O mistérioso sumiço em Brockton

Capítulo - 4

— Merda! - a mulher olha para o seu relógio impaciente logo o desviando para as  janelas do supermercado e notando que está preste a começar uma tempestade lá fora. Ela volta sua atenção para a fila a sua frente vendo que ainda iria demorar um pouco para chegar a sua vez, o estabelecimento estava lotado aquela noite. — Moça tem como ir mais rápido? - Ela diz para a caixa que assenti tentando adiantar o processo de passar o produtos o mais rápido que conseguia.

Os relâmpagos já iluminavam o céu adentrando no lugar não demorando muito para os trovões começarem em seguida, fazendo barulhos estrondosos assustando todos que estavam ali.

— Vovó eu tô com medo! - A menina que estava com um moletom com o capuz na cabeça estende a mãos para a mulher pedindo para ir para o seu colo.

— Oh meu amor, já já vamos para casa. - Ela beija a cabeça da menina logo a pegando enquanto olhava para o relógio mais uma vez e rezando para saírem antes da chuva mas foi sem sucesso.

A chuva havia começado e estava extremamente forte, todos ali pareciam está aguardando dentro do estabelecimento esperando que a chuva passase para ir para os seus carros e irem para casa mas não parecia querer parar tão cedo.

A mulher logo vira se abaixando com as compras nos braços em frente a menina que estava atrás de sua perna a segurando assustada.

— Tudo bem meu amor vamos fazer assim, nós vamos correr, correr muito até o carro da vovó está bem? consegue fazer isso?

— Uhum... - Assente com a cabeça em concordância.

— Eu vou contar até 3 está bem? No três nós corremos muito muito rápido.

— tá bem...

— Ok... - ela se levanta com as compras nos braços olhando para estacionamento a frente. - 1, 2 e 3!- começa a correr rapidamente e a menina a segue logo atrás tentando acompanhar.

A chuva estava absurdamente forte caindo sobre as duas, os trovões e relâmpagos caiam um seguido do outro assustando todos que estavam ali no local que tinha o estacionamento completamente aberto. De repente um trovão cai próximo ao supermercado fazendo um barulho estrondoso e a menina para de correr tampando os ouvidos e fechando os olhos assustada.

Só os abre novamente quando percebe que não está mais se molhando pela chuva destampando os ouvidos e logo percebendo que estava em casa mas... Não era a sua casa, era escura e as paredes eram completamente desgastadas... - Vovó? - Ela fala andando pela lugar que não reconhecia. - Vovó cadê você? - Olha para todos os lados do cômodo, assustada por não reconhecer nada a sua volta... e de repente escuta um barulho de corvo voando da janela se virando rapidamente em sua direção.

— Vovó?! - Ninguém a responde... percebendo que está sozinha alí... E os barulhos começam a aumentar.

— Vovó eu tô com com medo! - Ela se abaixa abraçando os joelhos e começando a chorar no meio do cômodo ouvindo sons estranhos por todos os cantos dessa vez.

— VOVÓ!!

— ARGH! - Dayane acorda desesperada com sua respiração pesada e suando muito... - Foi só um pesadelo... - Ela respira vagarosamente tentando voltá-la ao normal antes de olha para o relógio e constar que ainda cedo, mesmo assim se levanta rapidamente indo em direção ao banheiro tomar um longo banho gelado para tentar relaxar.

[...]

Ao chegar a delegacia segue apressadamente para sua sala sem dá bom dia para ninguém dessa vez e as pessoas estranham seu comportamento. Era cedo ainda mas Víctor já se encontrava lá sentado em sua cadeira com um caderno no colo e olhando para o teto com cara de paisagem, talvez o caso de Caroline tenha mexido com todos ali sem exceção.