Capítulo 18

4.6K 319 29
                                    

Meu coração pulsava descontroladamente com tantas explosões que estavam acontecendo. Encontrava-me em baixo da cama, com as mãos tampando os ouvidos que já estavam doendo pelo o barulho. Nada se passava na minha cabeça nesse minuto, a não ser o medo. Levo um susto quando ouço a porta ser quebrada bruscamente. Com a minha visão limitada, posso ver botas grossas andando lentamente sobre o quarto.


— Anya? — Ouço um sussurro que chamava pelo o meu nome. Nesse minuto, reconhecendo a voz, uma alegria incontrolável tomou conta de mim.
— Arthur! — O chamo, saindo de baixo da cama.


Foi então que me levantei, ficando a sua frente. Ele estava ainda mais bonito do que antes, com uma armadura de guerra e seus cabelos bagunçados. Foi então que matei a saudade que estava me matando. Estamos nos olhando fixamente, parecendo estávamos petrificados.


— Venha até mim, princesinha. — Fala estendendo a mão para mim.


Sem dizer uma única palavra, corro ao seu encontro, lhe dando o abraço mais verdadeiro que já pude da em uma pessoa. Ele aperta os braços como se não quisesse me deixar sair nunca mais. Sentir seu cheiro novamente me proporcionou tanta emoção que pequenas lágrimas caíram sobre o meu rosto.


— Você veio. — Sussurro.
— Como ousar achar que não viria? — Fala segurando o meu rosto com suas mãos e me trazendo para mais perto. Fazendo nossos olhares fixos ficarem próximos.
— Você demorou. — E sem falar mais nada, me impulso para ele. Depositando o beijo que tanto queria. Nos beijamos como se o mundo fosse acabar e aquela era nossa única salvação.
Encerramos o beijo com ele puxando meu lábio inferior, que me fez ficar derretida. Porém, logo somos interrompidos quando uma serva entra no quarto.


— rei Arthur, está na hora.
— Na hora de que? — o olho.
— Ela lhe levará em segurança para o palácio. — Diz me empurrando para junto dela.


Nos duas saímos correndo em busca de uma saída. Ela parecia conhecer perfeitamente o castelo, me deixando pensar que trabalhava para o rei James, porém o traiu. Passamos por uma janela grande, me permitindo ver o que estava acontecendo do outro lado. A guerra. Uns lutando contra os outros.

Andando rapidamente em um dos corredores do castelo, um barulho me chama atenção para o corredor que cortava com o meu. Me fazendo olhar para o lado, vendo James. Com uma arma ensanguentada em suas mãos.

— CORRA PRINCESA! — Diz a serva com muito desespero.
— Mas... — Não consigo me entender. Sério.

Fico o olhando. Simplesmente ele está parado, ofegante. Não tentou me impedir. Sou tirada do meu transe quando a serva puxa minha mão para que eu corra. Assim faço por uns 5 passos forçados, mas paro. Respiro fundo e volto para vê-lo. Ele estava na mesma posição, com a boca entre aberta. Então vou até ele e, surpreendentemente, o abraço. Simplesmente abraço meu sequestrador. Certamente haverá uma doença para alguém como eu.

— Obrigada por me fazer entender — Aperto o abraço.
— Obrigado por me ouvir. — Retribui.

Saio de seus braços e parto. Porém de novo, paro. O olho. Ele estava com uma lágrima descendo sobre seu rosto. Tudo o que ele queria era ver quem ele amava ao seu lado, e eu posso dizer que me fez entender o quanto também quero isso. A pessoa que amo. A quem tanto sentir saudades. Arthur. O olhando agora e dou um leve sorriso de adeus.

Ele retribui, levantando a mão e dando tchau. Saio agora, correndo junto com a serva, porém algo no meu coração aperta. Entre mim e James senti que nasceu uma amizade tão verdadeira quanto foi rápida. Fiquei com medo que algo lhe acontecesse. Mal consigo imaginar o rosto de Carolina ao descobrir que algo lhe aconteceu. Passamos por vários corredores até que chegamos na parte de fora do castelo. Parecia uma saída secreta ou algo pelos fundos. A escuridão nos fazia esbarrar em várias coisas e acabamos nos cortando um pouco nas pernas. Porém, a adrenalina fez com o que não sentíssemos dor.

O que eu temia aconteceu. Começamos a ouvir sons de vitória, os soldados gritando de felicidade. Nesse minuto, soube que Arthur tinha ganhado a guerra.

— Stewwart não tem mais um rei! — Ouço proclamar.

Nesse momento, meu coração parece quebrar. Parece que perdi um amigo de anos. Não sei como meus sentimentos por James mudaram tão drasticamente. Pode ser por eu ter conhecido sua história de amor ou suas visitas todas as noites demonstrando tristeza. Aquele romancista sabia mesmo como da jus ao novo apelido que dei.
Paralisada e em choque. Meus ouvidos ficam zumbindo e mais nada escuto se não o som do meu coração batendo fortemente. Imagens suas vem a minha cabeça como relance. As vezes que ele tentava ser uma pessoa ruim comigo, mas segundos depois demonstrava ser só palavras vazias. Seu olhar a falar Carolina. Tudo vinha a minha mente com um turbilhão de emoções. Choro. Choro como se não pudesse acreditar que ele foi levado, para sempre, dos braços de quem ama.

Pôde-sedizer que virei fã de seu trágico amor.

O rei tirano Onde histórias criam vida. Descubra agora