Mulheres na Antiga Clássica

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O período denominado Antiguidade Clássica se refere às civilizações que surgiram nas regiões da atual Grécia e Itália e que formaram diferentes formas organizativas e uma cultura que deixou um importante legado para a constituição da identidade ocidental. O presente tópico irá se concentrar na reflexão sobre as mulheres na Grécia do período clássico (Séc. V e IV a.C.) e na sociedade romana, civilização que floresceu entre os séculos VIII a.C. até sua queda em 476.

As civilizações que proliferaram na região então denominada Hélade organizaram-se em cidades-estado, denominadas polis, as quais possuíam independência política, porém aproximavam-se em relação a aspectos culturais. Assim, a diferentes pólis estabeleceram formas diferentes de convívio, bem como práticas variadas em relação aos papeis sociais de homens e mulheres, as quais é possível inferir por meio dos vestígios encontrados em documentos e na iconografia.

As mulheres no período da Antiguidade Clássica não eram consideradas efetivamente cidadãs, pois estavam alijadas do fazer políticos, ou seja, das decisões referentes à pólis. O espaços feminino por excelência são os locais da privacidade, da casa, ao menos para as mulheres dos estratos mais afortunados. Além dos afazeres domésticos, as mulheres tinham a primazia na gestão do oikos, administrando este espaço fundamental da organização social das pólis. Andrade observa que

O oikos se constitui como um espaço cindido pelas duas partes complementares a de dentro (endon) e a de fora (exo). A mulher governa como rainha ou timoneiro o interior; e o homem ensina a ela a arte do bom governo: adequação dos lugares às coisas, ordem, cuidado e medida com as provisões, os apetrechos, os objetos (...).

Assim, enquanto em Atenas as mulheres, de um modo geral, eram cerceadas do espaço público, em Esparta, polis reconhecida por sua tradição militarista, as mulheres possuíam alguma relevância social, podendo inclusive participar de atividades atléticas. Considerava-se que a mulher tinha uma função importante na sociedade, como aquela que geraria novos guerreiros, os quais ficavam sob seus cuidados até os 7 anos.

Em Roma, o papel da mulher também foi se modificando ao longo do tempo e apesar de estar sob a tutela masculina e não participar da política romana, as mulheres foram pouco a pouco conquistando alguns direitos referentes à possibilidade de divórcio ou de gestão de seus bens. As mulheres romanas participavam de banquetes importantes e tinham direito à propriedade.

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