Deus Dragão: O Descendente

Perspectiva

História, é provavelmente uma das matérias mais renegadas que se aprende no decorrer da vida. Verdade seja dita, o público comum pouco sabe sobre tal matéria, eu, podendo estar incluso nesse nicho. No fim das contas, a ignorância nada mais é que que uma prisão, prisão essa que tentamos nos libertar a cada segundo que perdemos lendo um livro, ouvindo a aula de um ancião, ou simplesmente vivenciando a realidade em busca de novos aprendizados. Isso todos buscamos, ou a maioria pelo menos, quem estou tentando enganar? Apenas uma minúscula minoria realmente se importa em tentar compreender o mundo ao nosso redor. E assim como antes, talvez não esteja nesse seleto grupo de pessoas, mas me esforço para estar.

Mas, o que exatamente a história tem a nos ensinar? Qual o sentido de estudá-la sendo que nada daquilo influenciará na minha vida? Para início de conversar, é simplesmente impossível a história não influenciar na sua vida. Pense em um valo qualquer, liberdade, vida, fique livre para escolher, então se pergunte apenas uma coisa, por que isso é sagrado 'para mim?

Nunca paramos para pensar nos conceitos que consideramos com primordiais para a nossa existência. Por que a vida é importante? Por qual motivos devemos protegê-la a todo custo? É muito provável que você que lê esse pequeno texto não saiba a resposta. Não sabemos por que a vida é, em nosso peito, sagrada (mesmo que muitos a despreze). Não sabemos por que a liberdade é sagrada. Não sabemos o motivo de valorizarmos tanto nossos valores, não sabemos o motivo que nos leva a ter pensamento x ou pensamento y.

Nunca parou para pensar de onde vem tudo o que você crê? Tudo o que pensa? A maneira com que age? Quer compreender isso? Não compreenderá a fundo se não retroceder no tempo. Voltar ao passado, conhecer nossa história nos torna capacitados de conhecer a origem de nossos valores. Conhecimento esse que pode ser utilizado de maneira prática nas mais diversas situações. Afinal, ao estudarmos conceito x, podemos perceber seus fundamentos, conhecer sua origem nos faz conseguir analisar com maior exatidão os efeitos de certo valor.

Podemos, através da história, perceber o quão benéfico valor x é a sociedade, portanto, nos esforçaremos cada vez mais em torná-lo sólido. A mesma lógica funciona no caminho inverso, um preceito nocivo, graças ao estudo da história, pode ser erradicado da sociedade.

E isso é apenas um ponto das influências da história. Porém, nem de longe é a parte que considero mais fascinante. Aquilo que acho mais fascinante, é lei da percepção. Lei da percepção não existe em qualquer outro lugar se não em minha mente, assim espero. Espero não estar plagiando ninguém... Se bem que ninguém encontrará esse texto, logo não importa. Enfim, o que é essa tal lei de percepção a qual me refiro? Essa lei afirma que:

"Tecnologia e dinheiro são importantíssimos para revoluções, porém, o que realmente precisamos para causar as maiores revoluções é apenas mudar nossa perspectiva"

Isso parece um conceito muito distante da realidade. Na contemporaneidade pouco se pensa sobre tal aspecto que tanto representa os seres sencientes cuja inteligência atinge determinado nível crítico. Muitas vezes ignoramos isso por estar imerso em uma sociedade que se preocupa mais com as consequências das ações do que os precedentes que deu os impulsos para motivá-las.

Porém, se pararmos por alguns segundos para analisar a formação de todo o mundo ao nosso redor, percebemos essa característica, não apenas em teoria, mas também na prática. Provavelmente o maior exemplo que se tem quando se pensa em Dirumia é a história de sua criação, e como ela se formou. Veja, o que realmente aconteceu para que a população majoritariamente humana dominasse o ambiente a sua volta.

Conta-se a história que há milhões e milhões de anos, a humanidade naquele local nunca havia experimentado o sentimento de poder. Eram como ratos nas vielas alimentando-se das sobras que eram descartadas. Seres frágeis, e pútridos. Frágeis, pois qualquer criatura mágica poderia destruir toda uma aldeia humana se assim desejasse. Pútridos, pois trajavam-se com corpos em decomposição de outros animais mortos, e em alguns casos, de outros humanos.