15| Aquele em que percebi que ainda te amo.

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"There's no way out and a long way down

Everybody needs someone around

But I can't hold you too close now

Through the wire, through the wire

What a feeling to be right here beside you now

Holding you in my arms"

What a feeling – One Direction

Esta carta foi redigida diretamente do asteroide B-612, onde nosso Pequeno Príncipe nos ensina todos os dias que as coisas de adultos são chatas, e é sempre mais interessante enxergar além que apenas um chapéu bobo.

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Querida recém Sra

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Querida recém Sra. Jung,

Sei que seria consideravelmente mais cômodo enviar um e-mail, ou mandar um cartão de felicitações, como todos provavelmente farão ao sair daqui hoje. Porém, ainda tenho esse estranho apego à tinta e papel (guardanapos mais uma vez), e sei que igualmente o tem por cartas redigidas à mão, não obstante, me confiou uma delas há alguns anos, quando a encontrei entre minhas coisas ao chegar no quartel em 2004.

Gostaria que soubesse que li cada palavra e que elas me serviram semelhante a chaves, libertando-me de grilhões com os quais eu mesmo me aprisionei por tanto tempo. Estive estagnado numa única página de um livro qualquer, sem conseguir seguir em frente, porque não haviam respostas pra todos os questionamentos que fiz naquela época, por mais que tenhamos conversado a respeito mais tarde.

A vida é engraçada e sempre tão intensa quando se é jovem! (Longo suspiro dramático)

Núbia, algum dia imaginou que chegaríamos ao ponto que estamos hoje? Com nossas vidas feitas, ainda sendo amigos e compartilhando a amizade de mais um seleto grupinho, que vem nos acompanhado por todos esses anos incrivelmente surpreendentes?

É louco, muito louco quando olho pra trás, quando abro meu diário de bordo e leio trechos nostálgicos de nosso passado, e percebo que fomos nos entrelaçando em tramas tão firmes que costuraram-se umas às outras, formando essa enorme colcha de retalhos da qual todos fazemos parte agora, erguendo-a como um estandarte de nossa amizade infinda.

Noona, percebe que todo aquele tempo que passamos distantes, foram cruciais pra nosso autoconhecimento e que, sem eles, talvez estivéssemos em apuros? Vovó costumava dizer que, do jeito que nos dávamos bem, nos tratávamos, cuidávamos e amávamos, acabaríamos subindo no altar e nos casando!

Bem, subimos no altar hoje! Ao menos nesta parte ela sempre esteve certa.

Acho que tanto quanto eu, sequer cogitou a possibilidade de que seria a madrinha do meu casamento, ou que meu marido, seria alguém com quem tenha tido um casinho de uma noite, assim como o fui, mesmo que entre nós seja algo um pouco mais complexo pra ser chamado simplesmente de caso.

Anos IncríveisOnde histórias criam vida. Descubra agora