Cap. 12

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Eu estava no meu quarto, mexendo no notebook em cima da escrivaninha, quando escuto um barulho vindo da janela, não me assustei por que Emmett disse que passaria aqui.
Quando levanto e olho em direção à janela, eu travo, não era Emmett ali.

- Ola meu doce. - Ele diz num sussurro. - Por favor, não grite, não queremos que ninguém aqui morra, não é ? - Ele diz e eu sinto um calafrio me percorrer.

- O que você quer ? - Lhe pergunto tentando manter a calma.

- Ora, isso não está claro ? - Ele diz. - Quero você.

- Eu nem te conheço. - Digo num segundo de coragem.

Ele sorri.

- Que indelicadeza da minha parte. - Ele faz um reverência em minha frente.

- Sou Thomas Reid, mas você, - Ele aponta pra mim. - Pode me chamar de Tom.

Fico o olhando uns segundos, tentando bolar um plano pra sair dali sem arriscar Bella e Charlie, torcendo para que Emmett viesse logo.

- E como você se chama doce ? - Ele me pergunta, única ideia que tenho, é ganhar tempo.

- Lucy, - Digo o olhando. - Lucy Swan.

Ele ia falar algo quando sentiu uma presença se aproximando.

- Bom Lucy, não queria fazer isso agora, eu tinha outros planos, mas não tenho escolha. - Num picar de olhos, ele estava em minha frente, tapou a minha boca com algo e me ergueu. - Seremos felizes querida.

Ele vai ate a janela e pula, correndo dali comigo em seus ombros. E esse dia, foi o meu último dia como humana.

——————

    Emmett estava chegando na casa de Lucy junto com Edward quando sentiu um cheiro diferente. Ele reconheceu o cheiro do vampiro dessa tarde e ele foi direto ao quarto de Lucy, enquanto Edward ia ver se Bella estava bem. Emmett entrou no quarto pela janela. O cheiro estava forte ali. E Nada de Lucy, ele procurou por qualquer tipo de sinal para saber se Lucy estava na casa, e nada. Bella entra correndo no quarto assim que Edward lhe explica a situação.

- Cade ela ? - Bella diz com lágrimas nos olhos.

- Eu não sei, sinto cheiro de vampiro aqui, e o dela está fraco, vou correr e ver se pego o rastro.

- Eu ligarei pra casa e vou avisa-los. - Edward diz, pegando o telefone.

Antes de Emmett pular pela janela de novo, Bella corre e segura em seu braço.

- Por favor, ache a minha irmã. - Bella diz chorando.

- Procurarei até no inferno se for preciso Bella. - Ele diz pra ela e sai.

Ele estava seguindo o rastro quando os outros chegaram. Rosalie parecia triste.

- Desculpa Emmett, eu não senti cheiro nenhum, se eu esperasse com ela por você. - Ela diz culpada.

- Não se preocupe Rose, não é culpa sua. Ele teria dado um jeito. - Emmett diz ainda correndo.

Eles não vão longe, o rastro se perdendo no caminho. Era como se Lucy e o vampiro sumisse. Alice tentava ver Lucy, mas Alice não conseguia ver nada. Emmett foi ficando cada vez mais frustrado, nem percebeu que ja tinha se passado um dia inteiro que estava a procurando.

- Temos que voltar Emmett. - Jasper disse. - Precisamos voltar e procurar mais pistas.

Emmett nada disse, era inútil correr às cegas por ai, concordou com a cabeça e voltou para Forks com os irmãos.
Chegou na residência Swan e estava uma equipe de busca em frente, assim como a matilha dos lobos. Claro que Charlie iria chama-los, da última vez, Sam achou Bella, mas Lucy não estava no bosque, Emmett suspirou, ele não fazia ideia onde estava Lucy.
Mas ele procuraria por ela, e ele a acharia.

—————-

Meu corpo queimava, parecia que tinham me jogado no fogo, tudo ardia.
Era insuportável, agonizante.
Eu nem sabia quanto tempo estava ali, mas eu queria que acabasse logo, queria que alguém fizesse parar, eu imploraria pela morte se pudesse. Eu tentei gritar, mas a voz não saia, tentei abrir os olhos, mas minhas pálpebras não me obedeciam. Meu corpo estava paralisado, nada que eu fizesse, adiantava.

- Eu sei que está doendo doce. - Escuto o cretino falar. - Mas está quase terminando, veja, seu coração está quase parando.

E como se adivinhasse, fui sentindo meu coração bater mais forte, cada vez mais forte, lutando contra o veneno que estava ali. Ele bateu mais 3 vezes e então, parou pra sempre.
Eu ainda não abri os olhos, com medo do que poderia acontecer se abrisse. Eu sabia o que o Thomas tinha feito comigo, eu sabia o que isso significava.

- Vamos la doce, abra os olhos. - Ele pede parecendo gentil.

Abro os olhos, e então, demoro um pouco pra raciocinar. Eu via tudo, absolutamente tudo, ate a poeira no ar, sento e olho ao redor, eu estava em um tipo de celeiro. Eu vi tudo mesmo no escuro, cada detalhe do lugar, não só isso, conseguia ouvir também, conseguia ouvir a milhares de quilômetros.

Meu cérebro processou tudo rápido, levou um milésimo de segundo para entender tudo, estava entretida com a minha nova visão, que eu esqueci quem estava ali.

- Doce ? - Ele me chama e eu então o olho e me posiciono em modo de ataque, me entregando aos extintos. - Não lhe farei mal Doce, sou eu. - ele diz erguendo as mãos se rendendo.

- Eu sei quem você é. - Digo o olhando e me surpreendo com a minha voz, paro confusa, era eu que tinha falado ? Me pergunto em mente.

- Oh querida, esplendido não é ? - Ele diz sorrindo. - Você ja era maravilhosa humana, agora como vampira, homens farão guerras por você.

O olho com raiva.

- Por que ? - Lhe pergunto com ódio.

- Por que eu a transformei? - Ele me olha erguendo uma sobrancelha. - Simples, eu a queria, e agora, você é minha.

- E o que te faz pensar que eu vou ficar aqui com você? - Eu lhe pergunto.

- Por que você não vai querer matar sua própria irmã e pai se voltar. - Ele me diz sorrindo. - Você é uma recém-criada, sabe o que isso significa? - Ele me pergunta e eu não falo nada. - Significa que sua sede é maior, vai esquecer do seu vínculo com eles e você vai ataca-los, fora que você vai chamar a atenção dos Volturi para seu querido namoradinho e ele correrá perigo.

Respiro fundo por puro hábito, percebendo que eu não estava respirando até agora. Paro e penso sobre. Eu sabia que Aro queria os Cullen, e eu chamaria a atenção deles, eu não queria fazer isso com os Cullen, nem machucar meu pai e irmã.
Mas posso ficar sozinha, sem precisar desse homem na minha frente.

- Não preciso voltar para Forks, posso ficar sozinha. - Eu digo.

- E fazer pessoas inocentes correrem perigo ? - Ele diz. - Você não entendeu Doce, está com sede não é ? - Ele pergunta e então noto minha garganta seca, queimando de sede. Pego em meu pescoço e o Thomas ri. - Você irá atacar qualquer um que aparecer na sua frente, pode acabar atacando cidades inteiras ate se saciar, mas eu, - Ele aponta pra si mesmo. - Posso lhe ajudar. Eu cuidarei de você, pra que não machuque ninguém desnecessariamente.

Eu o olho sem saber o que fazer, e se eu machucasse alguém ? E se eu matasse alguém? Eu não seria capaz disso. Eu não queria ceder, não queria ficar com esse homem. Mas a culpa se eu machucasse alguém, seria maior.

- Tudo bem, mas eu quero sangue de animais. - Digo e ele pisca confuso. - Eu não matarei ninguém. E eu não farei nada com você.

Ele sorri, se era isso que sua deusa queria, era isso que ela iria ter, era questão de tempo até ela querer ser dele.

- Tudo bem querida, feito. - Ele estende a mão pra mim e eu a pego, selando um acordo

E assim começou a minha imortalidade.

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