12| Aquele em que tudo ficou azul.

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"The story of my life, I take her home

I drive all night to keep her warm

And time is frozen

The story of my life"

Story of my life – One Direction

Este é o Diário de Bordo de Kim Namjoon, narrando diretamente dos tons de ìntigo.

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16 de Novembro de 2012.

Nunca estive tão apreensivo, desesperado, ansioso. Nunca senti tantas coisas de uma única vez, como sentia naquele momento.

Yoongi dirigia a toda velocidade, ultrapassando alguns sinais vermelhos sem dar qualquer importância ao fato de ser multado no futuro, Jin ditava o caminho, sentado no banco do passageiro, correndo os olhos depressa pelas ruas e ignorando completamente a voz do GPS que dava uma rota diferente da sua.

Wooseok suava frio e estava pálido como uma folha de papel, olhando fixo para Núbia, sentada entre nós no banco traseiro. Noona respirava com dificuldade, arfando pesado, enquanto apertava minha mão com tanta força, que cheguei a pensar que quebraria meus dedos.

— Mais rápido Hyung, ela tá perdendo sangue! – bati desesperado no banco da frente, recebendo um xingamento alto.

— Meu Deus Namjoon, acredita que estive em marcha lenta esse tempo todo? – ironizou irritado, desviando de uma mini van.

— Próxima à direita Yoongi, cala a boca e dirige. Nam, fica quieto e não atrapalha, Woo... – Jin ditava autoritário, voltando-se para olhar o rapaz lívido no banco atrás de si. — Vai vomitar? Me diga que não vai vomitar!

— Acho que eu tô passando mal... – ele abriu a janela ao seu lado, se abanando meio tonto.

— Não vomita caralho, não vomita! – Núbia achou forças pra resmungar, apertando minha mão com mais força, berrando de dor.

— Quase lá, quase lá, aguenta só mais um pouco. – Yoon passou mais um farol vermelho, no que RyuJin, que ia em sua moto mais a frente, buzinou sinalizando que o caminho estava livre.

Passamos como um raio pelo estacionamento do hospital. Hyung estacionou de qualquer jeito na entrada e Jin saiu apressado, indo buscar uma cadeira de rodas. Ajudei Bia a sair do carro, curvada pra frente de uma forma dolorosa, com ambas mãos no ventre, conforme o sangue descia pelas pernas, não de forma alarmante, porém, assustadora.

— Aqui. – Jin veio apressado atrás de um enfermeiro que empurrava a cadeira de rodas, ajudando Núbia a sentar-se. Entre todos nós, apesar da visível preocupação, ele era o mais calmo e racional.

— Isso não é como na tv, de longe é como na tv! – Bia choramingou, embora não estivesse de fato chorando. Ryu noona se aproximou, abaixando de forma a ficar cara a cara com ela, e segurou seu rosto entre as mãos.

— Vai dar tudo certo, tá me ouvindo? Vai dar tudo certo! – noona apenas respirou fundo, assentindo de olhos fechados enquanto Ryu depositou um selar singelo em sua testa.

Ver Bia tão frágil e em sofrimento daquele jeito, me deixava apavorado. As coisas não eram pra ser daquela forma e, não saber o que havia de errado, me deixava nauseado, como se um pedra de gelo tivesse se instalado em meu estômago, enregelando toda minha espinha, produzindo um suor igualmente frio.

Anos IncríveisOnde histórias criam vida. Descubra agora