S U B M I S S O | WOOSAN. (+18) *EM HIATUS*

Sem saída.

~ Wooyoung POV ON.

Embora tenha sido humilhante a sessão de ontem a remuneração que recebi foi compensatória, pois o maldito voyeur deixou uma boa bonificação, contudo eu ainda estava em uma situação crítica e precisava desesperadamente conseguir dinheiro.

Durante os dias que fui para a pousada consegui dez mil, um valor bem anormal, mas como eu tinha um voyeur rico e decidido a pagar caro pela minha atenção essas sessões renderam bastante.

Minha situação era a seguinte, eu tinha doze dias para conseguir quarenta mil, senão eu viraria putinha dos traficantes, a minha sorte era que o meu pai não tinha encontrado todo o dinheiro, porque eu sempre guardava um pouco em outro lugar e esse “pouco” somava seis mil, portanto eu tinha dezesseis mil. 

Até tentei pedir um empréstimo para o Baek, mas ele não me concedeu por pura birra, uma vez que eu não aceitei realizar os programas com os voyeurs viciados em mim, resumindo, ele era um cuzão. Sem saída acabei indo até o banco e conversei por horas com o meu gerente, nós discutimos muito e no fim o banco só me concedeu um empréstimo de dez mil, que deveria ser quitado em quinze pagamentos, com taxas altíssimas de juros que dobrariam o valor do empréstimo, desanimador, não é?

Contudo, mesmo diante da taxa de juros exorbitante eu aceitei a proposta do banco e quando meu gerente tentou aprovar o empréstimo o sistema não autorizou, uma vez que o meu salário na empresa de eventos não me proporcionava ganhos suficientes para oferecer uma “garantia de pagamento”. Cheguei até mesmo a entregar os recibos de pagamento da pousada – cuja descrição do vínculo era “barman” – mas o gerente não aceitou, pois não era um emprego fixo e os recibos não podiam ser considerados documentos oficiais de comprovação de renda.

Sem ter outra opção, assim que sai do banco fui até a concessionária mais próxima e tentei vender o meu carro, contudo me ofertaram apenas sete mil pelo veículo e eu pulei fora, porque eu sabia que o carro valia mais que isso e que a concessionária estava querendo lucrar com o meu desespero. Ao fim do dia voltei para casa e me joguei no sofá, eu não tinha o dinheiro e nem sabia como conseguiria o montante faltante, ou seja, eu estava ferrado.

Assim que anoiteceu sai de casa e fui para a pousada, durante o caminho fiquei pensando na proposta do voyeur, mas mesmo diante do desespero eu não conseguia me convencer a aceitar a sua condição, eu não podia me entregar para ele, não sabendo que ele era um sádico louco.

Ao estacionar o meu carro na vaga mais próxima da pousada desci correndo por causa da chuva e entrei no enorme corredor que me levaria até a minha sala, durante o caminho notei alguns olhares maliciosos na minha direção e supus que provavelmente o Lay já tinha espalhado para todos qual é a sensação de “foder o Aiden”.

Quando eu estava chegando na minha sala ouvi um grito e olhei para trás, um dos funcionários do prostíbulo estava discutindo com um cliente enquanto os curiosos se deleitavam com a cena. Percebi de soslaio que alguém parou ao meu lado, contudo essa mesma pessoa me surpreendeu ao colocar a mão no meu ombro e parar na minha frente.

Era um voyeur, ele era maior que eu e sua postura me intimidava, seus fios de cabelo negros caiam sobre a máscara branca que usava e seus dedos finos apertaram meu ombro com força, impondo seu poder sobre mim. O cliente se aproximou até ficarmos com os corpos extremamente próximos e eu me mantive calmo, ele aproveitou minha serenidade e aproximou o rosto do meu ouvido.

- Você é muito bonito... – sussurrou no meu ouvido.

- O que deseja querido cliente? – perguntei sorridente.

- Você.

- Então vá até a direção e negocie o preço. – falei sereno enquanto me afastava, contudo sua mão segurou o meu quadril com força e me puxou contra o seu corpo.