— Oi mãe. — Digo com um sorriso fraco no rosto quando a mulher, com uma aparência exausta apareceu atrás da porta.— Filho! — Ela estava surpresa. — Eu não esperava que você viesse, nem me arrumei. — Falava enquanto passava a mão nos cabelos, tentando arruma-los. — Vamos entre! — Ela me dava espaço para entrar e foi isso que eu fiz.
Era estranho entrar naquela casa, parecia que fazia anos que eu não pisava lá, mas na verdade só fazia algumas semanas. Desde que eu acordei e fui para o dormitório nós não nos falamos mais. Depois do coma eu me afastei de todos, não que antes eu fosse muito comunicativo, mas esses dias eu não tenho vontade de falar com ninguém, só tem uma excessão: Wooyoung.
Mas hoje era um dia especial, então estou me forçando a encontrar a mamãe.
— O que é isto que você trouxe? — Ela disse se referindo a sacola que eu carregava.
De dentro dela eu tiro o bolo que eu havia trago, nesse exato momento mamãe percebeu o motivo da minha visita e seu sorriso fechou.
— Você lembrou. — Ela disse.
— Como eu não iria lembrar do aniversário do papai?
Hoje seria o dia do aniversário da pessoa que eu mais amava, porém ela não tinha mais vida.
Enquanto eu voava nos meus pensamentos de saudade, minha mãe pegou o bolo da minha mão e colocou na bancada da cozinha.
— Ele iria fazer 44 hoje né?
— 45 — Mamãe me corrige. — Você passou um ano em coma. — Ela me lembrou.
— Esse ano eu vim lhe fazer companhia. — Digo. — Ano passado, você passou esse dia ano passado sozinha?
— Mais ou menos, eu fiquei de dia junto com seus amigos, eles passavam a tarde inteira no hospital comigo, e de noite passei com você mesmo desacordado. — Ela me responde. — Sente-se vamos comer o bolo.
Eu apenas obedeço suas ordens e sento no balcão, mamãe trouxe duas colheres e me entregou uma e logo sentando do meu lado. Começamos a comer, tirando os pedaços diretamente do bolo, sem dizer uma palavra, até que eu resolvo quebrar o silêncio.
— Eu estava no hospital sabia? — Falo e com os olhos esbugalhados, de surpresa, ela olha pra mim. — Eu desmaiei e me internaram lá, te ligaram mas você não atendeu, um amigo meu que teve que ficar comigo.
— Como assim filho? — Ela diz em um tom de desespero.
— Onde você estava?
— Eu estava em um lugar. — Ela responde — Mas qual amigo estava com você? Jongho ou Mingi?
— Nenhum dos dois, eu estava com o Wooyoung. Mas não mude de assunto, onde você estava?
— San... Você não precisa se referir a Wooyoung como um amigo, eu já sei de tudo. Eu sei que você é gay.
E agora era minha vez de me assustar. Como ela sabia? Não pode ser, eu sempre escondi tão bem. Eu não posso perder minha mãe e meu pai, ela deve me odiar agora.
— Não precisa ficar com medo. — Ela fala percebendo meu surto. — Eu te aceito meu filho, eu tive um ano inteiro pra pensar sobre. Na verdade, eu meio que já suspeitava antes do seu pai ir, eu era completamente contra isso. — Ela dá uma risada fraca lembrando sobre. — Ele me deu uma grande lição de moral falando que de essa fosse sua orientação sexual não teria problema nenhum, amor é amor, e mesmo se meu filho gostasse de outro cara nada iria mudar para nós, você continuaria sendo você.
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Até que as estrelas se apaguem •WooSan•
FanfictionSeu amor é como estar em uma galáxia, infinito e iluminado pelas milhares de estrelas. Mas se o brilho de alguém na terra se apaga, uma estrala perde sua luz também. -Eu sempre estarei ao seu lado, até que as estrelas se apaguem ❗️NÃO ACEITO ADAPTA...