Capítulo 21 - E se fosse você que gostasse de alguém?

761 113 148
                                    

     Bato o pé freneticamente no chão enquanto espero Diogo chegar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


     Bato o pé freneticamente no chão enquanto espero Diogo chegar. 

Estou sentada num banco na praça de alimentação, me controlando para não torrar a pouca grana que tenho em umas rosquinhas de chocolate extremamente tentadoras, que estão sendo exibidas na vitrine de uma lanchonete. 

Ficar nesse lugar sem poder gastar dinheiro é um verdadeiro martírio!

Tiro os olhos da tentação em forma de chocolate e olho para a tela do celular, onde está a última mensagem que mandei para o Diogo quando estava a poucas ruas do shopping, dez minutos atrás. Ele visualizou e não respondeu.

Penso em mandar uma segunda mensagem, para perguntar se ele desistiu de me ajudar, mas ao levantar os olhos me deparo com ele vindo em minha direção. Não posso deixar de reparar no seu traje, vendo que ele está de calça jeans escura e camiseta azul – e fico surpresa por não encontrá-lo todo de preto mais uma vez, cor que já reparei ser a sua favorita para qualquer coisa. 

Começo a ficar nervosa, sem nem saber o motivo para isso. Talvez seja por toda a estranheza desse momento. 

Quando eu iria imaginar o Diogo vindo ao shopping comigo, para me ajudar nas compras? Nunca (nunquinha!) eu imaginaria uma coisa dessas acontecendo. 

Então, sim, com toda certeza, o nervosismo é só por esse motivo, e nada mais que isso.

Me levanto quando ele já está a poucos passos de mim, ajeito a alça da bolsa no meu ombro e abro um sorriso.

— Oi, Diogo – o cumprimento quando ele para a minha frente.

— Oi – responde. — Vamos escolher logo esse presente? 

— Claro! – Guardo o celular na bolsa e começo a andar em direção a uma loja de roupas onde eu e Cris já frequentamos algumas vezes, com Diogo andando ao meu lado. — A propósito... – volto a falar. — Obrigada por ter aceitado me ajudar. 

— Não foi nada. – Dá de ombros e continua andando, desviando o olhar do meu. — Eu já estava planejando vir ao shopping mais tarde, depois que a gente terminasse a aula, para ver o novo filme em cartaz nos cinemas, então não mudou em nada meus planos.

Então foi por isso que ele aceitou vir comigo? Isso explica muita coisa.

— Entendo. Mas, mesmo assim, obrigada por aceitar – agradeço mais uma vez e entramos na loja.

•••

A primeira loja não tinha nada que agradasse a mim ou ao Diogo. 

Na segunda, dessa vez numa loja de perfumes, tudo era absurdamente caro e totalmente fora do meu baixo orçamento de quarenta e oito reais e trinta e cinco centavos, então só fingi que não gostei de nada e saí. Ser pobre não é fácil!

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Onde histórias criam vida. Descubra agora