O mistérioso sumiço em Brockton

Capítulo - 12

POV — Dayane

Uma semana havia se passado e desde então eu poderia dizer que minha vida tinha se transformado em um pequeno inferno em Brockton, Pois mentir para Victor e para todos a minha volta estava absurdamente se tornando mais difícil a cada dia.

Sem falar que o Senhor Isaías veio a delegacia a alguns dias perguntar sobre o caso e eu nunca vir tanta falta de vida em uma pessoa antes. Está estampado em sua cara que ele faria qualquer coisa para ter a filha de volta e por isso, eu tive que inventar um boa desculpa para convencê-lo de voltar pra casa. Eu sei que é por um bom motivo e que em breve ele voltará a vê-la, porém eu ainda me sentia horrível por ter que esconder isso de todos.

Hoje eu me encontraria com Caroline de novo e por algum motivo eu estava animada, talvez fosse pelo real motivo do encontro, ela me contaria tudo que já tinha descoberto sobre a mulher e pelo menos o início de um plano precisaria surgir Dalí.

Quando cheguei, estacionei na estrada de terra e seguir pela mesmo caminho que tinha feito com a ruiva quando me acompanhou até meu carro. E alguns minutos de caminhada depois avistei um homem do lado de fora que eu imagino ser o Charles que ela havia dito, parecia está de saída provavelmente indo para a cidade.

Eu o cumprimento com um pequeno gesto de cabeça e ele faz o mesmo, antes de continuar seguindo para onde estava indo.

Ao Entrar na casa, vejo a garota sentada em uma pequena mesa com um computador e vários papéis espalhados. Eu me pergunto como ela fazia para ter sinal daqui já estamos praticamente no meio da floresta... Enfim, ela parece não ter notado a minha presença então continuo na porta, penso que seja um pouco de falta de educação entrar assim do nada já que não tinhamos nenhuma intimidade, por isso decido fazer um barulho com a garganta e avisar a minha chegada.

— Cof cof, licença. — Digo e ela logo se vira na minha direção.

— Ah, entra. — Ela força um sorriso mas não parecia muito feliz e seu olhar ainda era sério e frio. Eu não conseguia ver a menina que seu pai havia descrito antes da perda de sua mãe, acho que isso a marcou de verdade.

— E então, o que está fazendo? — Digo puxando uma cadeira e sentando um pouco ao seu lado.

— Ah, só vendo alguns arquivos antigos, não achava que brincar de detetive era tão cansativo. — Ela fez uma piada? Uau, por essa eu não esperava.

— Ah, você não faz ideia... Mas até que está indo bem pra uma novata no rumo da investigação. — Eu brinco de volta e ela rir mas logo nega.

— Débora é inteligente... Ela esperou um ano para agir pois muitas pessoas ficaram sabendo do seu surto. Precisamos tomar cuidado enquanto a isso.

— Ela pode até ser inteligente mas não mais do que você... Poxa você me fez de gato e sapato com aqueles enigmas. Eu cair como um patinho. — Ela rir novamente. Não sei porquê mas isso me deixava feliz.

— É, acho que exagerei um pouco. Eu esperava que você me achasse no primeiro mês ainda. — Ah não, não acredito que disse isso.

— Ei! Como eu poderia imaginar que você iria colocar enigmas nas circunstâncias que deixou? Você claramente deu a entender que foi embora por causa de sua mãe. — Ela dá de ombros. — Se não fosse por Elana eu teria desistido bem antes.

— É, e ela quase entregou tudo... Por sorte ela é experta e conseguiu encaixar a história do seu pai no meio... — É foi uma boa sacada tenho que admitir, eu cair direitinho na história de: "meu pai falava isso desde criança."