Capítulo quinze
Lorrana alcançou o grupo em pouco tempo, pois Jeremy tinha notado seu atraso e fizera com que todos aguardassem por ela. Jeremy desceu da carroça à frente entregando as rédeas para um colega ao seu lado e se dirigiu a ultima carroça aonde os amigos chegavam. Assim que viu Eitor de cavalo soube que algo tinha acontecido.
— O que foi? — Deu uma olhada para a carroça vazia tapada somente com a lona — Onde estão os outros?
— Os portões do castelo foram trancados, Felipo estava lá — Relatou Eitor — Acredito que Aristides e Suzana também.
— Suzana? — Jeremy parecia consternado — Não. Ela estava à espera de vocês quando parti com o primeiro grupo.
Eles entreolharam-se por um momento, algo ali estava muito errado. Foi quando Lorrana correu para ver o que tinha abaixo da lona da carroça. Era uma bomba caseira prestes a entrar em ação.
— Corram vamos! Bomba! — Gritou
Maldita.
Eitor a puxou acima do seu cavalo. Takumy e Jeremy correram avisando para as carroças seguirem e afastarem-se o máximo.
— Vamos. Agora! — Jeremy gritou subindo na frente de seu grupo.
Mal alcançaram distancia segura e a carroça explodiu, eles pararam, tudo que viam era fumaça, poeira e pedaços de madeira. Além da bola de fogo adjacente.
Assim que começou a dissipar-se também foi possível ouvir as tosses e murmúrios de alguns colegas. Alguns tinham medo, alguns choravam. Lorrana desceu do cavalo e se pôs em meio ao caos.
— Estão todos bem? — Perguntou a Takumy.
— Bem e talvez um pouco traumatizados.
— Que porra foi essa? — Eitor se punha ao deles.
Aos poucos todos pararam de falar apenas observando o caos e exigindo respostas.
— Ei escutem? Alguém está ferido? — Lorrana pediu, e todos fizeram gestos em negativo – Tudo bem. Eu sinto dizer que isso foi resultado de uma provável traição, a bomba não só estava na carroça como era endereçada a nós e foi por pouco que não morremos. Se isso era tudo que eles têm a oferecer, vamos mostrar que somos mais fortes. Vamos invadir aquela plantação e resgatar cada homem justo que conseguirmos.
Todos ergueram suas adagas e gritaram acompanhando Lorrana.
— No fio da adaga, na macha de sangue, aqui nasce nosso levante!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Adaga de Prata
FantasyHá muitos séculos os humanos conseguiram banir os seres de magia de seus territórios e depois disso fundaram a própria monarquia. Consequentemente a sociedade humana vivendo sozinha tornou-se mesquinha e fútil valorizando mais a aparência do que a p...