With you to infinity- Nofya

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Sofya

Bom... depois do vexame que eu cometi, fiquei conversando um pouco mais com Noah, acertando as coisas, e... me sinto aliviada em saber que ele não ficou bravo comigo...

- Pelo amor de Deus, me digam que se resolveram!- Joalin diz, saindo do camarim

- Sim! Resolvemos!- Noah diz

- Gente, o que que aconteceu?- Any pergunta

- Vou resumir!- Joalin diz- Eles terminaram de dançar, aí o Noah resolveu abrir o coração para ela, disse tudo, ou quase tudo sobre oque sente por ela, e decidiu dar a louca, dando um selinho na menina! A bonita, por ter se relacionado com um embuste depois que terminou com o Gustavo, ficou com um pouco de medo, e saiu correndo! Aí o Noah pensou "fiz merda, tenho que resolver a merda que eu fiz", e decidiu esperar para ver se conseguia resolver! A Sofya tava bolada porque deixou o menino no meio da multidão, e saiu correndo, e aí resolveu conversar com ele! Agora eles estão bem, pelo menos eu acho, e aí entra a minha previsão!- Joalin diz e... eu quero voar nessa menina

- Previsão?- Noah pergunta

- Ela é retardada, ignora... vem, vamos embora!- Digo virando o mesmo, dando leves empurrões nele, para fora da escola- Tchau, meninas!

- Tchau, casal!- Joalin grita

- A primeira coisa que você precisa ter para ser amigo da Joalin, é paciência!- Digo e ele ri

- Bom... vem... eu te deixo em casa!- Ele diz sorrindo

(...)

Chegamos na minha casa, e Noah desce do carro, para me acompanhar até a porta.
O caminho inteiro, ficamos rindo, ouvindo músicas... tudo normal!
Ele me deu um selinho a alguns minutos atrás? Sim! Mas está tudo certo!

- É... Soso... amanhã tem a viagem, seu aniversário, e tals... será que a gente podia conversar ainda hoje?- Ele pergunta, um pouco nervoso

- Sobre?- Pergunto

- Eu meio que nunca contei para ninguém oque aconteceu com a minha mãe, e esse negócio está entalado na minha garganta à um puta tempo... mas eu nunca me senti seguro para contar isso para alguém!- Ele diz e eu sorrio

- Está cedo ainda... quer entrar?- Pergunto e ele sorri

- Você já me ouviu demais, por hoje...- Ele diz e eu rio

- Vem!- Digo sorrindo, e ele sorri de volta

Estendo minha mão para o mesmo, e ele a segura, sorrindo.
Subo para o meu quarto, e me sento em minha cama, onde o mesmo se senta ao meu lado.

- Como tudo isso aconteceu com a sua mãe?- Pergunto

- Eu não tenho ideia se aconteceram mais vezes, até porque ela evita falar do George para mim...!- Ele diz- Foi a 2 anos atrás, e eu estava no meu treino de basquete, como qualquer outro treino! Normalmente, quando eu chego em casa depois do treino, a minha mãe está na sala, descansando um pouco, e quando ela não está, é porque ela saiu! E nesse dia, eu cheguei em casa, e ela não estava lá, mas o carro dela estava na garagem, então eu achei isso muito estranho, obviamente ela poderia estar em qualquer outro cômodo da casa, mas eu meio que senti que tinha alguma coisa de errado acontecendo!- Ele diz- Na noite anterior à esse dia, no jantar, estávamos todos na mesa, eu, minha irmã, meu irmão, minha mãe, e o filho da puta... eu nunca gostei dele, e ele sabia disso! No meio do jantar, onde todos estávamos conversando, ele ficou puto com alguma coisa que eu não lembro oque era, e começou a colocar a culpa na minha mãe... eu comecei a ligar os pontos, de que ele não era uma boa pessoa, quando eu via minha mãe com algumas marcas nos braços... mas sempre quando eu perguntava, ela falava que provavelmente tinha batido o braço em algum lugar, ou sei lá... qualquer outra coisa!- Ele respira fundo- E... no jantar... quando ele ficou puto, ele mandou eu e meus irmãos irmos para o nosso quarto, e eu vi que minha mãe não ergueu a cabeça em nenhum momento, então... eu mandei meus irmãos para o meu quarto, e fiquei atrás da porta da cozinha... até onde eu sei, e vi, ele não agrediu ela naquela hora, mas ele dizia coisas horríveis, e completamente machistas para a minha mãe, como "mulher não presta mesmo", "você nem merecia estar viva", "sua única função é cozinhar, e ainda faz errado" entre outras coisas, que eu não quero falar, porque... você é uma uma mulher, e eu não quero que você escute coisas desse tipo... mas... ele ameaçava ela, e... eu só queria espancar aquele cara, até ele se tocar o quão babaca ele é! Porém... quando eu ia avançar nele, minha mãe me viu, e disse para eu não fazer nada! Eu tentei ligar para a polícia, mas ele acabou me vendo, e fingiu que nada aconteceu! Ele saiu da cozinha, e eu falei para minha mãe que ia ligar para a polícia, mas aí... ela disse que independente de quem chamasse, se chegasse uma polícia na frente da minha casa, ele matava ela!- Vejo a raiva em seus olhos- E então... no outro dia, quando eu cheguei em casa, e senti que tinha algo de errado acontecendo, eu subi as escadas, e parei na frente da porta do quarto da minha mãe, me abaixei, e a única coisa que eu vi, foi a minha mãe sendo jogada no chão, ele praticamente pelado, batendo muito nela, xingando ela, e ele estava falando muito alto, porque meus irmãos estavam na escola, e tecnicamente, o meu treino ainda não tinha acabado... a minha mãe não conseguia parar de chorar... foi aí que eu pensei em acabar com aquele cara. Eu fiquei muito mal, por não ter feito nada antes... e... eu não queria que minha mãe tivesse escutado tudo oque escutou! E muito menos passado por tudo oque passou... então até hoje eu penso que poderia ter feito mais do que fiz, e me sinto culpado por não ter feito nada antes!- Uma lágrima escorre em seu rosto

Me aproximo do mesmo, e o abraço...

- Está tudo bem... eu estou aqui com você! Você fez oque muitas pessoas não teriam coragem de fazer!- Faço carinho em sua cabeça

- Eu... eu arrombei a porta do quarto da minha mãe, e eu arregacei ele na porrada... e... eu só parei de bater nele, quando minha irmã chegou em casa, com o meu tio. A minha mãe estava desesperada, e a cada soco que eu dava na cara dele, eu perguntava o porque dele fazer aquilo com a minha mãe, e a resposta dele era sempre a mesma, dizendo que mulher é um objeto, e que a minha mãe era o objeto dele... e ao mesmo tempo eu falava que ele nunca mais ia pisar naquela casa, e que se ele pisasse, eu ia arrebentar a cara dele, mil vezes pior do que já estava arrebentando...- Ele diz- Pode me bater, me espancar, ou até mesmo me matar, mas nunca! Nunca mesmo! Nunca mexa com uma mulher na minha frente! Muito menos com a minha mãe!- Ele respira fundo- Eu só lembro que o meu tio pegou aquele cara a força, e provavelmente levou até a delegacia... e depois de tudo isso que minha mãe passou, ela conheceu esse cara, que hoje ela é casada, e que eu realmente considero meu pai! O meu pai biológico fugiu quando eu nasci, então só a Linsey conhece ele... e... eu considero ele meu pai de verdade, porque... ele teve toda a paciência do mundo com a minha mãe, e desde que eles começaram a se relacionar, ele trata a minha mãe como uma rainha! Da forma como todas as mulheres devem ser tratadas! Homem que não trata uma mulher, da forma como elas devem ser tratadas, não é homem! É moleque! E é por isso que eu uso muito meu pai como exemplo! Eu nunca imaginei que poderia ver um sorriso no rosto da minha mãe, depois do que ela passou! Mas se tem uma coisa que ela faz hoje em dia, é sorrir! E eu amo ver o sorrisinho dela...- Ele sorri de canto, e eu sorrio de volta

- Eu nem sei oque dizer!- Digo e ele sorri- Eu acho incrível esse verdadeiro Noah que eu conheci! Eu tenho certeza que sua mãe tem muito orgulho do filho que ela tem! É muito satisfatório para uma mulher, ver homens como você! E imagina para a sua mãe então... vendo o filho que ela tem, vendo oque o filho fez por ela... e realmente... a sua mãe é uma mulher muito forte por ter aguentado tudo isso!- Ele me interrompe

- Não só ela... você também é!- Ele faz carinho no meu rosto- Você é incrível, tá?

Gente, pelo amor de Deus... que menino incrível!

- Obrigada!- Digo e ele sorri, olhando nos meus olhos- Eu fico muito feliz pela sua mãe... e saiba que eu estou aqui quando quiser desabafar, tá?- Pergunto e ele assente

- Obrigado!- Ele diz sorrindo

É... ele não é o garoto que eu conheci à 8 anos atrás...

Continua...