Nós fazemos o mesmo caminho que fizemos da última vez que eu estava triste. Silêncio no carro, lugar longe da cidade, minutos a mais no volante, a subida na colina, e nós dois sentados no banco do alto daquele monte.
Noah passou os braços pelos meus ombros e encostou a cabeça na minha. Ele passa seus dedos pela minha bochecha e acaricia a minha pele, enquanto eu encosto minha cabeça no seu ombro e sinto o seu cheiro perfumado.
"Isso te faz se sentir melhor?" Pergunta ele, apontando para a cidade que está a metros de distância de nós. "Ficar longe deles e ter uma vista bonita."
O sol agora se esconde por detrás das nuvens, mas não para de brilhar com força. O calor chega a minha pele e me abraça, carinhosamente. Me faz enxergar as pessoas vistas de longe, agora bem pequenas, como se eu pudesse superar ou me adaptar com isso que está acontecendo comigo. O que, pelo visto, é a única alternativa que tenho.
Não consigo dizer se este lugar é mais bonito a noite ou durante o dia. Dos dois jeitos, ele com certeza é perfeito, e a sensação também é a mesma, a sensação de nos sentirmos abraçados e consolados é a mesma, mas não acho que é por causa do lugar que estou sentindo o que estou sentindo.
"Você faz eu me sentir melhor," respondo baixo, beijando o canto de sua boca.
Ele sorri pra mim e beija o canto da minha boca, do mesmo jeito que fiz com ele.
"Quer saber, Any? Você estava certa, você realmente não precisa deles, você tem a mim."
Sua voz é doce. Por mais que tenha saído rouca e baixa, a sinto chegando com todo o poder em meus ouvidos.
"É verdade," concordo. "Não preciso, isso só me faria entristecer a este ponto. Ser amiga deles, quero dizer."
"Viu? Isso é bom. Agora você sabe em quem não confiar, e não tem aquele monte de menino achando que podem se aproximar de você, porque agora sabem que você já não está mais solteira. Se eles acham que podem, estão muito errados."
"Agora você é ciumento, é? Achei que estávamos falando de amigos, não de homens se aproximando de mim." Brinco com ele, que leva a sério.
"Não sou ciumento, não tenho ciúmes de amigos ou de... outras pessoas," ele diz, como se estivesse montando a frase no mesmo tempo que pronuncia as palavras.
"Não?"
"Não."
"Ótimo, porque eu também não," respondo. "Não preciso, até porque, você não tem amigos, ou outras pessoas. Está no mesmo barco que eu, meu amigo," digo inocentemente, apenas falando fatos que percebo ao longo do tempo. "E se aquelas piranhas se aproximarem, nunca mais irão ver a água."
Ele ri.
"O que? É claro que eu tenho amigos," responde, com um sorriso amarelo no rosto.
"Não tem não, não me lembro de ter te visto com uma amizade verdadeira naquela escola, ou ao menos andando com uma pessoa ao seu lado. Nem com os seus amigos antigos você conversa."
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𝘿𝙞𝙜𝙖 𝙢𝙚𝙪 𝙣𝙤𝙢𝙚 || ɴᴏᴀɴʏ
Fanfic↱ 𝗔𝗻𝘆 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝘁𝗲𝘃𝗲 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗾𝘂𝗶𝘀, 𝗺𝗮𝘀 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗡𝗼𝗮𝗵, 𝗼 𝘀𝗲𝘅𝘆 𝗯𝗮𝗱𝗯𝗼𝘆 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗮 𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮, 𝗲𝗹𝗮 𝗽𝗲𝗿𝗰𝗲𝗯𝗲 𝗾𝘂𝗲, 𝗻𝗼 𝗳𝗶𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗮𝘀 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗮𝘀 𝗻𝗮̃𝗼 𝗽𝗼𝗱𝗲 𝘁𝗲𝗿 𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗼 𝗾𝘂...