|CAPÍTULO 26|

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Taki Auditore

Sei muito bem do inferno que Raphael é e que ele não vai ficar nessa por muito tempo. Beijei a testa dele e saí da enfermaria, não tem porque eu ficar 24 horas de vigilância, fui para o convés e encontrei com Nami e Robin brincando de queimada com o resto da tripulação, menos Roronoa estava lá.

-Posso jogar?- perguntei pra eles e me deparei com seus rostos surpresos.- Raphael vai ficar bem, preciso me divertir ou vou enlouquecer.

Peguei o cigarro da boca de Sanji e traguei um pouco, todos ficaram animados e isso me alegrou um pouco. O juiz que será Brook, escolheu os times e começamos a partida, foi muito divertido. Literalmente o juiz não podia ter deixado eu, Luffy, Franky e Usopp no mesmo time, os três desviavam da bola enqnato dançavam e sempre eram quase queimados o que me fazia gritar com eles. Estávamos na terceira partida quando senti um sentimento bom e sua voz ecoou pelo convés.

-Posso me juntar a vocês?- meu corpo inteiro se arrepiou e a felicidade me invadiu.- Sou muito bom nesse jogo.

Me virei na direção de sua voz pra ter certeza que não era coisa da minha cabeça e lá estava ele. Seu cabelo estava desegrenhado e apenas o seu sorriso perfeito fez eu me sentir melhor em 90%, minha mente gritava seu nome e saí em disparada na sua direção.

-RAPHAEL!!!!!!!

Pulei em cima dele e por seu corpo ainda estar machucado acabamos caindo no chão.

-Calma coleguinha. Eu não vou a lugar algum.

A melhor sensação foi sentir seu abraço, eu ainda estava em cima dele e não quero soltá-lo nunca mais. Ele se levantou e meu corpo foi erguido do chão por seus braços fortes, imediatamente prendi sua cintura com minhas pernas.

-Taki ele ainda está ferido.- ouvi Chopper me alertar.- Não o aperte.

Raphael me abaixou mas mesmo assim meus braços ainda permaneciam em volta ao seu pescoço.

-Nunca mais faça isso comigo idiota.- seu peito estava molhado por minhas lágrimas.- Se você morresse eu te trazia de volta só pra te matar por me matar de medo.

Me afastei um pouco dele e não contive o sorriso, ele realmente está aqui, vivo e consciente.

-Pessoal, esse é Raphael O Espadachim Infernal, meu melhor amigo.- segurei no seu braço esquerdo e virei pra galera.- Rapha, esse é o Bando Do Chapéu de Palha, meus aliados.

-E não é que você conseguiu mesmo fazer uma aliança.- ele zoou e eu bati em seu braço.- É um prazer conhecer vocês e obrigado por cuidarem dessa perturbada.- bati mais forte em seu braço e ri de sua cara.- Ai sua maluca! Eu ainda tô indefeso e seu tapa dói.

-Sinal de que você está vivo, Raphael.- segurei Chopper pelo outro braço e comecei a caminhar arrastando os dois.- Vamos pra enfermaria, Chopper vai examinar você.

Raphael se sentou na maca onde horas atrás estava inconsciente e o médico o examinou, eu permaneci segurando o braço de Raphael é como se ele fosse desaparecer se eu o soltasse.

-Eu não vou voltar a ficar em coma se você me soltar, Taki-lyn.- ele sempre sabe o que eu penso.- Já te disse, você não vai se livrar fácil de mim.

Chopper terminou seu exame e sorriu, isso me trouxe mais esperanças de que Raphael está bem.

-Que bom que saiu do coma, Raphael. Você está definitivamente fora de risco.- meu amigo sorriu em agradecimento a rena.- Mas você foi gravemente ferido, aqui está alguns remédios que você vai tomar que vai te ajudar na sua recuperação. Repouso diário sem pegar peso ou forçar seu corpo, rapidinho você vai melhorar.

-Obrigado doutor Rena.- Chopper sorriu envergonhado.- Você salvou minha vida.

-Não foi nada.- de repente a feição de Chopper se tornou preocupado.- Você vai sentir fortes dores, principalmente se expor seu corpo ao perigo.

-Não vou deixar ele fazer besteira, Chopper.- beijei a cabeça da pequena rena.- Obrigada por mantê-lo vivo.

Saí do local grudada com Raphael, Luffy esperava do lado de fora da enfermaria com Nami, Franky e Robin do seu lado.

-Você fez a Taki sorrir de novo.- Raphael olhou confuso pra mim e eu dei de ombros.- Seja bem vindo ao Sunny. SANJIIII COMIDAAAAA!

-Não liga pra ele, Luffy é um completo idiota.- Nami sorriu e estendeu uma muda de roupas.- Você pode usar essas roupas, creio que vai servir em você.

-Obrigado, ruiva.- Raphael piscou pra ela e as bochechas da navegadora ficaram vermelhas.- Você é bem gentil.

-Que bom que você está bem.

Franky e Robin falaram juntos, eu shippo muito esses dois. Meu amigo apertou a mão do ciborgue e abraçou as meninas. Agradeci aos três já que Luffy provavelmente tava importunado Sanji por comida.

Guiei Raphael até o quarto onde eu estava e me joguei na cama deixando aparecer o grande alívio ao ver Raphael em pé.

-Eles são legais.- ele comentou enquanto se vestia.- Mas acho que está faltando um da tripulação.

Meu coração doeu e eu lutei pra não chorar na frente dele, Raphael acabou de sair de um coma e não quero bombardeá-lo com minha tristeza.

-Roronoa Zoro deve estar treinando.- tentei falar com desdém mas o olhar de Raphael me deixou claro que eu falhei miseravelmente.- Vocês devem se conhecer no jantar.

-Ei sorellina.- Raphael deitou ao meu lado.- Eu escutei você dizendo que precisava de mim, escutei seu choro de dor, como se você estivesse morrendo e isso foi o ápice pra eu conseguir fazer meu corpo me obedecer. O que aconteceu?

-Podemos falar disso depois?- ele concordou e eu me sentei.- Hoje depois do jantar vamos contar tudo, o que aconteceu com você e comigo, mas agora vamos pro convés. Nami tá organizando uma mini festa.

-Claro, jazinha vamos.- ele me puxou pra seus braços e me apertou contra seu peito.- Quero ficar só um pouquinho aqui com você, depois que eu enjoar dessa sua cara de bunda a gente vai.

Ri e me permiti descansar no meu lugar favorito do mundo, no meu porto seguro. Ver Raphael se mexendo e falando mesmo que me irritando já tirou um grande peso da minha consciência.

Meia hora passou e Nami bateu na porta nos chamando para ajudá-la a arrumar as coisas.

-Aí tampinha... onde fica o banheiro?- Raphael perguntou abrindo a porta do quarto.- Preciso dá aquela cagada básica.

-Informação desnecessária, Raphael.- apontei para a porta no fim do corredor.- Quando terminar vai pro convés.

Ele concordou e seguiu na direção que eu indiquei, continuei indo pro convés.

-E não vá entupir o vaso!

Gritei quando já estávamos distantes e ele me deu dedo, cheguei no convés rindo e me pus em movimento. Hoje a noite promete, estava tão cheia de felicidade que não percebi a verdadeira intenção de meu amigo.

Entre Máscaras E BandanasOnde histórias criam vida. Descubra agora