Capítulo 5

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Ouvi que a felicidade é uma mentira, que ela existe porque sempre teremos algo a buscar, e eu acredito nisso. Na verdade não sei se busco algo, talvez a bondade nele, eu sei que o que sinto é verdadeiro, mas na realidade não sei se vale a pena, porque provavelmente duraria apenas segundos. (Hermione Granger)

Como previsto ele não para e acerta um feitiço na caixa fazendo com que a aranha saísse de lá, percebo que o diretor Dipet e o professor Dumbledore estão lá. Tudo ocorreu como ele esperava, não consegui pará-lo. Ele me encara e acerta um feitiço em Aragog que corria. Tom se dirige ao diretor:

- Isso matou Moaning Myrtle, esse monstro! – ele fala atuando, percebo que Dumbledore está desconfiado e o diretor Dipet acredita completamente no que ele fala.

- Obrigado Riddle, por ter feito a coisa certa e nos falado – diz o diretor Dipet – Acompanhe-me Hagrid, e professor Dumbledore cuide desse animal. – ele sai levando Hagrid e o professor vai atrás de Aragog.

No corredor ficamos Riddle e eu, ele me olha com ódio e isso dói muito, ele se aproxima de onde eu estou e quando estamos perto um do outro, ele fala:

– Nunca conseguirá me mudar, Sta. Granger – ele sorri como se comemorasse o que tinha acabado de fazer – desista agora!

- Você deveria estar feliz, porque existe uma pessoa que se importa o suficiente para lutar por você – eu falo, não param de sair lágrimas dos meus olhos – Não é disso que você tem raiva? De ser abandonado? – tento sair de lá, mas ele me segura pelo braço, eu olho em seus olhos negros – Sabe? Eu não queria sentir nada e fiz uma coisa horrível – digo com um som horrível saindo da minha garganta, eu estou totalmente descontrolada e ele segura meu braço olhando-me chocado – Porque não me mata logo e acaba com isso? Tudo o que consigo sentir por você é amor, mesmo quando você faz essas coisas e isso é nojento e doentio, eu sou assim! – eu coloco minhas mãos no seu rosto e o contorno com os dedos.

Nesse momento eu sei que não conseguirei matá-lo, estou enganando a mim mesma como uma tola, eu agacho e coloco meu rosto entre minhas pernas, quero sumir. Como eu poderia sentir isso?

Ouço passos no corredor, mas não levanto o rosto, não irei sair dali tão cedo. Eu não consigo me controlar, porém Tom me levanta pelos braços e me encara. Nunca faço ideia do que ele pensa, seu rosto é um mistério para mim, ele não demonstra raiva ou nojo, mas uma expressão que não sabia decifrar. Eu não quero sentir isso mais, pelo menos não agora...

Tiro suas mãos de mim e me virei na direção do corredor, lá está Potter com uma menina que eu não sabia quem era, ela tem feições duras, com seus olhos castanhos e seus cabelos castanhos encaracolados, baixa, magra, é da Grifinória e segura livros nas mãos. Limpo minhas lágrimas, levanto minha cabeça, bem eu tenho várias características da Sonserina, mais do que eu imaginava, começo a andar para a saída como se nada tivesse acontecido:

- O que você fez com ela, Riddle? – Potter fala, querendo ser o bom moço e defender donzelas indefesas, bem só tem um problema, eu não sou uma donzela e nem um pouco indefesa, não preciso dele.

- Eu... – Riddle começa a falar, mas eu o corto.                                 

- Ele não fez nada, só o que ele fez foi ser a pessoa que ele é – falo e continuo a andar, Charlus me olha com raiva e fala:

- Você ainda o defende? Ele a fez chorar? – a garota ao seu lado revira seus olhos como se achasse aquilo idiota, o que eu também começo a achar.

- As pessoas machucam umas às outras e isso é normal. Aliás, por que está metendo o nariz nisso? Não diz nada ao seu respeito – falo o encarando com raiva, e ele anda em minha direção e sussurra no meu ouvido.

Lass Mich Nicht (Tomione)Onde histórias criam vida. Descubra agora