04¥ Quae in tenebris

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Malink estava muito pensativo nos dias após a conversa que teve com a melhor amiga... Aquilo ficou martelando tanto em sua mente, que ele nem mais se preocupava com a Bahia da divisa e com o Minotauro de seus sonhos...

As vezes, sentava sozinho e acariciava a barriga, imaginando um bebê ali, que loucura! Desde que descobriu que era um rafall, por volta de seus dez anos, ficou encantado com a ideia. Desde pequeno, desenhava o que imaginava ser o seu futuro... Os desenhos raramente variavam,e em sua maioria, era ele, outra pessoa e um bebê...

Como seria a experiência de carregar um filho? Ele acreditava ser uma coisa única, um sentimento sem igual! Com o tempo, o pensamento que era constante foi passando aos poucos, até chegar ao ponto de Malink se lembrar que poderia engravidar só quando olhava para outras pessoas grávidas!

Mas, de alguma maneira, as palavras da amiga o afetaram... O afetaram ao ponto de não perceber que Ygrite entrou em casa naquela noite tempestuosa, chamou por seu nome e ele sequer ouviu! O druida deixou uma bolsa com frutas na pia e andou até o quarto, quando chegou, teve a visão do namorado sentado na cama, acariciando a barriga enquanto olhava fixamente para o lado de fora. — Ventando muito, não ? — Ele perguntou com um sorriso nos lábios, e finalmente Malink o viu ali. — Está vindo uma tempestade por aí...

— Ygrite! — Malink sorriu animado, pulou da cama e correu para abraçar o loiro. — Eu não ouvi você chegar! — Confessou manhosamente, apoiando o rosto no peitoral do namorado em seguida, e inspirando seu perfume. — Estava com saudades!

Ygrite sorriu e envolveu o namorado em um abraço carinhoso. — Eu percebi que não me viu chegar... — O loiro fez um carinho no topo de sua cabeça, depositando um beijo terno ali, inspirando seu perfume natural. — Eu também estava com saudades meu pequeno... — Os dois se olharam profundamente, e o beijo foi inevitável.

Malink sorria contra os beijos suaves, se arrepiava cada vez que a mão do namorado tocava sua cintura, e gemia manhoso quando Ygrite era ligeiramente mais ousado. — Você vai dormir aqui essa noite amor!? — Ele não evitou a pergunta, estava estranhamente carente.

Ygrite sorriu com a pequena provocação inocente da frase de duplo sentido, e não tardou em endurecer. Apertou o elfo contra seu corpo, deixando nítido a espessura e o tamanho de seu desejo. Mordeu de leve sua clavícula e subiu distribuindo beijos quentes pelo pescoço arrepiado do platinado. — É claro que eu vou dormir aqui com você, meu amor!

O elfo se arrepiou, e numa fúria lasciva, puxou Ygrite pela camisa, andou pra trás até cair de costas na cama, e o druida sobre ele. O corpo dos dois se chocaram um contra o outro, e o platinado abriu um grande sorriso devasso, movimentou de leve seu corpo e fez com que seus membros duros se chocassem sobre os tecidos. — Eu senti tanto a sua falta... — Ele puxou a cabeça de Ygrite para um beijo profundo, enquanto o namorado, mantinha o movimento dos corpos, aumentando o atrito e o tesão crescente entre os dois. — Senti tanto a sua falta aqui... — Ele murmurava de olhos fechados. — Na cama ao meu lado... dentro de mim! — Ele gemeu sôfrego de desejo.

Um forte trovão os fizeram parar por alguns segundos, se olharam assustados, ouvindo o barulho da chuva pesada que acabara de cair na floresta.

— Você terá tudo que quiser de mim, hoje e amanhã! — Ygrite sorriu, acariciando a bochecha rosada do elfo.

— Vai passar essas duas noites aqui ? Comigo? — Ele perguntou quase choramingando, e Ygrite sentiu o coração transbordar de felicidade ao ver aqueles lindos olhos roxinhos brilhando grandiosamente.

— Irei, meu pequeno, irei! — Eles sorriram e voltaram a se beijar. Não podiam mais ignorar o clamor de seus membros para entrarem em contato livres, sem aquela camada insuportável de tecido!

O Chamado da FlorestaOnde histórias criam vida. Descubra agora