Capítulo 12: Bulgária parte 1

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   Cada vez ficava mais frequente as aparatações em fuga de ministérios da magia para Rony e Hermione. Dessa vez do ministério da magia belga.
  Aparataram em uma cidadezinha cinzenta com construções tortas e pontiagudas. Sem falar no frio que cortava e uivava pelos ouvidos do quarteto.
  _ Ben-viendos à Bulgária!
  Vítor exibia um sorriso amplo em direção a Hermione que já esfregava um braço no outro demonstrando o frio que fazia ali.
A cidade não estava tão movimentada, mas as pessoas que transitavam por ali não trajavam roupas tão pesadas e grossas que aquele clima demandava.
  Hugo batia os dentes e assim como Hermione esfregava os braços para tentar conter a onda de frio.
  _ Como vocês conseguem andar por aí com essas vestes? - Rony perguntou incrédulo. 
  _ Vocês num virram  nada. Mais ao norrte as temperaturas son ainda maiss baixas. - Vítor apontou para um par de montanhas ao fundo. - Vamos, eu vou mostrarr ondi vocês vão ficarr.
  Vítor liderou o caminho alegremente por aproximadamente uns dois quilômetros até onde parecia ser uma pousada.  Não era tão aquecida quanto Rony esperava que fosse, contudo era mais agradável estar ali do que nas ruas.
  O búlgaro pediu um único quarto para todos eles e Hermione estranhou sua ação.
  _ Vocês van ficarr no quarto númerro cinco. - Vítor entregou a chave que recebera da recepcionista a Hermione.
  _ Espera um pouco, você não vai ficar mais conosco?
  _ Eu preciso resolverrr algunas coisas para que vocês fiquemm legalmente na Bulgárria.
_ Só espero que isso não atraia mais comensais da morte. - Rony disse indagando ao mesmo tempo que revirava os olhos.
_ Ronald! - Hermione repreendeu e beliscou o braço do garoto.
  _ Aí! O que foi, Hermione?
  Hugo abafou uma risada ao observar Rony resmungar baixinho.
  Vítor deixou os três sem nem mais nem longas e Hermione dirigiu-se ao respectivo quarto.
  _ Por que ele não nos contou onde ia? - Rony perguntou rabugento.
  _ Eu não acredito que depois de todos esses anos você ainda vai implicar com o Vítor. - Hermione falava ainda paciente ao abrir a porta do quarto no final do primeiro andar.

  O quarto era surpreendente para o lobby em que haviam deixado para trás.
  Havia uma cama King size com adornos ao seu redor e uma penteadeira branca com um vaso repleto de rosas vermelhas. Um tapete peludo por quase toda a extensão do quarto e um sofá azul marinho grande o suficiente para também ser usado como cama. Uma mesa com duas cadeiras de madeira maciça e uma fruteira repleta das frutas cítricas mais deliciosas sobre ela.
  Ao fundo, uma grande janela como aquelas em que Hermione havia visto quando esteve na França com seus pais. Pesada e com roldanas com uma vista panorâmica incrível para a cidadezinha cinzenta. Cortinas vermelhas pesadas e tudo.
  _ Uau! - Hugo disse estupefato.  - Por isso não devemos julgar o livro pela capa.
  Hermione esboçou um pequeno sorriso ao comentário do menino. O fato de Hugo falar sobre livros era um ponto a mais em seu favor.
  _ Será que teremos dinheiro o suficiente para pagar por tudo isso? - Rony se preocupou ao observar atentamente todos os cantos do quarto.
  _ Não se preocupe com isso agora, Ronald. Vamos nos estabelecer e começar a pensar nos próximos passos.
   O estômago de Hugo revirou, fazendo um barulho altíssimo para indicar de que estava com fome.
  _ Desculpe.
  _ Sabe de uma coisa - Rony começou -, eu gostei de você, Hugo.
  _ Por que vocês dois não saem para comer enquanto eu organizo tudo por aqui?  - Hermione sugeriu.
  Hugo olhou com expectativa de Hermione para Rony.
  _ Tem certeza de que vai ficar tudo bem? 
    A menina assentiu.
  _ Quer que e traga alguma coisa para você?
   Hermione deu de ombros e Rony interpretou como sim.
   Nos minutos seguintes em que esteve sozinha no luxuoso quarto, Hermione começou a retirar de sua bolsinha de contas livros pesados sobre feitiços de memória. Talvez estivesse deixando passar algo despercebido. Mas esperava mesmo entender como bruxos poderosos não conseguiam apagar a memória de Hugo. Será que ele havia feito algum feitiço de proteção sobre si mesmo sem nem mesmo perceber? Será que alguém havia feito por ele? E por que comensais da morte também estavam caçando o menino?
   Cada parágrafo que lia seu cérebro formulava uma nova pergunta incompreensível. Era uma situação que estressava Hermione; pensar e não chegar a absolutamente nada. Ela considera isso uma de suas fraquezas.
  Começava a anoitecer e o vento que rondava aquela cidade começara a invadir também o quarto. Hermione se levantou em direção a janela para fechá-la. Deu cinco passos lentos até ela e percebeu que seu corpo simplesmente congelara e ficara completamente rígido- assim como alguém que havia sido petrificado - e não havia esforço que fizesse que pudesse desfazer isso. Pelo contrário, logo caiu na mais profunda escuridão de sua mente e caiu em direção ao solo.

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