III

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2004- Volterra, Itália

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2004- Volterra, Itália

Agora

Estava andando apressadamente sobre o piso do andar em que tinha meu quarto, estava indo para o quarto de Jane. Precisava falar com ela urgentemente.

Quando estava no final do corredor da ala principal dos quartos, vi o quarto de Jane. O penúltimo do lado direito.

Abri rapidamente a porta sabendo que ela estaria ali.

-Jane eu o encontrei- falei na batente da porta.

-Encontrou quem Celena? -ela falou com a voz calma, me olhando atentamente.

-Meu companheiro- Falei olhando para a janela do quarto dela. Estava um dia ensolarado em Volterra.

-E quem ele é? Aonde o encontrou?- ela disse me olhando curiosa.

-Edward Cullen, ele é do clã Cullen e estavam nos Denali. Aonde eu tinha uma missão perto de onde eles moram- Dei um breve suspiro, mesmo não precisando, me sentia humana fazendo esse simples gesto. Me sentei ao lado de Jane em sua cama, querendo apenas me afundar nela.

-Não acredito, e como ele reagiu? E porque você não aparenta estar feliz?-perguntou ela segurando minhas mãos.

-Bem, ter visto ele cara a cara eu não o vi, na verdade tive uma visão. Eu clonei um Dom de uma vampira que encontrei em uma parte da floresta em que eu estava, ela faz parte do clã e me disse que seríamos boas amigas- Falei sorrindo me lembrando da vampira que parecia uma fadinha.

-Aro não gostará de saber nenhum pouco que você irá embora- Falou fazendo uma cara triste. Mesmo não sendo de demonstrar muitos sentimentos, Jane sempre é aberta comigo, diria que talvez, sejamos a fraqueza uma da outra.

-Eu não irei embora, continuarei a morar aqui- Falei olhando brevemente para ela que fez cara de indignada.

-Como assim Celena? Você não pode perder a oportunidade de ficar com o seu companheiro. Você sabe o que aconteceu comigo- Disse fazendo uma cara de repreensão para mim.

Jane quando tinha apenas algumas décadas em sua forma vampira, encontrou seu companheiro, um humano amoroso que aqueceu seu coração frio. Sempre tentando demonstrar todos os seus sentimentos por ela, e com medo dos riscos que eles correriam por ser vampira, ela fugiu dele. Quando finalmente teve coragem para eles ficarem juntos, ela descobriu que um grupo de lobisomens havia o matado, simplesmente por ele carregar um lenço com o cheiro de Jane. Ela não sabia do lenço que estava com ele, ficou tão arrasada, e até hoje se culpa por uma coisa que ela não tinha controle.

-Aro ficaria muito bravo se eu fosse embora daqui- Digo balançando minha cabeça levemente. Seria estúpido ir atrás dele, mesmo sentindo que estaria cometendo o mesmo erro de Jane, de não ir atrás dele a tempo.

-Ele não poderia te empedir de ir, você sabe que se tem alguém que ele não tem controle é você- Falou soltando nossas mãos e apertando levemente meu braço, em consolo.

-Eu não sei Jane, realmente não sei. Não quero ter meu coração partido- Falei olhando pra ela.

-Você não terá, eu tenho certeza. Quando um companheiro quebra seu coração, ele sentirá dez vezes pior que você. O seu, com toda certeza sabe disso, e os Cullen parecem certinhos demais. Não deixe de viver, por capricho de Aro, não perca a oportunidade de se apaixonar por medo- Disse ela sabiamente.

Jane tinha razão, não poderia viver sempre escondida nas garras de Aro, não posso perder a oportunidade de finalmente viver, de encontrar a pessoa certa e viver momentos incríveis.

-Eu te amo irmã, vá em paz enquanto pode. Aproveite a sua oportunidade, não seja que nem eu fui- Falou ela vendo a decisão tomada em meus olhos.

-Eu também te amo Jane, você sempre será minha irmã preferida- Falei a puxando para um abraço rindo um pouco.

-Eu sou sua única irmã bobinha,e agora vá, fale com Aro, e com Caius, ele ficará muito triste com sua partida- Falou ela me empurrando levemente até a porta.

-Eu irei falar com ele- Falei atravessando a batente da porta.

Caius foi e sempre será muito importante para mim, no começo da minha vida imortal foi ele quem me orientou e me cuidou, verdadeiramente como um irmão. Ele sempre esteve para mim quando precisei, por mais que falem de ele ser um dos vampiros mais frios e horríveis, ele não foi assim comigo (Parece egoísta falar que ele não seja malvado, por mais que ele seja. Eu o amo mesmo com seus monstros internos). E no fundo, bem no fundinho, eu sei que ele apenas sobreviveu, como eu e todos desse castelo, apesar dos pesares todo Volturi não vive, apenas sobrevive. E alem disso tudo, eu posso dizer que tirei uma coisa boa daqui, minha família, ele e Jane foram e sempre serão minha família. E eu sei que posso contar com eles sempre que eu precisar.

Estava no final do corredor quando sinto o cheiro do Caius.

-Lena- Ele falou vindo até mim.

Eu corro com minha velocidade e me jogo nos seus braços.

-Eu sinto muito Caius- Falei para ele apoiando minha cabeça em seu ombro.

Sei que ele já saberia, assim como a maioria dos vampiros. Na viagem  outros vampiros viram minha interação com Alice, e em um castelo tão monótono, a fofoca rola solta como em um bairro de vizinhas fofoqueiras.

-Eu sei que esse dia chegaria lena, só não esperava que fosse tão cedo- Falou ele me abraçando mais forte, quase me partindo ao meio.

-Eu também não- Eu não esperava achar meu companheiro tao rápido, mas, eu achei. E eu não sei como me sentir.

-Eu vou ir arrumar minhas malas, vou tentar me encontrar primeiro com ele - Falo saindo de seus braços.

-Eu espero que fique bem, porque se não ficar, eu mesmo irei arrancar algumas cabeças- Falou ele me olhando seriamente.

-Eu sei- Sorri.

-Ainda quero notícias suas, não desapareça, não sei como me sentiria se nunca mais lhe visse- Falou ele me soltando do abraço.

-Eu nunca deixaria de lhe dar notícias, e também não é como se nós nunca mais nos víssemos- Digo e Caius e eu rimos um pouco.

-Eu te amo celena, e te amarei eternamente- Falou me dando um beijo na testa.

-Eu te amo caius, e te amarei eternamente- Falei e lhe dei um beijo na testa também.

-Agora vá falar com Aro, ele já deve saber. Não irá gostar nada disso - Ele me dá um breve sorriso e empurrou levemente meu ombro

Acho que Caius e Jane tem uma leve mania de sempre me empurrar em momentos oportunos.

-Ele deve estar furioso- Digo enquanto dou uma leve risada nervosa.

Caius apenas me acompanha com o olhar enquanto vou andando pelos corredores calmamente, não preciso ter pressa para ir até lá. Eu sei que ele apenas irá ficar mais furioso quando me ver, e era exatamente isso que eu
estava tentando evitar.


 Eu sei que ele apenas irá ficar mais furioso quando me ver, e era exatamente isso que eu estava tentando evitar

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My Love ᴱᵈʷᵃʳᵈ ᶜᵘˡˡᵉⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora