Capitulo 20

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Acordo com o barulho da chuva, o que era extremamente raro nessa época do ano

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Acordo com o barulho da chuva, o que era extremamente raro nessa época do ano. Sorrisos invadem meu rosto, pois começo a lembrar de cada detalhe de ontem, em que eu e Arthur passamos a tarde e à noite juntos. Porém, parece que finalmente voltei a consciência normal.

— Eu fiz... — Digo levantando meu corpo da cama, ficando sentada.

Olho ao redor e vejo nossas roupas jogadas pelos cantos, coisas caídas no chão e todos os lençóis desarrumados. Eu estava com medo das consequências que essa minha ação faria, mas meu coração logo se amolece quando olho para o lado e vejo Arthur deitado, me olhando.

— Você não foi embora. — Afirmo com um sorriso no rosto. Ao contrário do que imaginava, ele não sorri, e sim engole seco parecendo preocupado.

— Sabia que você era dessas... — Levanta-se bruscamente da cama, direcionando o olhar para a mancha de sangue que tinha na coxa de cama, provando que eu era virgem.
— Dessas? — Franzo o rosto.
— Estar apaixonada agora? Acha que é especial? — E assim ele estraga todo o nosso momento.
— O que você está falando Arthur? — Digo, vendo-o começar a caçar suas peças de roupas pelo quarto.
— Anya... — Pega suas roupas de uma cadeira e vem ao meu encontro — Eu não vou ficar com você! — Fala rude e ríspido.


Não tenho palavras para respondê-lo. Meu ódio cresce à medida que meu carinho diminui. O que ele pensa que está fazendo? Simplesmente se transformou no mesmo cretino em que conheci quando cheguei no castelo. Tomada de raiva, me levanto e fico o empurrando para fora do quarto.
Ele pra bruscamente e me olha.


— Você está muito encantado comigo mesmo. Não falei nada demais e acha que já estou apaixonada por você. Saia daqui agora Arthur. O que eu fiz foi um erro. — Ele começa a rir forçadamente em tom de ironia. Vem até mim e com as duas mãos segura o meu rosto, não deixando-me me afastar.
— Um erro que pode lhe tirar tudo. Não se esqueça. Quem vai querer casar-me com alguém tão impura?
— Você realmente acha... — Paro de querer me distanciar e chego mais perto do seu rosto, fazendo uma voz baixa e sexy — Que não vão querer casar-se comigo? — Vou a caminho de sua orelha — Viu ontem o meu corpo, acha mesmo que não vão querer? — Dou uma mordida na sua orelha — Eles vão suplicar para me ter só para eles Arthur. — Ouço sua respiração pesar e seu corpo se agitar.
— Acho melhor você calar sua boca — Sua fúria pode ser sentida de longe, me mostrando que é facilmente afetado por mim. Tirando minhas dúvidas sobre se ele sentia algo por mim ou não.


Assim, me distancio dele aos risos debochados, aumentando sua ira. Sou agarrada por trás e suas mãos na minha cintura estão tão fortes que chega a doer.

— Está me machucando Arthur. — Começo a ficar tensa por ter o irritado demais.
— Você provocou, agora aguenta princesinha.


Suas mãos começam a rasgar minha veste branca usada para dormi. Tento tirar suas mãos de mim e corro para as portas, porém ele me imprensa na mesma, fazendo meu rosto bater de frente com a porta.


— Pensa que vai fugir? — Diz me encouchando e segurando meu cabelo sem delicadeza.


Consigo sentir sua ereção incrivelmente grande roçar em minha bunda. Ele começa a se esfregar em mim, mesmo que tentando resistir com alguns movimentos. Então ele me tira dali, soltando-me na cama.
Meu olhar passa a ser mais sexy e dou um leve sorriso de canto. Ele sorri safadamente e me puxa pelo tornozelo, fazendo-me ficar na beirada da cama. Assim segura me cabelo e direciona meu rosto para a sua ereção. Assim, me proporciona a visão do seu membro. Começo a lambe-lo. Muito minutos depois, Arthur solta de alto gemido e goza em meu rosto. Fazendo-me voltar a ficar tímida. Ele me olha com sua respiração ofegante e vai ao encontro a minha boca, depositando um beijo e lambendo meus lábios.


— Sai daqui — Digo o surpreendo.


Me levanto sem olhá-lo no rosto e vou em direção a porta que ligava meu quarto com o de Ana, fechando-o sem dizer mais nada.


— Princesa... — Diz ela segurando sua boca para segurar as grandes risadas que viria.
— Ah não... você ouviu?
— Sim, e o seu rosto... — Ela corre até sua cama e mergulha seu rosto nos travesseiros para abafar sua risada descontrolada.
— Meu deus! — Começo a rir e ir ao seu lavatório para passar uma água em meu rosto que estava sujo do líquido de Arthur.

Depois, volto ao seu encontro e conversamos como nunca. Tomamos banho e nós trocamos. Ela entendeu toda a situação, mas ficou aflita por mim. Amar um homem casado, principalmente ele sendo Arthur, e não ser virgem, essas coisas colocam as princesas em lençóis estreitos para as cortes.

Andando pelo castelo, pensando em várias coisas pude ver a única pessoa que me esqueci totalmente. Gabriel. Ele estava conversando com um amigo seriamente. Não parecia está de bom humor, até que seus olhos se voltam para mim e ele para de falar, respirando profundamente. Essa não era a reação que eu esperava dele, pelo o pouco que sei seu jeito.

Sorrio fracamente, não queria começar uma conversa muito longa. Tinha que saber primeiro o que fazer. Então ele se levanta, parecendo fazer contra a sua vontade, pega no ombro do seu amigo se despedindo e vem até mim, me dando um abraço caloroso.


— Obrigada por me ajudar a sair dali. — Essas palavras soam como um soco em seu estômago. Ele sai do abraço e franze a testa. Colocando a mão sobre o rosto.
— Eu não fui, Anya. — Diz vergonhoso.
— Não foi para a guerra?
— Não, tive que resolver um problema fora do castelo antes que os soldados fossem. Não deu tempo.
Eu fiquei só o olhando. Não me senti afetada, porém, achei que nós dois havíamos criado algo, mesmo que não tenha sido forte. Estranhei seu comportamento.

— Quem avisou que eu fui sequestrada? — Digo, fazendo-o engoli em seco.
— Uma camponesa próxima a nosso reino, e os seus pais nos perguntaram o porquê você não apareceu. — abaixa sua cabeça como se estivesse escondendo algo.
— Lembro-me da camponesa, acho que vou visitá-la para agradecê-la.
— Não acho uma boa ideia, ela não fez mais do que sua obrigação como súdita.
— Não me interessa suas obrigações. Vou vê-la. — Saio de perto dele, andando em passos rápidos e duros. Ele parecia outra pessoa. O Gabriel que eu conheci, iria comigo para ajudar a agradecer. O que está acontecendo com ele?

O rei tirano Onde histórias criam vida. Descubra agora