma expressão muito séria.

Parece que nós três sabemos que tem algo acontecendo, e o melhor que posso fazer e nós tirarmos daqui.

Eu começo a levar Marcus e minha namorada para fora do refeitório, quando passamos pela porta do refeitório, ouvem-se gritos de pessoas desesperadas e quando olho para trás vejo um cara, logo percebo que ele estava a frente de Marcus na fila, e foi vacinado, mas em meio o tumulto, não fora levado para a enfermaria.

Ele estava sufocando uma garota que tinha um enorme decote em v, seu rosto já estava pálido, e lágrimas escorriam pelo seu pequeno rosto com sardas, borrado em vermelho, que segundos antes envolviam sua pequena boca perfeitamente.
Todos no salão observam enquanto ela tenta gritar, salivando extremamente, seus olhos viram e só se pode ver dois pares de globos oculares brancos, suas mãos, com longas unhas brancas, que estavam arranhando compulsivamente as mãos de seu agressor antes de serem quebradas, começam a ganhar um tom arroxeado, no lugar do sangue que estava saindo de seus dedos, e seu desespero começa a lentamente parar.

As pessoas ao redor antes paralisadas começam a tentar ajudar, empurram o homem, tentando criar uma distância entre todos, e principalmente, a garota, que já não respira mais.
Apenas vejo um borrão e quando me dou conta, o homem já está em cima de outra pessoa. Dessa vez, ele finca seus dentes no pescoço do homem, que está lhe dando vários murros na cara, seus dentes brancos logo ficam completamente sujos, e um grande pedaço de carne pode ser visto preso entre eles, o buraco feito no homem e preenchido com seu próprio sangue.

O homem tenta pedir ajuda e acaba soltando um ruído, gorfando em seu próprio sangue, e parece que este foi o empurrão final para que várias pessoas começassem a correr para saída, se atropelando. Depois que mais de grande parte dos alunos não ocupam mais o refeitório, posso ver duas pessoas convulsionando no chão, quando, do nada, uma levanta, e olha fixamente para mim, e é apenas um rapaz desnutrido, mas seu rosto sem nenhuma expressão começa a lentamente mudar, formando um sorriso.

Ele não parece se importar nenhum pouco com o que está acontecendo ao seu redor.
Os grunhidos do homem com pescoço rasgado se silenciam, e o refeitório tem apenas sete pessoas, já me meti em várias brigas, mas nunca fiquei com tanto medo como agora. Maria desce as escadas correndo e grita:

- Segurem a porta! - ela diz enquanto corre até uma árvore e tenta quebrar um galho grosso.

Marcus parece se tornar uma pessoa totalmente diferente da atual quando recebe esse simples comando, ele agarra a porta com toda a força e coloca seu corpo atrás dela para que impedisse qualquer tentativa de saída. Ele logo arranca o cinto de suas calças e prende no ferro das duas portas. Em uma velocidade tão rápida, ele consegue dar um jeito na porta como se fosse natural e eu apenas fico parado impressionado. Logo eu vou para cima da porta para ajudá-lo, como se recuperasse os sentidos.