Capítulo trinta e nove

1 0 0
                                    


Capítulo trinta e nove


Dante entrou pelas portas do castelo com dois novos guardas recrutados. O pequeno detalhe é que esse não era Dante e não havia novos guardas.

— Vocês estão malucos, malucos! E se os elfos me levaram no lugar dele. — Pensou choroso o duende, chegava a ser cômico ver Dante com uma voz tão aguda e chorosa.

— Eles não vão pegar você. — Felipo acalmou-o. — Agora vamos primeiro aos empregados, dê a ordem para a cozinheira chefe para liberar a todos em vinte minutos.

Eles marcharam pelos corredores, todos que passavam por Dundo o saldavam já Takumy e Felipo permaneciam com a cabeça baixa temendo serem reconhecidos. Passaram por entre varias alas até Felipo cochichar.

— Têm certeza que é por aqui?

— Tenho, pedi a Lua que me contasse um pouco sobre o lugar quando descobrimos que ela não era Aristides.

Entraram pelas portas da grande cozinha e enxergaram ali varias mulheres e alguns homens trabalhando próximos a fornos e fogões a lenha em tachos e caldeiras.

— Bom dia general. — Uma das mulheres parou em sua frente.

— Bom dia minha cara dama. — A mulher estranhou seu comportamento por um instante. – Onde está o chefe de cozinha?

— Como? — Ela o encarou –— Sou eu mesma general no que posso servi-lo?

— Dispense todos do castelo imediatamente. — A imitação da voz de Dante quase que falhou.

— Eu não entendo senhor... Eu...

— Não escutou sua ordem empregada? — Intrometeu-se Takumy tentando agilizar o processo. — Terei de ser mais convincente? Tem vinte minutos.

— Perdão senhor farei agora mesmo.

Eles se retiraram dali.

— Temos que ser mais rápidos com os trabalhadores da muralha. — Dundo disse. — Não sei por quanto tempo mais aguento.

— Antes tenho outra coisa para fazer. — Takumy falou indo no caminho das escadas.

— Isso não estava no plano. — Felipo seguiu-o aflito.

Eles observaram um corredor que se abriu e esgueiraram-se por entre ele. Takumy entrou com passos leves por uma grande porta dourada no escritório que Lua o contara.

— Peguem o máximo que conseguirem e acharem importante. — Takumy cochichou.

— Não temos como sair carregando tudo isso sem que nos notem. — Falou Felipo.

— Ainda lembra-se da passagem que Lua o ensinou Dundo? — O duende assentiu. — Ótimo, vamos deixar tudo lá.

Saíram do escritório carregados de documentos e esperaram Dundo puxar a alavanca no ornamento da armadura para atirarem as coisas antes da passagem fechar. Quando eles viraram no corredor a esquerda quase deram de cara com o verdadeiro Dante, fazendo-os virar e correr para o lado oposto.

— Ai não e se ele nos viu! — Dundo estava aflito — Será que ele nos viu?

— Não, se ele tivesse nos visto tenha certeza que já saberíamos e da pior forma. — Afirmou Takumy.

Chegando aos jardins do castelo encontraram com um tenente, destacava-se por usar uniforme de cor diferente aos dos outros um azul camuflado.

— Em que posso ajuda-lo general? — O homem bateu continência.

— Dispense todos os homens da muralha agora mesmo. — Disse Dundo com a voz vacilante.

— Mas general, o senhor acabou de passar por aqui e me dar essa mesma ordem. — O tenente falou, Takumy e Felipo tentavam disfarçar a cara de surpresos. — E também me disse para trancar as saídas e preparar os soldados pra guerra, afinal o que o senhor pretende com isso? Acha que os rebeldes teriam a audácia de atacar de novo?

— Sim eu sei o que disse! — Dundo tentou parecer realista. — Não questione minhas ordens. — Ele deu de costas e seguiu para uma das varias salas vazia do castelo.

Quando Felipo e Takumy entraram logo atrás e encontraram o pequeno ser de volta a sua forma natural.

— O que foi aquilo? — Felipo tentava entender. — Se ele sabe o que vai acontecer porque não foge?

Nesse exato momento três soldados arrombaram a porta. 

Adaga de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora