— Para onde o senhor vai assim tão arrumado?
Ouvi a voz de Sofya um pouco atrás de mim e me voltei no meio das escadas, esperando que ela me alcançasse.
— Bom dia, filha. — Continuei descendo as escadas, mas fui detida de me afastar quando sua mão segurou meu braço.
— O senhor está indo encontrar com ela? — ela perguntou e me soltou assim que me voltei.
— Sim, Sofya. Nós vamos almoçar juntos. Algum problema com isso?
Ontem tinha feito dois meses que estávamos juntos e depois de passar mais de uma semana sem vê-la — porque os cinco minutos no domingo não contava — era óbvio que estava mais que ansioso para encontrar Any. Tínhamos conversado na noite anterior e eu lhe contei que tinha falado sobre nós para os meninos, dizendo que eles tinham reagido bem. Passada essa etapa, combinamos que estava na hora de conhecer a sua mãe e assim não precisaríamos mais sair escondidas de ninguém. Mas mesmo não precisando mais mentir sobre o lugar para onde estava indo, ainda me pus na defensiva quando Sofya fizera aquela pergunta como se me acusasse de estar fazendo algo errado.
— Não senhor – ela respondeu num tom mais contido.
— Ótimo. — Comecei a me afastar, mas parei no meio do caminho quando Sofya falou novamente.
— Chame-a para jantar conosco hoje — ela sugeriu de repente.
— Hoje não, Soso. — falei apenas antes de continuar andando, dessa vez conseguindo chegar à garagem sem interrupção.
Deixei o carro no estacionamento de sempre, perto do apartamento de Any, dessa vez no entanto tendo que esperar um pouco para conseguir uma vaga, por ser manhã de sábado. Quando cheguei ao prédio, estava oficialmente atrasado e subi as escadas correndo depois que Any abriu a porta para mim através do interfone. Bati à porta do 304 apenas uma vez antes que ela a abrisse para mim, um sorriso nervoso brincando nos seus lábios.
— Desculpe o atraso.
— Tudo bem. — Se afastando para o lado, Any abriu mais a porta, permitindo que eu entrasse. — Minha mãe está na cozinha. Vou chamá-la.
— Any, espera — a detive quando ela tentou se afastar, baixando o tom de voz. — O que você contou para ela?
— Não muito — ela se apressou a responder. — Só que você era um pouco mais velho.
— Um pouco?! — exclamei alarmado, ainda num sussurro.
— Não fica nervoso, ok? Eu já estou nervosa o bastante por nós dois.
Dito isso, Any se afastou apressada em direção à cozinha, me deixando sozinho na sala com aquela metade de boneca que agora parecia me encarar como se me acusasse de algo.
Respirei fundo para recuperar a calma quase perdida, lembrando que eu não era nenhuma adolescente para ficar com medo de conhecer os pais da namoradinha da escola. Há muito tempo tinha passado dessa fase. Ainda assim, quando ouvi os passos se aproximando, foi impossível impedir meu coração de acelerar.
— Mãe, esse é Josh Beauchamp — Any começou as apresentações, parando ao lado da mãe. Sua voz tremia um pouco enquanto ela falava. — Josh, essa é minha mãe, Priscilla.
— Prazer em conhecê-la, Priscilla — a cumprimentei, estendendo uma mão em sua direção, que ela prontamente aceitou. Cheguei a pensar em tratá-la com um pouco mais de formalidade, como um namorado normal faria, mas nada ali era assim tão normal. A forma como a mãe de Any me encarava, mordendo os lábios como se tentasse conter as palavras, certamente não era normal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
7 Minutos No Paraíso - ADAPTAÇÃO
FanficOnde Josh é um homem casado que acaba envolvendo-se mais do que deveria com uma adolescente. +18 Essa fic é uma ADAPTAÇÃO, não é autoral. autora original: lelemarques Adaptação da versão Urridalgo de: alwscayoung